Impostometro

terça-feira, 5 de junho de 2018

Do paneleiro ao caminhoneiro, a representação da crise política

Luis Fernando Vitagliano

Do paneleiro ao caminhoneiro, a representação da crise política

É impressionante que num quadro dessa gravidade a resposta de parte da população e de pequena parte dos caminhoneiros seja a negação da representação com uma intervenção militar

04/06/2018
A greve dos caminhoneiros revela que o país dos paneleiros não existe. Não existe um país liberal com controle de preços pelo Estado. Não existe um país com liberdades democráticas sem liberdades partidárias. Não existe democracia sem oposição. Não existe liberdade sem justiça social. E o silêncio de agora dos revoltados de panelas nas mãos não mostra indiferença – como queremos crer – mostra a incongruência cognitiva de quem se propôs a discutir política sem o devido cuidado com o assunto.
Chamo de “paneleiros” – evidentemente numa atitude provocativa – aos que defenderam, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, a saída da presidenta Dilma eleita legitimamente para ocupar o cargo – que todos sabemos, foi afastada não por corrupção, mas porque se supunha que sua gestão era insuficiente.  Não se trata de uma categoria homogênea, passa pelo cidadão de classe média informada pela grande mídia ao tradicional modelo padrão autoritário da família brasileira – e talvez a

Marx

Marx, 200 anos: como reinventar a emancipação?

Em Berlim, Toni Negri, Michael Hart e novos movimentos debatem: por que 'primaveras' de 2011-2013 fracassaram? Pode-se combinar horizontalismo com construção de programas e estratégias?


01/06/2018 13:06

 

LoneBerry's - Tumblr

Créditos da foto: LoneBerry's - Tumblr
No início de maio, aconteceu em Berlim o Congresso Marx200: Política – Teoria –Socialismo, na Fundação Rosa Luxemburgo, em cooperação com o Teatro HAU Hebbel am Ufer. Foram quatro dias de extensa programação sobre a vida e obra de Karl Marx, em comemoração dos 200 anos de seu nascimento, em 5 de Maio de 1818. Foram dezenas de workshops, palestras e eventos paralelos como a exposição: Revoltem-se! Maio de 68/Poder e Impotência de uma Utopia (Empört euch! Mai 68/ Macht und Ohnmacht einer Utopie). Autores foram convidados para falar a partir das mais variadas perspectivas dentro da chamada crítica pós-marxista, temas atuais como o

"Questões levantadas nas lutas dos anos 1960 permanecem atualíssimas"

"Questões levantadas nas lutas dos anos 1960 permanecem atualíssimas"

A importância da luta dos estudantes na França, e também em outros países como os Estados Unidos, pode ser medida pelo legado em forma de novas bandeiras progressistas que viriam a alimentar nos anos seguintes os movimentos ambiental, feminista, de jovens, negros, povos originários e gays, entre outros


 
01/06/2018 17:27ElUniverso


Créditos da foto: ElUniverso
Rio de Janeiro – Um dos maiores estudiosos do país sobre a trajetória da esquerda e dos movimentos revolucionários e libertários no Brasil e no mundo, o historiador Daniel Aarão Reis insere os acontecimentos do Maio Francês em uma série de movimentos que, nos anos 1960, sacudiram vários pontos do planeta. A importância da luta dos estudantes na França, e também em outros países como os Estados Unidos, pode ser medida, segundo ele, pelo legado em forma de novas bandeiras progressistas que viriam a alimentar nos anos seguintes os movimentos ambiental, feminista, de jovens, negros, povos originários e gays, entre

José Dirceu

Subestimamos a direita e politizamos pouco a sociedade, diz José Dirceu ao Brasil de Fato


Ex-ministro analisa conjuntura brasileira e avalia deficiências de governos petistas: 'não é impossível derrotar os golpistas nesta eleição'

Apesar da convicção de que seria preso em breve, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula e um dos principais formuladores políticos do Partido dos Trabalhadores (PT), se mantinha calmo quando recebeu o Brasil de Fato, na segunda-feira (14/05), para a última entrevista formal que daria antes de ter sua prisão determinada pela segunda vez.
Dirceu se apresentou à Polícia Federal (PF) na tarde desta sexta (18) para cumprir a pena de 30 anos e nove meses de prisão confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na última quinta (17). 
Quatro dias antes do prazo para, mais uma vez, ser encarcerado, o petista expressou apenas preocupações pessoais em relação à sua família. A grave situação não o impediu de realizar uma autocrítica em relação aos governos de que participou. Para ele, as questões centrais foram “subestimar a direita” e a “pouca politização e pouca disputa política” por parte do PT.
De outro lado, um diagnóstico otimista: “Não é impossível derrotar os golpistas nesta eleição”. Para isso, é necessário ter “um candidato único no segundo turno”. A conversa abordou também temas como junho de 2013, a relação do PT com a mídia e as opções políticas tomadas nos últimos anos. Confira a íntegra abaixo.
PT
Dirceu, durante encontro do PT em Porto Alegre em 2013

Brasil de Fato: A conjuntura atual é marcada pela queda de Dilma Rousseff. Quais deficiências da esquerda permitiram que isso acontecesse?

Zé Dirceu:  O golpe tem razões estruturais. Se você olhar a História do Brasil, vai verificar que de tempo em tempo –conforme o nível de organização, politização e, principalmente, ocupação de espaços institucionais, no sentido eleitoral, de governo e parlamentar, como também de auto-organização das classes populares— sempre há uma interrupção do processo. Foi assim em 1964 e se repetiu em 2016. Em outros momentos houve tentativa de golpe, como em 1955, tentativa de impedir a posse de Juscelino. Em 1945, Getúlio foi deposto por um golpe da cúpula das Forças Armadas, elegeu Dutra, voltou nos

Dieese



'Não vale chorar pela reforma aprovada', afirma diretor do Dieese



Clemente Ganz Lúcio do DieeseDivulgação



Com um leque de pesquisas que vai do emprego ao preço da cesta básica, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sofreu um duro golpe com a perda de recursos dos sindicatos, diz o diretor técnico, Clemente Ganz Lúcio.

A entidade, financiada pelo movimento sindical, deve ter no ano que vem metade do orçamento de 2015 e busca alternativas de financiamento para manter as atividades.

Leia, a seguir, trechos da entrevista.

O que os sindicatos podem fazer para contornar as perdas?

Não vale chorar pela reforma aprovada. É o que passou no Congresso. Agora, precisamos ver de que maneira a Justiça do Trabalho e o Ministério Público vão agir para combinar opções alternativas de financiamento para os sindicatos.
A legislação trabalhista foi rasgada para quebrar o movimento sindical, mas podemos sair vitoriosos disso, de outros modos, chegar a

NUTRIÇÃO

Se o cérebro precisa de açúcar para funcionar, por que devemos parar de consumi-lo?

Mecanismo que abastece nosso organismo de glicose é um exemplo de sobrevivência

azucar alimentos

Como disse o escritor e químico italiano Primo Levi em seu livro O Sistema Periódico, de 1975, “o destino do vinho é ser bebido, e o da glicose é ser oxidada”. Assim, não é à toa que esse composto orgânico é o principal combustível que fornece energia às células do organismo. Também aos neurônios do nosso cérebro, que, assim como o de todos os mamíferos, precisa de uma dose constante de glicose para funcionar.
No entanto, a OMS recomenda reduzir o consumo de açúcar livre (o que se acrescenta, não o que se encontra de forma natural em alguns alimentos como a frutose, nas frutas, ou a lactose no leite) a menos de 10% da ingestão calórica total do dia, e inclusive estimula que esse consumo seja inferior a 5%, pois isso “produziria benefícios adicionais para a saúde”. Neste ano, também a indústria alimentícia entrou num processo de reformulação de seus produtos para reduzir esses açúcares, além do sal e das gorduras saturadas. Mas por que, se a glicose é fundamental para o funcionamento do cérebro, não é bom que

22ª Parada LGBT

DIVERSIDADE

Com tom político, 22ª Parada LGBT reúne milhares de pessoas e homenageia Marielle

Sob o tema “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”, o evento chamou atenção para o voto consciente

Brasil de Fato | São Paulo (SP)
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22ª Parada LGBT reúne milhares de pessoas em São Paulo  - Créditos: Joca Duarte

Ciro Gomes

Política

Entrevista - Nelson Marconi

Baixar salários não torna País mais competitivo, diz economista de Ciro

por Carlos Drummond — publicado 05/06/2018 00h30, última modificação 04/06/2018 15h13
Redução indiscriminada de custos tem impacto social elevado e não basta para concorrer com a China, argumenta o assessor




 
      
                                                                                    JF DIORIO/Estadão Conteúdo

Marconi: É preciso ganhar mercado com avanços de produtividade e diferenciação, e não pela redução indiscriminada de custos, que tem impacto social elevado, defende







O Brasil deve ganhar mercado pelos avanços de produtividade e por meio da diferenciação de produtos, como fazem diversos países, e não pela redução indiscriminada de custos a exemplo de baixar salários, que tem um impacto social muito elevado e, ainda assim, poderia ser insuficiente para o País competir com a China e outros países nos mercados de alguns produtos de baixo custo e elevada escala de produção.

A análise é do economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas e coordenador do Fórum de Economia e do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da FGV e ainda do programa econômico do pré-candidato Ciro Gomes. Defende um ajuste fiscal, mas baseado na análise das despesas correntes e