Impostometro

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vou trabalhar até os 95 anos para me aposentar?

E agora, doutora! Vou trabalhar até os 95 anos para me aposentar? 

 Publicado por Camila Arantes Sardinha

Hoje volto com o assunto que deu o que falar na última publicação, a aposentadoria. Dessa vez, o intuito não é o de apenas contar um causo, mas, de esclarecer um pouco as dúvidas que surgiram sobre a aposentadoria após a publicação da Medida Provisória nº 676.
E agora doutora Vou trabalhar at os 95 anos para me aposentar
Primeiro passo para parar de ter dúvida, pare, imediatamente, de acreditar em todas as publicações que os seus coleguinhas compartilham no facebook sobre as novas regras da aposentadoria, por favor! E se você for o coleguinha que compartilha, para de compartilhar publicações que você se quer leu o conteúdo.
Isso é sério, afinal, se queremos melhorar o nosso país, uma dica é: educação. E, olha, eu sei que soa bem demagogo isso, e muitas pessoas se assustam quando eu falo, mas, educação não se aprende só na escola ou na faculdade. Abrir um livro em casa, se informar em fontes seguras, debater assuntos relevantes com pessoas que tem o que acrescentar, também contribui para nossa formação.
Enfim, voltando ao assunto, a nossa tão pedida reforma previdenciária está saindo, aos poucos, as primeiras mudanças vieram no dia 31 de dezembro de 2014, com a MP 664 trazendo alterações nos benefícios de auxílio doença, pensão por morte e auxílio reclusão. Todos de grande relevância para muitos cidadãos e, principalmente, para o

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Boechat sobre Silas Malafaia: Você é um idiota, um otário, tomador de grana dos fiéis, charlatão

Boechat sobre Silas Malafaia: Você é um idiota, um otário, tomador de grana dos fiéis, charlatão

A feia e baixa discussão de dois homens públicos. Lamentável!


Publicado por Fátima Burégio

Nesta sexta-feira (19), Ricardo Boechat perdeu a cabeça ao ser criticado por Silas Malafaia durante seu programa de rádio na Band News FM.
Bastante alterado, o jornalista disparou: "Ele está pedindo para eu parar de falar asneira num programa de rádio, incitando o ódio. Ô, Malafaia, vai procurar uma r*, não me enche o saco! Você é um idiota, um paspalhão, um otário, um pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. Você gosta de palanque, e palanque eu não vou te dar".
A confusão começou porque o religioso reclamou no Twitter que o profissional, ao noticiar fatos de intolerância religiosa, teria insinuado que os

Marcelo Odebrecht ameaça derrubar a República

Marcelo Odebrecht ameaça derrubar a República

“Terão de construir mais 3 celas: para mim, Lula e Dilma”, dizia Emilio Odebrecht, sobre possível prisão do filho. O presidente da Odebrecht, Marcelo, foi preso nesta sexta

Publicado por Shankar Cabus

Marcelo Odebrecht ameaa derrubar a Repblica

[ Trecho de reportagem de capa de ÉPOCA desta semana ]

Desde que o avançar inexorável das investigações da Lava Jato expôs ao Brasil o desfecho que, cedo ou tarde, certamente viria, o mercurial empresário Emilio Odebrecht, patriarca da família que ergueu a maior empreiteira da América Latina, começou a ter acessos de raiva. Nesses episódios, segundo pessoas próximas do empresário, a raiva – interpretada como ódio por algumas delas – recaía sobre os dois principais líderes do PT: a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A exemplo dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, outros dois poderosos alvos dos procuradores e delegados da Lava Jato, Emilio Odebrecht acredita, sem evidências, que o governo do PT está por trás das

domingo, 21 de junho de 2015

'Project Syndicate': Uma regulamentação para a dívida soberana

'Project Syndicate': Uma regulamentação para a dívida soberana

"Os governos precisam às vezes reestruturar suas dívidas. De outra forma, a estabilidade econômica e política de um país pode ser ameaçada". É o que dizem os economistas Joseph E. Stiglitz e Martin Guzman em artigo publicado no Project Syndicate. 
"Mas, na ausência de uma regulamentação internacional para a resolução de descumprimentos soberanos, o mundo paga por essas reestruturações um preço mais alto do que deveria. O resultado é um mercado da dívida soberana que funciona incorretamente, marcado por conflitos desnecessários e por atrasos dispendiosos na resolução de problemas quando estes surgem.
Somos recordados deste fato uma e outra vez. Na Argentina, as batalhas das autoridades contra um pequeno número de “investidores” (os chamados vulture funds – fundos “abutre”, ou oportunistas) comprometeram toda uma reestruturação de dívida negociada (voluntariamente) por uma esmagadora maioria dos credores do país. Na Grécia, a maior parte dos fundos de “resgate” dos programas de “assistência” temporária são destinados a pagamentos aos credores existentes, enquanto o país é forçado a adotar políticas de austeridade que contribuíram grandemente para um declínio de 25% no PIB e deixaram a sua população numa situação pior. Na Ucrânia, as potenciais ramificações políticas do desgaste causado pela dívida soberana são enormes.
Por isso, a questão de como deve ser gerida a reestruturação da dívida soberana, reduzindo a dívida a níveis sustentáveis, é mais premente que nunca. O sistema atual coloca uma fé excessiva nas “virtudes” dos mercados. As disputas são normalmente resolvidas não graças a regras que garantam uma resolução justa, mas por uma negociação entre partes desiguais, em que os ricos e poderosos normalmente impõem sua vontade sobre os outros. Normalmente, os resultados obtidos não são apenas injustos, mas também ineficientes.
Aqueles que alegam que o sistema funciona bem apelidam os casos como o da Argentina de exceções. A maior parte das vezes, afirmam, o sistema trabalha bem. O que querem dizer, claro, é que os países fracos normalmente obedecem. Mas a que custo para os seus cidadãos? Como funcionam as reestruturações? O país foi colocado num caminho de dívida sustentável? Muito frequentemente, e porque os defensores do status quo não colocam estas perguntas, uma crise de dívida é seguida por outra.
A reestruturação da dívida grega em 2012 é um exemplo claro do referido. O país jogou pelas “regras” dos mercados financeiros e conseguiu terminar rapidamente a reestruturação; mas o acordo foi um mau acordo, e não ajudou à recuperação da economia. Três anos mais tarde, a Grécia precisa desesperadamente de uma nova reestruturação.
Os devedores em situação crítica precisam começar de novo. Penalidades excessivas levam a jogos de soma negativa, em que o devedor não consegue recuperar e os credores não beneficiam da maior capacidade de reembolso que a recuperação acarretaria.
A ausência de uma regulamentação para a reestruturação da dívida atrasa os recomeços e pode levar ao caos. É por isso que nenhum governo deixa a reestruturação das dívidas internas para as forças do mercado. Todos concluíram que as “vias contratuais” simplesmente não são suficientes. Em vez disso, promulgam leis de falência que incluem regras básicas para as negociações entre credor e devedor, promovendo desse modo a eficiência e a equidade.
As reestruturações da dívida soberana são ainda mais complicadas do que as da falência interna, sendo assoladas por problemas de várias jurisdições, por requerentes implícitos e explícitos, e por ativos deficientemente definidos que podem ser alvo da exigência dos requerentes. É por isso que achamos tão incrível algumas pessoas (incluindo o Tesouro dos EUA) afirmarem que não existe necessidade de uma regulamentação internacional.
Na verdade, poderá não ser possível estabelecer um código internacional completo para as falências; mas poderia chegar-se a um consenso sobre muitas questões. Por exemplo, um novo enquadramento deveria incluir cláusulas que previssem a suspensão do contencioso enquanto a reestruturação estiver em curso, limitando assim o âmbito para o comportamento disruptivo dos vulture funds.
Também deveria conter provisões para a concessão de crédito a endividados: os financiadores dispostos a fornecer crédito a um país com uma reestruturação em curso receberiam tratamento prioritário. Estes financiadores teriam assim um incentivo para fornecer novos recursos aos países quando estes fossem mais necessários.
Também se deveria acordar que nenhum país poderia prescindir dos seus direitos básicos. Não pode existir uma renúncia voluntária da imunidade soberana, tal como nenhuma pessoa pode vender-se como escravo. Também deveriam existir limites para a extensão em que um governo democrático vincula os seus sucessores.
Isto é especialmente importante por causa da tendência dos mercados financeiros em induzir políticos míopes a afrouxar as restrições orçamentais do presente, ou a financiar governos flagrantemente corruptos como o deposto regime de Yanukovych na Ucrânia, à custa das gerações futuras. Esse limite melhoraria o funcionamento dos mercados de dívida soberana, induzindo um maior cuidado no financiamento.
Um modelo “quase-jurídico” que contivesse estas características, implementado por uma comissão de fiscalização que aja como mediador e

União Europeia iniciará plano militar contra imigração no Mediterrâneo

União Europeia iniciará plano militar contra imigração no Mediterrâneo

Documentos revelados pelo Wikileaks apontam que operação naval buscará impedir embarcações de alcançar o território europeu

Os 28 ministros de Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE) irão lançar, a partir da próxima segunda-feira (22), uma operação naval destinada a combater “o tráfico de seres humanos” através do Mar Mediterrâneo, especialmente as travessias que partem da Líbia. A reunião dos ministros para o lançamento oficial ocorrerá em Luxemburgo.

 
Crédito: Marinha da Itália 
A missão foi batizada “EU Navfor Med” e iniciará a primeira de três fases previstas no plano de ação conjunta dos países europeus. As etapas posteriores ainda terão de ser aprovadas.
Em um primeiro momento, segundo as autoridades europeias, o plano consistirá em reforçar a partilha de informação. A segunda e terceira fases da operação envolvem a interceptação e a destruição de embarcações em águas líbias.
Documentos vazados
O Wikileaks antecipou a missão, revelando, no final de maio, dois documentos confidenciais que delineiam a operação naval planejada pela UE. As diretrizes do plano foram elaboradas pelos chefes militares dos países membros da comunidade europeia.
Os documentos revelam que o alvo das operações serão as redes e a infraestrutura de transportes de refugiados. Os detalhes apontam para a intenção de destruir as embarcações utilizadas para tal fim no território líbio, impedindo que alcancem a costa europeia. O governo Líbio já se

“Visita de senadores brasileiros à Venezuela é provocação política”, diz Fernando Morais

“Visita de senadores brasileiros à Venezuela é provocação política”, diz Fernando Morais

Em entrevista à emissora venezuelana TeleSur, o escritor Fernando Morais criticou a comitiva, e afirmou que Aécio Neves nunca se interessou em defender os direitos humanos

Na última quinta-feira (18), uma comitiva com senadores da oposição brasileira voaram até Caracas para denunciar possíveis violações de direitos humanos por parte do governo Nicolás Maduro contra o oposicionista Leopoldo Lopez.
O grupo era liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e foi até a capital venezuelana em um avião fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB). O avião pousou no aeroporto Simon Bolivar, mas o grupo não conseguiu se reunir com os opostitores por conta de um bloqueio na estrada causado por manifestantes pró-Maduro.
O Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) chegou a dizer que a van onde estava a comitiva foi alvejada por pedras e prometeu postar um vídeo da agressão. Depois voltou atrás e argumentou que não havia filmado o ocorrido.
Em entrevista à emissora venezuelana TeleSur, o escritor Fernando Morais criticou a comitiva, que classificou como “provocação política” contra os governos venezuelanos e brasileiros.
“Esta visita é uma provocação política não apenas contra a Venezuela, mas contra o governo do Brasil. Aécio disse muito claramente que ‘estamos fazendo aquilo que não fez o governo brasileiro’. Ele tem que por na cabeça que perdeu as eleições, a política externa brasileira quem determina é a presidenta da República”.
O escritor também lembrou que o senador mineiro nunca se interessou nos assuntos envolvendo a defesa dos direitos humanos.
“Em oito anos como deputado federal, oito anos como senador, oito anos como governador de Minas, [Aécio Neves] nunca abriu a boca para defender direitos humanos em parte alguma do planeta. Nunca falou sobre a prisão de Guantánamo, onde estão quase 900 afegãos e iraquianos, há 13 anos, sem nenhum processo judicial e submetidos a torturas brutais”.
Nas redes sociais, internautas lembraram que a família Caiado consta na lista suja do trabalho escravo. O tio do senador foi considerado responsável por submeter quatro pessoas a condições degradantes e a jornadas exaustivas na produção de carvão em sua fazenda em Nova Crixás, cidade localizada a 400 km de Goiânia e

O povo não é bobo

Sociedade

Rosa dos Ventos

O povo não é bobo

por Mauricio Dias 

Uma pesquisa Ibope, escondida pela mídia, revela que muitos brasileiros veem o jornalismo empenhado em aderir ao “quanto pior melhor” 

Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Fotos Públicas
pelé-rosa-dos-ventos
Durante a ditadura no Brasil, o Rei Pelé lançou um édito:" O povo brasileiro não está preparado para votar".

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, fora das quatro linhas onde conquistou, por méritos, o título de rei do futebol, pisa na bola com frequência. Ainda agora se meteu no escândalo da Fifa e manifestou apoio a Joseph Blatter, presidente renunciatário daquela entidade internacional corroída pela corrupção.
Nem de longe, no entanto, essa foi a pior interferência do jogador nas questões políticas. Durante a ditadura no Brasil, o Rei Pelé lançou um édito: “O povo brasileiro não está preparado para votar”.
Pelé fez um golaço. Daquela vez, já fora de campo, um golaço contra.
O eleitor brasileiro, ao contrário do que pensa Pelé, tem muito mais acertos do que erros, levando em consideração, por exemplo, as 11 eleições presidenciais diretas ocorridas ao longo dos últimos 70 anos da República. Sobre isso ele nada sabe e, para opinar, deveria saber. A afirmação de Pelé reflete a posição daqueles observadores movidos, em geral, pela ignorância ou pelo preconceito.
O povo não é bobo. A mais recente comprovação da correta percepção popular está nos números de uma pesquisa Ibope, feita em maio, sobre temas políticos e administrativos. A mídia silenciou sobre o assunto quando bateu de frente com a resposta dada à seguinte questão proposta ao entrevistado:
“A imprensa brasileira mostra o País numa situação econômica mais negativa do que a que percebo no meu dia a dia”.
O Ibope admite a influência da mídia “no sentimento de pessimismo dos brasileiros”. O instituto apoia-se no expressivo número de 41% dos entrevistados que acreditam nisso. Ou seja, “a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa” do que parece ser.
Existe uma crise econômica inegável e o jornalismo não é por natureza mensageiro da bem-aventurança. É de Rubem Braga, o grande cronista, uma afirmação radical sobre isso: felicidade não dá manchete.
Apesar do bombardeio diário contra o governo, muitas vezes sem comprometimento com os fatos, desponta na resposta da maioria da população a restrição ao papel da mídia. Ela parece torcer contra e jogar na posição do quanto pior melhor.
Os entrevistados reconhecem isso. Por outro lado, andam, porém, mergulhados na descrença sobre o futuro do País porque vê e

Alckmin atropela Aécio

Política

Rosa dos Ventos

Alckmin atropela Aécio

por Mauricio Dias 

O conflito, em torno da eleição de 2018, está instalado no PSDB e pode ficar mais duro se José Serra entrar na disputa  

Marcos Fernandes/Obritonews
Alckmin-e-Aécio
As ambições não cabem no mesmo espaço

O ninho tucano pega fogo. Quem soprou a brasa foi o deputado estadual Pedro Tobias, recém-eleito presidente do diretório paulista do PSDB. A posse de Tobias virou um ato quase oficial de lançamento da candidatura do governador Geraldo Alckmin à Presidência da República em 2018.
O deputado fez o anúncio emoldurado por um gracejo bisonho: “O País precisa de um médico porque está doente, corrompido”. Não era blague. Formado em medicina, Alckmin seguiu o mote e mirou o PT: “A política se exerce essencialmente com ética (...) Um partido político se faz com ética”.
Quem não enxerga nessa obviedade um roteiro planejado? A crise interna no PSDB, provocada pela longínqua eleição presidencial de 2018, é maior do que supõe, e do que publica, a vã filosofia da mídia. A ignorância é um objetivo calculado. Bloqueia a informação e torna inocentes úteis os militantes tucanos e os próprios quadros políticos do partido. Tudo se passa nos limites da cúpula concentrada em São Paulo.
Aécio sentiu o impacto do ataque de Alckmin e

Governo Dilma atinge 65% de reprovação

Datafolha

Governo Dilma atinge 65% de reprovação

por Agência Brasil

O índice de rejeição é o maior para um presidente desde Fernando Collor de Mello 

Roberto Stuckert Filho/ PR
Dilma_rejeição.jpg
O índice de rejeição é o maior para um presidente desde Fernando Collor de Mello

A presidenta Dilma Rousseff encerrou os seis primeiros meses do segundo mandato com a maior rejeição desde que assumiu o governo, em 2011. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada neste sábado 20, 65% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo, três pontos percentuais a mais que o levantamento anterior, divulgado em março.
De acordo com o instituto, o índice de rejeição é o maior para um presidente da República desde setembro de 1992, a poucos dias do impeachment de Fernando Collor de Mello. Conforme a pesquisa, 10% dos entrevistados classificaram o governo como bom ou ótimo, queda de três pontos percentuais em relação a março; 24% consideram regular e 1% não soube responder.
A rejeição está em níveis similares em todos os níveis de renda. Na parcela da população que ganha até dois salários mínimos, a aprovação da presidenta está em 11%, contra 62% de rejeição. Entre os eleitores de alta renda, que recebem acima de dez salários mínimos, Dilma é aprovada por 12% e rejeitada por 66%. Segundo o Datafolha, resultados parecidos são observados conforme o sexo, a idade e a

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Entenda como funciona o novo cálculo para se aposentar

Previdência

Entenda como funciona o novo cálculo para se aposentar

Após aprovação na Câmara, alternativa ao fator previdenciário depende de senadores e de Dilma

 Entenda como funciona o novo cálculo para se aposentar Eduardo Ramos/Especial

Uma votação na noite de quarta-feira, na Câmara dos Deputados, mexeu com os ânimos de muitos trabalhadores. A aprovação da alternativa ao fator previdenciário, atual método de cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição, deixou bastante gente animada, principalmente aqueles que começaram a trabalhar mais cedo.
Porém, para começar a valer, as novas regras, conhecidas como Fórmula 85/95, precisam ser aprovadas em votação no Senado e, depois, sancionadas pela presidente Dilma Rousseff (PT). Enquanto isso, veja o que muda na sua situação e calcule quando você poderá se aposentar com o valor integral, caso a Fórmula 85/95 comece a valer (calcule na página ao lado).
Articulações no Senado
A aprovação da emenda que prevê a Fórmula 85/95 como alternativa ao fator previdenciário foi uma derrota para o governo Dilma Rousseff. Considerando aquelas pessoas que começaram a trabalhar e a contribuir para a Previdência antes dos 20 anos de idade, se a nova regra for aprovada pelo Senado e sancionada pela Presidência da República, o caixa do INSS será onerado. No ano passado, o déficit estimado nas contas da Previdência Social era de R$ 50 bilhões.
Já, para o trabalhador, a mudança é benéfica, já que antes de chegar à idade mínima para aposentar-se por idade é possível receber o valor total do benefício. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), adiantou, ontem, que a proposta deve ser confirmada pelos senadores.
Dilma fará contraproposta
Já ao chegar nas mãos de Dilma, a tendência é que o tema seja vetado. Porém, para que o veto não seja derrubado pelos parlamentares, o Executivo deve apresentar uma contraproposta, em que reduz os descontos aplicados pelo fator previdenciário no benefício ao trabalhador. A ideia é articular junto às principais centrais sindicais vinculadas aos trabalhadores para legitimar a nova proposta do governo.
Antes da votação de quarta, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) havia feito um apelo aos deputados da base de governo para que votassem contra a proposta e, assim, o governo teria mais 180 dias para que fosse elaborada essa alternativa governista, em conjunto com "representantes da sociedade".
Conforme o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), com a pressão deputados, esse prazo deve ser diminuído.
Compare os dois sistemas de aposentadoria
Como é hoje- Desde 1999, o chamado fator previdenciário desestimula a aposentadoria precoce para quem começou a trabalhar cedo
- Mesmo que o trabalhador tenha contribuído para a Previdência pelo tempo necessário para se aposentar, o benefício é reduzido se ele não chegou à idade prevista pela legislação: 60 anos para mulheres e 65 para homens
- A fórmula para calcular o quanto o aposentado terá descontado do seu benefício envolve a expectativa de vida, a idade e o tempo de contribuição
- Para a Previdência, a vantagem é que a poupa recursos à medida que o trabalhador fica mais tempo no mercado de trabalho, contribuindo
- Para o trabalhador, a vantagem é que, se ele decidir se aposentar após os 65 anos, ganhará um benefício maior do que o salário de contribuição, usando o fator previdenciário a seu favor
- Uma das desvantagens é que quem começou a trabalhar mais cedo fica prejudicado, pois terá de trabalhar bem mais do que o tempo mínimo de contribuição para atingir o teto
- O principal prejuízo é que o segurado não consegue saber com antecedência depois de quanto tempo de trabalho ou com que idade chegaria aos 100% do salário de contribuição
A alternativa: fórmula 85/95- O que os deputados aprovaram na quarta-feira é que o trabalhador possa optar pelo sistema tradicional (com aplicação do fator previdenciário) ou por essa nova fórmula
- Nesta opção, a mulher pode se aposentar com o salário integral quando chegar aos 30 anos de contribuição e a soma da idade mais os 30 da fórmula chegar a 85. Para o homem, quando ele chegar aos 35 anos de contribuição, o resultado da soma desse número com a idade deve ser de pelo menos 95
- Para professores, os fatores são 80 e 90 para mulheres e homens, respectivamente
- A principal vantagem é que o segurado tem condições de saber, sem precisar consultar a Previdência, quando vai chegar ao valor de 100% da aposentadoria. Segundo alguns especialistas, essa possibilidade manteria os profissionais no mercado de trabalho justamente por conta da possibilidade de projeção
- Trabalhadores que começaram a contribuir mais cedo com o INSS são beneficiados
- A desvantagem é que a Previdência passaria a gastar mais, segundo alguns especialistas
- Se a fórmula 85/95 vier a substituir totalmente o fator previdenciário, quem atingir a idade de aposentadoria ganhará apenas os 100% do salário de contribuição
Conclusão- Se você já tem 60 anos (mulher) ou 65 anos (homem) ou está perto de atingir essa idade, a mudança na regra não fará diferença. Logo, deixe completar a idade e encaminhe a aposentadoria
- Se você está perto de atingir a idade e o tempo de contribuição exigidos pela fórmula 85/95, mas ainda falta alguns anos para chegar à idade que dá direito ao benefício integral (veja ao lado), espere e torça para que o Senado e

PSDB

psdb

Convenção tucana em São Paulo lança Alckmin para 2018

Na convenção mineira, senador Aécio Neves lançou-se como pré-candidato para as eleições presidenciais
alco.jpg
Alckmin candidato: “O PT pode ser tudo, menos um partido político”
 
 
São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi lançado candidato à presidência da República, em 2018, na convenção paulista do PSDB, realizada neste domingo (14). O deputado estadual Pedro Tobias, reeleito presidente do diretório estadual pelos próximos dois anos, defendeu o governador. "O Brasil está doente e precisa de "um médico para salvá-lo", disse.
Ontem, na convenção estadual do PSDB de Minas Gerais, o senador Aécio Neves também se lançou como pré-candidato e disse que, "se perdeu em 2014", virá com mais força em 2018.
Já falando como candidato, Alckmin fez duras críticas ao PT. "A política é uma atividade que se exerce essencialmente com ética. O PT pode ser tudo, menos um partido político, porque um partido político se faz com ética", afirmou. "Não é possível pagar com o futuro do Brasil as contas dos malfeitos da última década."
Alckmin larga na frente, mas terá de disputar a candidatura, além de Aécio, com o senador José Serra e o

Projeto de Serra que ameaça soberania da Petrobras é alvo de protestos

Partilha do pré-sal

Projeto de Serra que ameaça soberania da Petrobras é alvo de protestos

Senado deve votar nesta terça-feira (16) regime de urgência para o projeto de lei que quer colocar fim à participação da empresa estatal em ao menos 30% nos consórcios de exploração do pré-sal
 
por Helder Lima, da RBA  
 
São Paulo – Representantes dos trabalhadores, sobretudo petroleiros, vão se concentrar amanhã (16) no Senado para fazer pressão contra projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que pretende mudar o regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal, estabelecido pela Lei 12.351, de 2010.
Com o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, Serra quer derrubar o artigo 10 da lei, segundo o qual a participação da mínima da empresa estatal nos consórcios de exploração não pode ser inferior a 30%. Mas isso pode ferir interesses nacionais, já que com a lei de 2010 o país passou a ter mais soberania na produção de petróleo. A propriedade sobre o petróleo passou a ser do Estado, e não mais da empresa concessionária que faz a extração.
oreira Mariz/ Agência Senado
Serra: interesse em tirar a participação de 30% da Petrobras nos consórcios de exploração, ferindo a soberania do país.

“Nós entendemos que o modelo de partilha é

Sindicalistas pedem sanção, sem vetos, de alternativa ao fator previdenciário

Sindicalistas pedem sanção, sem vetos, de alternativa ao fator previdenciário

Os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, disseram hoje (15), após reunião do Palácio do Planalto, que se a presidenta Dilma Rousseff vetar a proposta que criou uma alternativa ao fator previdenciário, as seis maiores centrais sindicais do país irão ao Congresso tentar derrubar o veto.
Os parlamentares incluíram no texto da Medida Provisória 664 uma alternativa ao fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias. A chamada fórmula 85/95 estabelece que, para se aposentar recebendo o benefício integralmente (obedecido o teto de R$ 4.663,75 da Previdência Social), os trabalhadores têm que somar o tempo de contribuição e a idade até atingir a marca de 85 para as mulheres e 95 para os homens.
Na prática, a fórmula 85/95 permite que os trabalhadores se aposentem mais cedo - e com benefício integral ao qual tem direito - do que pelo cálculo do fator previdenciário. Pelo fator, quanto mais cedo o beneficiário se aposenta, menor o benefício.
“Pedimos a presidenta que não vete, que corrija essa distorção que prejudica milhões de trabalhadores. Ela tem a oportunidade de fazer esse bem aos trabalhadores”, disse Torres, após reunião com os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, para ouvir o diagnóstico do governo sobre a situação da Previdência e os impactos da fórmula 85/95 nas contas públicas.
Além da Força e da CUT, participaram do encontro representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical de Trabalhadores e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.
Segundo Torres, os ministros não apresentaram proposta alternativa na reunião de hoje. Dilma tem até a próxima quarta-feira (17) para sancionar ou vetar, total ou parcialmente, o texto aprovado pelo Congresso.
As centrais defendem que Dilma sancione a lei sem mudanças, para que a fórmula 85/95 entre em vigor e, simultaneamente, continue debatendo propostas para a sustentabilidade da Previdência Social no fórum criado pelo governo, que inclui empresários, centrais e representantes dos aposentados. Os sindicalistas dizem que a aplicação da fórmula 85/95 não comprometerá as contas da Previdência Social até 2023.
“Há uma unidade das centrais. A fórmula 85/95 é o importante na agenda da classe trabalhadora neste momento. É importante que Dilma sancione o que saiu do Congresso. Significa reparar uma parcela dos danos que o fator criou para o trabalhador no fim dos anos 1990 [quando foi criado]”, acrescentou Freita.
Amanhã (15), as centrais vão iniciar uma vigília em frente ao Palácio do Planalto para pressionar Dilma pela sanção da alternativa ao

Gabas: "Não colocaremos em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário"

Gabas: "Não colocaremos em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário"

Em entrevista coletiva após reunião com as centrais sindicais, nesta segunda-feira (15), o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, disse que a regra aprovada pelo Congresso traz riscos para o modelo previdenciário. "Nós não tomaremos medida que coloque em risco a sustentabilidade do modelo previdenciário brasileiro. É um modelo com ampla proteção, um dos modelos que mais tem proteção no mundo", afirmou.
A dois dias do fim do prazo para a sanção presidencial do texto do ajuste fiscal, onde foi incluído pelo Congresso o fim do fator previdenciário, Gabas disse que a presidente Dilma Rousseff ainda não decidiu se vetará ou sancionará a mudança. "A presidenta ainda não tomou decisão. Ela tem até quarta-feira para fazê-lo. Ela é muito cuidadosa, não só com o cenário político, mas com o cenário das contas da Previdência Social e com as contas da União como um todo. A presidenta não tomará medidas sem conhecer absolutamente todos os números", ressaltou Gabas.
O texto aprovado no Congresso dentro da MP do ajuste fiscal estabelece a chamada “fórmula 85/95”, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 anos (homens). No entanto, na avaliação do governo, a mudança significa mais despesas e poderá representar um rombo ainda maior na Previdência no longo prazo.
Em reunião com centrais sindicais, ministro da Previdência explicou o rombo que a fórmula aprovada pelo Congresso trará aos cofres públicos
Em reunião com centrais sindicais, ministro da Previdência explicou o rombo que a fórmula aprovada pelo Congresso trará aos cofres públicos
Segundo Gabas, o gasto da Previdência com a nova fórmula poderia aumentar em R$ 135 bilhões até 2030. Se a regra 85/95 for fixa, sem progredir de acordo com o aumento da expectativa de vida, o gasto estimado até 2060 pode chegar a R$ 3,22 trilhões.
“Isso é uma questão de Estado, não é uma questão de governo. Uma questão que diz respeito à sociedade”, disse o ministro, após uma apresentação de slides com dados da Previdência.
Para os sindicatos, a sanção da alternativa ao

"Manobra de Eduardo Cunha ofende a democracia"

Política

Entrevista - Celso Bandeira de Mello

"Manobra de Eduardo Cunha ofende a democracia"

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Eduardo Cunha
"Eduardo Cunha não encarna com muita fidelidade o espírito da democracia", diz Celso Bandeira de Mello

 por Renan Truffi 

Jurista fala sobre manifesto entregue ao STF contra dupla votação de financiamento empresarial de campanha organizada pelo presidente da Câmara 
Um dos autores do manifesto entregue do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, contra a aprovação do financiamento empresarial de campanha, o jurista Celso Bandeira de Mello explica em poucas palavras a tentativa de recorrer ao Judiciário para barrar a possibilidade de empresas poderem doar a candidatos e partidos políticos nas eleições. “Nossa democracia é capenga”. Com Fábio Konder Comparato, Dalmo Dallari e outros 200 advogados, além de ex-presidentes e conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Bandeira de Mello assina o documento, entregue à ministra Rosa Weber, que pede o arquivamento imediato da PEC do financiamento empresarial de campanha.
A base de argumentação do manifesto é a manobra feita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia da aprovação da proposta no Congresso, como parte das discussões em torno da reforma política. Na ocasião, após o financiamento empresarial ser derrotado em votação, o deputado colocou o tema na pauta novamente com um texto que alterava apenas algumas palavras. Para os juristas e advogados, trata-se de uma “violação” à Constituição. “Do ponto de vista jurídico, [a manobra] é evidentemente uma coisa contrária à democracia”, explica o jurista em entrevista a CartaCapital
Leia a entrevista:
CartaCapital: Qual é a razão do manifesto apresentado no STF?
Celso Bandeira de Mello: Parece óbvio que uma das principais causas de corrupção eleitoral no Brasil é o financiamento por parte de empresas. Isso é óbvio porque ninguém vai achar que uma empresa financia uma campanha eleitoral por amor extremado à democracia, pelo desejo de ver um pleito eleitoral bonito. É evidente que não é isso, é evidente que se trata de um empenho em obter uma retribuição posterior. Logo, não tenha a menor dúvida, de que se trata de uma interferência do poder econômico na vida política. É uma coisa tão óbvia que não tem o

A Segunda Guerra vista do bunker

Cultura

Resenha

A Segunda Guerra vista do bunker

por Elias Thomé Saliba — publicado 14/06/2015 08h32
Os diários de uma aristocrata russa que integrou o complô contra Hitler 
Princesa-Vassiltchikov
A princesa Vassiltchikov, obrigada a destruir papéis

A guerra anulou a experiência humana. Os homens voltaram das batalhas emudecidos, incapazes de reconstituir os acontecimentos. Quando escreveu isso a propósito da Primeira Guerra Mundial, sem nem sequer supor a catástrofe humana do conflito posterior, o filósofo Walter Benjamin referia-se aos memorialistas, aqueles que, testemunhas dos embates, desenvolveram uma ansiedade autoprotetora ao assumir a condição de narradores. Talvez por isso tenham sido raríssimos os diários escritos durante o desenrolar dos eventos a chegar até nós. 
Uma dessas raridades são os Diários de Berlim, 1940-1945 (Boitempo, 480 págs., R$ 69), de Marie Vassiltchikov, princesa russa que, ainda criança, logo após a Revolução de 1917, exilou-se com a família na França e na Lituânia. Na Berlim de 1939, conseguiu emprego como tradutora e secretária no Departamento de Informações do Ministério das Relações Exteriores do Estado Nazista. Esse departamento era constituído de intelectuais, jornalistas, fotógrafos e escritores um pouco distantes tanto da SS (a unidade de proteção da elite do Partido Nazista) quanto do seu Serviço de Segurança, que concentrou a maior parte de cientistas a planejar o Holocausto.
Os diários de Marie são originais não apenas porque foram escritos por uma mulher nos porões nazistas. Eles também se transformaram em registros quase únicos da fracassada Operação Valquíria para assassinar Hitler, em

O suicídio dos filisteus

O suicídio dos filisteus

por Mino Carta publicado 15/06/2015 04h44
A tentativa de incriminar Lula prova somente a sua condição de único líder popular brasileiro reconhecido mundo afora, como se deu na Itália dias atrás 
 
Ricardo Stuckert
Luis-Inácio-Lula-da-Silva
Lula discursou na prefeitura de Roma e na reunião da FAO.
 
Quando Fernando Henrique Cardoso deixou a Presidência da República, o Banco Itaú forneceu-lhe de graça a sede do Instituto que acabava de criar e lhe doou 2 milhões de reais. Outras importantes empresas cuidaram de atapetar suavemente o futuro do ex-presidente, entre elas, Camargo Corrêa (doação de 7 milhões) Odebrecht, Klabin e Gerdau. Sem contar a Sabesp, empresa pública em mãos tucanas (500 mil).
As primeiras páginas dos jornalões negaram-se então a noticiar algo que, de verdade, só ofendia a lei por causa da Sabesp. Ao contrário do

Não basta ser direita

Não basta ser direita


A guinada à direita, em sua dimensão real e simbólica, cresce em todo o mundo. Uma espécie de reacionarismo de baixo instinto, que se expressa em comportamentos violentos, machistas, homofóbicos e chauvinistas.

Por João Paulo Cunha*

Um dos fenômenos mais singulares da vida política contemporânea é a saída do armário da direita em escala global. Não da direita ideológica, defensora de valores de mercado na economia e de sua tradução conservadora no campo político. Mas da direita raivosa, preconceituosa, antipopular e moralista. Uma espécie de reacionarismo de baixo instinto, que se expressa em comportamentos violentos, machistas, homofóbicos e chauvinistas.
Como numa onda reativa, não basta mais ser direita, tem que participar. Há muitas camadas nessa escalada das pessoas e

Festival contra a redução da maioridade penal é realizado no Rio

Festival contra a redução da maioridade penal é realizado no Rio

Mais de 20 mil pessoas se reuniram no grande festival realizado por coletivos, movimentos sociais e artistas.

Por Larissa Gould

O movimento Amanhecer contra Redução surgiu em meados de abril, inspirado na campanha uruguaia No a la Baja, que impediu a redução da maioridade penal no país vizinho. Uma iniciativa de jovens criativos, principalmente estudantes secundaristas, para resistir à redução, de uma forma didática e leve, com a cultura.
 
Festival contou com 5 palcos na tradicional Praça XV 
Foi algo dessa natureza que deixou o centro da Cidade Maravilhosa mais colorido na manhã deste domingo. O Festival Amanhecer, fruto da construção colaborativa de coletivos, movimentos sociais e artistas, reuniu cerca de 80 atrações de música, dança, teatro, grafite, debates, fotografia e poesia na Praça XV, para um público total de mais de 20 mil pessoas.
Foram 5 palcos espalhados pela tradicional Praça XV, que se coloriu com cartazes, sorrisos, faixas, pipas, murais, grafites, adesivos, brincadeiras, tecidos e danças ao longo do dia. Uma ação de resistência, que