Impostometro

domingo, 30 de junho de 2013

Maracanã: manifestantes jogam pedras; PM revida com gás e balas de borracha

Por volta das 18h deste domingo, os milhares de manifestantes que organizaram um grande protesto para ser realizado em frente ao Maracanã, no Rio de Janeiro, chegaram ao grande bloqueio formado por agentes de segurança pública nos entornos do estádio. Depois de alguns minutos, a cerca de 400 m do estádio, teve início confronto com a Polícia Militar.
O conflito começou depois que pedras foram arremessadas por manifestantes contra as forças de segurança. O grupo também atacou com fogos de artifício e garrafas, e a polícia revidou com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. A confusão inicial ocorre entre dois postos de gasolina e preocupa pela presença de artefatos explosivos.

Para reforçar o bloqueio, o policiamento avançou a Tropa de Choque e um blindado "Caveirão", de onde são disparadas balas de borracha. Pelas janelas das ruas adjacentes, moradores aplaudiam a ação das forças de segurança.
Uma manifestante passou mal por conta do gás lacrimogêneo e precisou ser atendida pela ambulância. Um amigo, que se identificou apenas como Felipe, lamentou que alguns dos manifestantes tenham começado o confronto. "Tinha muita gente curtindo, cantando, fazendo festa, mas tem uns filhos da p... infiltrados que querem isso mesmo", afirmou.
O conflito se estendeu pela avenida Maracanã, e o corre-corre chegou à Praça Varnhagen. Reduto boemio da área do Maracanã, o local está cheio de bares com clientes que querem assistir ao jogo. Em meio ao barulho das bombas lançadas pela PM, manifestantes fugiram e chegavam correndo à praça, provocando pânico em alguns clientes, que abandonaram suas mesas. O Bar Buxixo chegou a fechar algumas portas.
Um grupo de 30 manifestantes parou em frente ao Bar Sokana e gritou "alienados" para as pessoas que assistem o jogo no bar. Algumas pessoas chegaram a discutir com os que protestavam e a policia teve que intervir, se posicionando dentro do bar.
Não houve conflito, mas o estabelecimento fechou as portas, e os clientes que assistiam o jogo tiveram que deixar o bar. Enquanto isso, os manifestantes comemoravam aos gritos de "acabou". "Se eles querem protestar, eles têm o direito deles. Mas não podem acabar com meu direito de beber uma cerveja e ver o jogo", afirmou o advogado João Luis Cerqueira, que deixou o local.

Outros manifestantes recuaram pela Rua São Francisco Xavier. Eles portavam coquetéis molotov e eram repelidos por balas de borracha. Por volta das 19h30, o policiamento retomou o bloqueio do início, na esquina da Avenida Maracanã com a Rua São Francisco Xavier, e a circulação de pessoas começou a se normalizar. Alguns manifestantes tentam retornar, mas de forma pacífica.
Segundo a polícia, dois PMs ficaram feridos. Os poucos manifestantes que voltaram para a frente do bloqueio entoam "Cabral é ditador". Eles só pararam para comemorar o segundo gol de Neymar. Alguns poucos, então, começaram a entoar "não comemora, não comemora".
Pouco a pouco o grupo de manifestantes em frente ao Maracanã voltou a crescer sob os gritos de olha eu aqui de novo" e "ei, fardado, vem pro nosso lado". Sobrou até para a TV Globo: "a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura".
Início calmo
Cerca de uma hora antes da final da Copa das Confederações, três fileiras de agentes de segurança aguardavam a manifestação que se deslocava rumo ao estádio, onde ocorre a partida entre Brasil e Espanha, a partir das 19h. A primeira era formada apenas policiais militares, cerca de 300; a segunda, formada por homens da Força Nacional de Segurança, 150; a terceira, por homens do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães, com 50. 
Boa parte dos manifestantes, no entanto, relutavam em se aproximar do bloqueio, a cerca de 500 metros do estádio. "Ei, polícia, não esquece que o (governador Sérgio) Cabral te paga mal", gritavam em uníssono os presentes, alguns deles mascarados, antes do início da confusão. 
Marcelo Chalréo, da comissão de direitos humanos da OAB, acompanhou os protestos. "Conseguimos acompanhar até certo momento. Houve uma hora que a situação saiu do controle. Ainda é precipitado fazer qualquer avaliação da atuação da policia. Preciso conversar com outros dez advogados espalhados pela manifestação e ver as imagens".

 

Manifestantes do Brasil estão recebendo quase todas as suas demandas

POR GUSTAVO SERRA

Depois de duas semanas de protestos, o Congresso eo Supremo Tribunal Federal aprovaram medidas contra a corrupção eo governo revertida com aumentos nos transportes.Ontem manifestantes de classe média foram apoiados primeiro pelas "favelas" do Rio Rosinha.

Após duas semanas de protestos em massa no Brasil, cinco mortos e centenas de feridos e presos, sabia o poder político e começou a ouvir as demandas profunda reforma política e social.
Ontem, durante o desenvolvimento de uma manifestação de mais de 50 mil pessoas em Belo Horizonte, que tentaram se aproximar do estádio onde sobre o próximo Brasil-Uruguai para protestar contra a corrupção na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014, o Senado aprovou um projeto de lei Altera o Código Penal qualifica corrupção como "crime hediondo". Condecorado com a mesma gravidade como assassinato ou estupro, e, portanto, tem penas severas. O projeto, que no Senado enquadrada uma agenda chamada "clamor das ruas" - tinha sido uma das propostas da presidente Dilma Rousseff para responder aos manifestantes.
A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Foi lá, na Câmara dos Deputados, onde ontem também rejeitou por esmagadora maioria (430 votos contra nove a favor e duas abstenções) PEC37 proposta de emenda constitucional que limita o poder de investigação por parte da Procuradoria para policiais federais e civis. Os manifestantes senti que favorecia os corruptos.
E depois de bloqueá-lo por dois anos de manobras políticas em todos os setores, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei para destinar 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para a saúde. O projeto vai para o Senado e há seções que podem ser vetados por Dilma Rousseff, que queria 100% para a educação. Mas ontem havia piadas em Brasília sobre a aceleração surpreendente das decisões dos deputados, depois de meses eles pareciam que cochilavam.
O Supremo Tribunal Federal não quer ser deixado para trás nesta corrida para ver quem melhor entende as demandas dos manifestantes da nova classe média emergente dos grandes centros urbanos brasileiros. A prisão juízes Natan Donadon deputado imediato máximo para desvio de fundos públicos, na primeira decisão deste tipo contra um legislador no cargo desde que foi aprovada a Constituição de 1988.
Enquanto isso, Dilma conversações com vários partidos do Congresso, os detalhes de um plebiscito para a reforma política, que deverá entrar em vigor para as eleições presidenciais em outubro de 2014, sem recorrer agora a uma Assembléia Constituinte.
Além disso, os prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, entre outras cidades, puxada de volta ao ajuste de tarifa de transporte público foi o estopim que acendeu os protestos há duas semanas.
Rousseff anunciou investimentos de cerca de 25 mil milhões de dólares para melhorar o sistema de transporte público entrou em colapso.
E algumas outras reivindicações, como a necessidade de melhorias na saúde. O governo abriu 35 mil vagas para médicos no serviço público de saúde e criar 12 mil postos de trabalho para formação de especialistas em áreas prioritárias. Brasil tem 1,8 médicos por 1.000 habitantes, desde que não atinja os 3,2 Argentina.
Por agora, o movimento de protesto aparece como um grande sucesso. E, talvez, o fato mais significativo foi que ontem à noite no Rio de Janeiro, chegou a protestar com a classe média do Leblon, as favelas do famoso Rosinha. A combinação pode ser imparável.

Manifestantes encaram bloqueio e entram em confronto com PM no Maracanã

A passeata que tomou conta do bairro carioca da Tijuca na tarde deste domingo e começou cerca de três horas antes do início da final da Copa das Confederações – entre Brasil e Espanha – terminou em confronto. Os manifestantes encontraram forte bloqueio a 500m do Maracanã. A Polícia Militar formou quatro barreiras na avenida com o mesmo nome do estádio, com presença de efetivo de policiais, Força Nacional de Segurança, batalhão de choque e um carro do Caveirão.
Às 18h35, a linha de frente da manifestação iniciou o conflito. Bombas foram jogadas em direção ao primeiro bloqueio. Vítimas de pedras, garrafas e bombas, eles tiveram que recuar. O protesto ganhou cerca de 5m e encarou a segunda barreira. O efetivo da Força Nacional de Segurança entrou em ação para conter o avanço e respondeu aos ataques com bombas de efeito moral. A Avenida Maracanã ganhou contornos de guerra.
Este foi o segundo ato no dia da final da competição organizada pela Fifa. Manifestantes com bandeiras de movimentos sociais e de partidos políticos deram o tom desta segunda manifestação. 20 encapuzados do Black Bloc, grupo que se diz anarquista e tem como objetivo proteger os manifestantes da ação das autoridades, ficou na linha de frente da passeata.
Os ativistas se reuniram na Praça Saens Peña e partiram em direção ao Maracanã. Eles se dividiram por volta das 17h10, quando pessoas passaram a ocupar ruas que não estavam dentro do planejamento inicial combinado com a polícia. Até então pacífico, o protesto só teve tensão quando um repórter da TV Globo foi hostilizado e teve que deixar a praça enquanto trabalhava.
Na Avenida Maracanã, onde os manifestantes encontraram o bloqueio das autoridades, o clima ficou nervoso de vez. Os ativistas encontraram quatro barreiras montadas pela PM, que não os deixaram prosseguir. A primeira era formada por policiais com escudos. Em seguida, outro cordão com efetivo da Força Nacional de Segurança, equipada com escudos e máscaras de gás.
Na sequência, um grupo de policiais da Tropa da Choque da PM reforçava o bloqueio. Por fim, um carro blindado usado pelo pela Polícia Militar, chamado de Caveirão, também foi visto.

 

A operação de segurança, com onze mil soldados

POR GUSTAVO RONZANO ENVIADO ESPECIAL

A partida final não vai a presidente Dilma Rousseff e o governador do Rio de Janeiro.
Custódia. A polícia tomou posição no Novo Maracanã. Haverá uma enorme operacional. / EFE

Gostaria de ter um ponto de referência apenas, sem tentar entrar nas comparações de campo, lembre-se que para um jogo do chamado alto risco na Argentina, como um Boca-River, gastar entre 1.000 e 1.200 tropas . No pior dos casos, havia 2000 policiais. Obviamente, o contexto em que eles jogam hoje Brasil e Espanha no Maracanã tecer não permite esta situação com que, geralmente, vivido no futebol em nosso país. Ele insiste. É só para ter dimensão do que a mega-operação de segurança que começou 26 horas antes do jogo, haverá, no total, 11 mil agentes afetou a final da Copa.
Desde ontem aos 17 anos de rua e foi cortado muito cedo hoje intensificar as medidas, considerando que em 10 as multidões começam a marcha. Não hoje, é claro, o último dia da procura popular no Brasil. Os protestos continuam. Mas desde o início, pelas chamadas através de redes sociais em todo o país, soube-se que a final deste torneio seria parte de um grande movimento. Essas lutas por aumento da taxa de transporte e os gastos públicos para a Copa do Mundo, o que resultou em reclamações mais profundas para a saúde e educação, e corrupção, também ofereceu o lado escuro da violência.Vandalismo não só colocar medo: só aqui no Rio de Janeiro são estimados US $ 170 milhões de prejuízo sofrido pelo comércio para cada dia da manifestação. Para isto deve ser adicionado o dano às estradas públicas e se multiplicam pelas cidades em que ocorre. A noite mais estressante era quinta-feira 20, quando havia 1,2 milhões de pessoas nas ruas (300 000 no Rio) por manifestações simultâneas em 100 locais diferentes no Brasil.
Dos 11 000 agentes será hoje, 6.000 correspondem a polícia militar. O restante é dividido entre agentes federais, forças de elite e segurança privada. Os protestos foram aumentando e, com eles, o número de soldados para cada jogo. Para esclarecimento se necessário, da Secretaria Nacional de Segurança observou que hoje é o "maior operação da história do futebol brasileiro." Embora, é claro, este despertar das pessoas no Brasil vai muito além do futebol e os enormes gastos para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos Rio 2016.
A não ser que ele mude de idéia, a presidente Dilma Rousseff, assobiado pelo público na abertura do evento, avisou que não tem planos finais para participar. Nem o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que continua como Rousseff de reunião para reunião com líderes de movimentos sociais. Joseph Blatter, entretanto, já enviou as instruções relevantes: um cordão policial três quilômetros do Maracanã. Como secretário real do estado, o francês Gerome Valcke, mão direita suíço secretário-geral da FIFA, disse com firmeza: "Nós nunca permitirá que um escândalo dentro de um estádio." De acordo com a estimar as organizações convocação, incluindo a Anistia Internacional, hoje, haverá pelo menos 100 mil pessoas marchando com a intenção de se aproximar do Maracanã. E para uma vida melhor.

"Não vamos recuar", diz manifestante que pretende chegar ao Maracanã

 


                    Manifestantes preparam cartazes para serem usados em protestos no Rio, neste domingo Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
Manifestantes preparam cartazes para serem usados em protestos no Rio, neste domingo 


"Vamos até o fim e vamos chegar ao Maracanã". Era com esse discurso decidido que João Hermínio Marques, da Frente Nacional dos Torcedores, marchava ao lado de milhares manifestantes pelas ruas do Rio de Janeiro em direção ao estádio onde ocorre a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, neste domingo (30). "Não vamos recuar pois é nosso direito manifestar e poder ir e vir em qualquer rua pública. Vamos atravessar a barreira policial até o último."


Um dos organizadores do protesto marcado para o dia da decisão, seu grupo foi barrado ao lado dos outros participantes a cerca de 100 metros do estádio por um bloqueio policial. A ideia era chegar ao local antes das 13h, horário marcado para o início do bloqueio nas proximidades do Maracanã, porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30. Os manifestantes foram contidos pela Polícia Militar e soldados do Batalhão de Choque bloquearam o acesso, equipados com armas de efeito moral. Os policiais também bloqueiam outras ruas que dão acesso ao Maracanã.

"Foi um ato de 'peleguismo' o que os manifestantes da manhã fizeram. Eles não tinham que ter recuado", criticou Marques, classificando como covarde o primeiro ato do dia, que viu seus integrantes mudarem de direção ao constatar a presença da barreira policial nos entornos do estádio.

Ele também criticou alguns grupos presentes no protesto que estão distorcendo e diminuindo o sentido das reivindicações iniciais dos organizadores. "Estamos tendo uma grande oportunidade de nos manifestarmos contra os absurdos que estão acontecendo no futebol brasileiro, além dos imensos desvios de dinheiro das obras para a Copa. Esse apoiador da ditadura militar, o Marin, jamais poderia ter assumido a CBF. E queremos também uma regulamentação desportiva", bradou, exaltado.

Protesto em campo e mistura de ritmos marcam festa de encerramento

Enquanto cantores se reuniam no centro do gramado, figurante fantasiado de bola de futebol abre faixa e é retirado por organizadores da cerimônia


Muita música, diversidade de ritmos e um protesto inesperado (confira no vídeo ao lado). Assim foi a cerimônia de encerramento da Copa das Confederações neste domingo, no Maracanã. Samba, sertanejo, axé e MPB se fizeram presentes antes do confronto entre Brasil e Espanha. E tudo sob o olhar atento dos jogadores da Roja, que acompanharam a movimentação do gramado do estádio do banco de reservas.
Com o campo coberto com uma lona verde, diversos figurantes, fantasiados como bolas de futebol, realizavam coreografias enquanto Arlindo Cruz, Vítor e Léo, Jorge Ben e Ivete Sangalo cantavam os seus principais sucessos para um Maracanã lotado. Os cantores incendiaram o público.
Protesto cerimonia encerramento Maracanã (Foto: Cintia Barlem)Ao fundo, do lado esquerdo, seguranças retiram mulher com faixa de protesto (Foto: Cintia Barlem)
Após Ivete cantar “A Festa”, os quatro artistas, posicionados um em cada canto do gramado, presenciaram a entrada da bateria de uma escola de samba, com os componentes trajados nas cores da bandeira do Brasil.
Maracanã festa encerramento final Confederações (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Ritmistas formam bandeira do Brasil na festa de encerramento (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Em dado momento da festa de abertura, um dos figurantes abriu uma faixa de protesto, com os dizeres "Imediata anulação da privatização do Maracanã". Rapidamente, o componente foi retirado do gramado do Maracanã. Minutos depois, outra pessoa fantasiada como bola de futebol passou mal e foi carregada pelos organizadores. O atendimento ocorreu do lado de fora do campo.
No fim, os ritmistas entraram em forma, fazendo o desenho da bandeira do Brasil. A partir daí, Jorge Ben, Ivete Sangalo, Arlindo Cruz, Vítor e Léo entoaram “País Tropical” para delírio dos mais de 60 mil torcedores no estádio.
O confronto entre Brasil e Espanha será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em Tempo Real.
* Participaram da cobertura: Alexandre Alliatti, Alexandre Lozetti, Leandro Canônico, Márcio Iannacca e Victor Canedo
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Maracanã campo encerramento final Confederações (Foto: Thiago Dias)Gramado do Maracanã é palco da festa de encerramento (Foto: Thiago Dias)
Ivete Sangalo, Brasil x Espanha -  Maracanã (Foto: Alexandre Durão)Ivete Sangalo durante a cerimônia (Foto: Alexandre Durão)
 

Protesto no Rio perde clima festivo e tem confusão com repórter da Globo
Ao contrário do primeiro ato da manifestação organizada pelo Comitê Popular da Copa, o clima é mais tenso nos momentos que antecedem o início da final da Copa das Confederações. Brasil e Espanha se enfrentam no Maracanã, que recebe intensa proteção da Polícia Militar. Cerca de sete mil pessoas - as autoridades não se pronunciam a respeito - saíram da Praça Saens Peña, no bairro da Tijuca, e iniciaram nova passeata rumo ao Maracanã. 
Manifestantes com bandeiras de movimentos sociais e de partidos políticos dão o tom deste segundo ato. Um repórter da TV Globo foi hostilizado e contou com ajuda da PM para escapar da confusão.
O perímetro Fifa, que veta o acesso das ruas de acesso ao Maracanã para pessoas sem ingresso e não credenciadas, é colocado em prática desde o início da tarde. A PM reforça o cerco ao estádio e acompanha o rumo da caminhada, também através de quatro helicópteros. O entorno está totalmente vetado aos manifestantes, que prometem ir até o estádio.
O trajeto será até a Avenida Maracanã, onde os manifestantes encontrarão o bloqueio das autoridades. O protesto se dividiu, com pessoas caminhando por ruas que não estão dentro do planejamento inicial combinado com a polícia. Um grupo de 20 encapuzados, que se diz de um grupo anarquista chamado Black Bloc e tem como objetivo proteger os manifestantes da ação das autoridades, está na linha de frente de uma das passeatas.
Na rua Conde de Bonfim, na Tijuca, moradores apoiaram a passeata. Lençóis brancos foram colocados na janela dos apartamentos, que tinham pisca-pisca de luzes. Uma chuva de papel picado também era jogada pelas pessoas que preferiram ficar em suas casas durante a passagem na manifestação na rua.
Enquanto os ativistas levantavam bandeiras de partidos e até da Palestina, o repórter Vandrey Pereira fazia gravação e foi hostilizado. O jornalista da TV Globo foi identificado por causa de seu microfone e teve que contar com a ajuda da PM para deixar a confusão. Profissionais das TV's Record e do SBT se assustaram e se afastaram do local.
Representante da FTN (Frente Nacional dos Torcedores), que critica a presença de José Maria Marin no comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), João Herminio Marques destaca que o plano dos ativistas é chegar ao estádio. "Não pode ter barreira. Eu, como cidadão, tenho direito de ir ao Maracanã. Se encontrarmos barreiras, vamos ver o que fazer", completou.
Marques aproveita para fazer coro contra o presidente da CBF. "Estamos aqui contra a permanência de José 'Medalha' Marin na CBF. Ele não tem aptidão moral para comandar o futebol brasileiro. É um filhote da ditadura", atacou o manifestante.
Três estações do metrô carioca estão fechadas por causa das manifestações: Presidente Vargas, Praça 11 e Cidade Nova. Por enquanto, os torcedores chegam ao Maracanã para assistir à final da Copa das Confederações sem dificuldade.
A OAB acompanha o ato, para prestar atendimento jurídico a quem precisar de auxílio ou for preso. "Tem excesso dos dois lados, tanto da PM com algumas prisões ilegais, quanto dos manifestantes. Há uma minoria agressiva", disse o advogado da OAB Antonio Carlos Marques, que presta o auxílio com a OAB pelo telefone 21-7825-2185.
Brasil e Espanha decidem o título da Copa das Confederações no estádio do Macaranã, neste domingo, a partir das 19h. Acompanhe todos os lances no Placar UOL.
* Atualizada às 17h42

Manifestantes conseguem furar cerco para protestar em frente ao Maracanã

 Nem mesmo o cerco policial no entorno do estádio do Maracanã na manhã deste domingo, antes da partida entre Brasil e Espanha pela final da Copa das Confederações, impediu que algumas pessoas conseguissem realizar pequenas manifestações em frente ao local, o que é em teoria proibido pelas regras da Fifa.

Manifestação do Rio de Janeiro dia 30 de junho | Foto: Rogério Wassermann/BBC Brasil 

Bem em frente à entrada reservada à mídia na rua Professor Eurico Rabelo, que passa por uma das laterais do estádio, um pequeno grupo de profissionais da área da saúde, de aventais brancos, erguia um grande cartaz protestando contra o fechamento de hospitais públicos pelo governo do Estado.

 

"Chegamos cedo, por volta das 10h, sabendo que tentariam impedir a chegada de manifestações perto do estádio", comentou um dos manifestantes, o protético Isaac Ferreira Sena, de 41 anos, que segurava uma das pontas do cartaz.
Do outro lado, estava o acupunturista Antonio Carlos, de 54 anos, que pediu que seu sobrenome não fosse divulgado por temer represálias por parte do governo. "Percebemos que aqui é um ponto estratégico para termos visibilidade", disse.
Ele disse que manteria o protesto na porta do Maracanã pelo tempo que permitissem que o grupo ficasse no local. "Isto não é um protesto partidário, estamos só falando a verdade, não estamos inventando nada", disse. "Afinal, isto é uma democracia ou não é? Não estamos quebrando nada, só falando a realidade", argumentou.
Em uma volta rápida no entorno do estádio era possível observar várias outras manifestações, incluindo algumas de cunho religioso. Uniformizados, centenas de fieis da igreja evangélica Assembleia de Deus de Madureira entregavam panfletos aos torcedores que chegavam para assistir à partida.
"Aqui há gente de todo o mundo, então estamos aproveitando para evangelizar. Queremos mostrar que Jesus Cristo é a maior de todas as vitórias", disse um dos fieis, o bombeiro Vítor Torres, de 26 anos. Segundo ele, ninguém do grupo tinha ingresso para assistir à partida.
Consultada pela reportagem da BBC Brasil, a Fifa se limitou a dizer que a entidade e o Comitê Organizador Local (COL) "respeitam plenamente o direito de as pessoas se expressarem".
Manifestação de evangélicos no Rio de Janeiro dia 30 de junho | Foto: Rogério Wassermann/BBC Brasil
Evangélicos distribuem panfletos antes da final no Maracanã
"Continuaremos a acompanhar a situação e temos plena confiança no trabalho de segurança das autoridades locais para a Copa das Confederações", complementa a resposta enviada pela entidade por e-mail.

Proteção dos animais

Em outro dos portões do estádio, a professora aposentada Ione de Oliveira Franco, de 73 anos, e o vigia Joel Avelino Torres, de 43, que se identificam como "protetores independentes dos animais", carregavam cartazes pedindo ações do governo na área.
"Estamos indignados com o que esses governos estão fazendo com o nosso país. Gastaram mais de R$ 1 bilhão com um estádio que já estava pronto, mas não oferecem hospitais gratuitos para os animais", reclamava Torres. "Os animais também pagam impostos, nós pagamos por eles", argumentou.
Para Franco, mesmo as demandas particulares como as suas podem ser ouvidas em grandes protestos como os que têm ocorrido nos últimos dias pelo país. "A prefeitura e o governo estão vendo que precisam ouvir todas as pessoas, independentemente das demandas", disse.
Ambos dizem ser ativistas e participantes de protestos de longa data e dizem ver de maneira positiva a onda recente de manifestações. "As pessoas acordaram para os protestos. O povo agora tomou gosto, não sai mais das ruas", disse.

Slogans em protestos revelam consumismo e alienação, diz FT

 

Em longo artigo assinado pela colunista Samantha Pearson, o jornal britânico Financial Times examina a adoção de slogans publicitários pelos manifestantes que vêm tomando as ruas de diversas cidades brasileiras no último mês.
A publicação lembra que o uso de motes de campanhas em protestos não é uma novidade em protestos em todo o planeta.
Manifestantes em Brasília | Foto: AFP
"Mas os manifestantes no Brasil tomaram um caminho incomum, usando os populares slogans para defender causas não relacionadas (aos slogans). É um sinal, dizem sociólogos, de excessivo consumismo e alienação política", observa o FT.
Ao se referir às frases "O gigante acordou", extraída da campanha do uísque Johnnie Walker, e "Vem pra rua", dos anúncios da Fiat, o FT diz que os slogans se converteram em "um dos poucos elementos a unificar os direferentes grupos que tomaram as ruas de mais de 100 cidades no Brasil este mês".
"Sem esforço, a italiana Fiat e a britânica Diageo, dona da marca de uísque Johnnie Walker, se tornaram patrocinadores não oficiais dos maiores protestos no Brasil desde o movimento pelo impeachment de Fernando Collor de Melo, em 1992".
"Mas a publicidade gratuita vale a pena?", questiona a publicação, antes de afirmar que no fim das contas as empresas acabam vendo suas marcas conectadas a protestos pacíficos mas também a vandalismo e saques.
No caso da Fiat, destaca o jornal, a prioridade dada pelo governo ao transporte individual particular - e não ao coletivo - é parte da origem dos protestos, originados pelo aumento das tarifas de transporte público.
O professor de mídia da Universidade de São Paulo Dennis de Oliveira explicou o fenômeno ao FT.
"Muitos dos manifestantes não têm qualquer conexão com partidos políticos, então eles tomam emprestadas expressões do mundo no qual eles estão imersos- e nos últimos anos este tem sido o mundo do consumo", diz o acadêmico.
"Depois de uma década de alto crescimento econômico, não surpreende a adoção de slogans" que, além de ajudar a traduzir "o desencanto com o sistema político", "são também uma expressão do mal-estar do modelo de desenvolvimento baseado no consumo", sublinha o jornal, ao citar a avaliação do professor da Fundação Getúlio Vargas Rafael Alcadipani.
"Carros, máquinas de lavar, e TV de plasma não são mais suficientes: Brasileiros querem melhores serviços públicos e governo", conclui o Financial Times.

Fukuyama diz que protestos no Brasil resultam de 'nova classe média'

 

Foto: Reuters
Protestos no Brasil: para Fukyama, há conexão com Primavera Áarbe
Em artigo publicado no Wall Street Journal, o cientista político americano Francis Fukuyama afirma que nada nas recentes manifestações no Brasil - que ele diz serem resultantes do surgimento da nova classe-média brasileira - sugere que haverá mudanças duradouras. E que manifestantes têm "como desafio evitar cooptação ou se vender ao sistema"
Fukuyama ficou conhecido pelo livro "O Fim da História e o Último Homem" ("The End of the History and the Last Man", 1992), no qual afirmava que a democracia liberal ocidental seria o modelo definitivo da evolução socio-cultural da Humanidade e forma final de governo. Ele mais tarde, reformaria o próprio conceito. O cientista político também é conhecido por suas colaborações com os conservadores norte americanos, em especial os presidentes Ronald Reagan e George W. Bush.
No artigo entitulado "A Revolução da Classe Média", Fukuyama afirma que o que conecta os recentes protestos no Brasil, na Turquia, nos países que foram cenário da chamada Primavera Árabe ou até mesmo na China é "o crescimento de uma nova classe média global".
"Em todos os lugares onde emerge, a classe média moderna causa fermentação política, mas raramente foi capaz de, por si mesma, trazer mudanças políticas duradouras. Nada visto ultimamente nas ruas de Istambul ou Rio de Janeiro sugere que estes casos serão uma excessão".
O filósofo afirma que em países como Turquia, Brasil, Tunísia e Egito, os protestos não foram liderados pelos pobres, mas por uma juventude com "nível educacional acima da média".
"Eles sabem usar tecnologia e as mídias sociais como o Facebook e Twitter para espalhar informação e organizar manifestações", afirma.

'Sistema corrupto'

No caso específico do Brasil, Fukuiama diz que os manifestantes combatem uma "entranhada elite corrupta que exibe projetos glamurosos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, mas que ao mesmo tempo falha em prover serviços básicos como educação e saúde".
"Para eles, não é suficiente que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tenha sido uma ativista de esquerda presa pelo regime militar durante os anos 70, nem que seja líder do progressista Partido dos Trabalhadores. Aos olhos deles (manifestantes) o partido foi sugado pelo "sistema" corrupto como revelado por recente escândalo de compra de votos".
Ao lembrar que diferentes instituições vêm quantificando o avanço das classes médias - que devem chegar a 4,9 bilhões de pessoas até 2030, ou metade da população global - Fukuyama lembra que este grupo precisa ser definido por também por educação, ocupação, posses de bens e comportamento político, para além dos clássicos parâmetros de renda.
"Um grande número de estudos (...) mostra que níveis mais altos de educação estão correlacionados a uma maior valorização da democracia, liberdade individual e tolerância com modos de vida alternativos", diz.
Ele cita ainda que famílias que têm imóvel próprio e passam a recolher impostos tendem a pedir mais clareza em relação às contas dos governos.
"Status de classe média não significa que um indivíduo automaticamente apoiará a democracia e um governo limpo."
Francis Fukuyama, cientista político
Fukuyama, porém, diferencia o Brasil dos países do Norte da África e Turquia, onde protestos muitas vezes geram respostas repressivas do governo. No Brasil, ele diz, "manifestantes não vão enfrentar forte repressão da presidente Rousseff".
"Ao contrário, o desafio é evitar cooptação no longo prazo pelo sistema arraigado e corrupto. O status de classe média não significa que um indivíduo automaticamente apoiará a democracia e um governo limpo. Principalmente, porque grande parte da antiga classe média no Brasil era empregada do poder público, no qual era dependente de apadrinhamentos e do controle estatal sobre a economia. As classes médias, lá como em países asiáticos como Tailândia e China, deram apoio a governos autoritários quando lhes pareceu que era a melhor maneira de asssegurar seu futuro econômico".
O cientista político afirma que este grupo tanto "poderia fazer parte de uma coalizão de classe-média que quer a reforma do sistema político" para orientá-lo ao atendidmento do público, como também "dissipar suas energias em distrções como políticas de identidade (questões de raça, gênero e outras, do termo em inglês "identity politics") ou se vender ao sistema que dá grandes recompensas aos que se submetem a jogar o jogo".
Muito do desdobramento dos protestos, diz, depende de lideranças.
"A presidente Dilma Rousseff tem uma tremenda oportunidade de usar os levantes para lançar uma reforma sistêmica mais audaciosa", diz. "Até agora, ela tem sido cautelosa sobre o quanto ela quer se livrar do velho sistema, limitada pela sua própria coalizão partidária", observa.
Fukuyama encerra seu artigo afirmando que com baixo crescimento e altíssimas taxas de desemprego entre os jovens, os líderes das economias desenvolvidas não devem pensar que o que está ocorrendo em Istambul ou São Paulo "não pode se passar por aqui".

Barreira do Batalhão de Choque impede passeata de 5.000 manifestantes até Maracanã


Uma barreira composta por policiais militares do Batalhão de Choque impediu o prosseguimento de passeata de manifestantes. O destino de centenas de pessoas que participavam do protesto era o estádio do Maracanã, onde às 19h deste domingo (30) acontece a final da Copa das Confederações.

O grupo não tentou passar pelos PMs no bloqueio montado no final da avenida Maracanã. Os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas reivindicações. Policiais acompanham os mais de 5.000 manifestantes.
O grupo, que retomou a caminhada de volta à Tijuca (zona norte), partiu da praça Saens Peña por volta das 12h. Eles pediam a não privatização do Maracanã, além de defender mais investimentos nas áreas de saúde e educação. O grupo também exigiu que os manifestantes detidos durante protestos nas semanas passadas sejam soltos.

Com medo de depredações, comerciantes do bairro colocaram tapumes e fecharam seus estabelecimentos.

Internautas enviam vídeos de protesto veja e mande o seu tambem.

Manifestação em Fortaleza 27/06/2013 - Olha o que a negrada faz com as bombas de gás!!!



Internautas enviam vídeos de protesto veja e mande o seu tambem.





Publicado em 27/06/2013
Publicado em 28/06/2013
Imagens que a TV não mostra, revista em manifestantes de uma forma muito estranha, policiais fazem barreira evitando a filmagem da revista, vejam como os revistados saem assustados.

UFPR NOTÍCIAS ESPECIAL - PROTESTOS PELO BRASIL


Protestos furam barreira da Fifa antes de Uruguai x Itália na Bahia

NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
"Dane-se o futebol! Queremos passe livre", diz um cartaz em plena Fonte Nova, palco do jogo Uruguai x Itália, pela disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações, neste domingo, em Salvador.
O protesto do ativista Danilo Sampaio, em meio aos seguranças e comissários da Fifa na porta do estádio baiano, contraria a proibição de manifestações políticas nas áreas da competição. Questionado sobre como fez para furar o cerco, Sampaio respondeu que "conseguiu dar um jeitinho".
Perto dali, uma faixa colocada na estrutura do metrô inacabado da cidade também atacava as autoridades. "Vandalismo é: metrô superfaturado, lapa [estação de ônibus soteropolitana] abandonada, trânsito horrível, criminalidade absurda, educação e saúde zero".

Nelson Barros Neto/Folhapress
Manifestante em frente à Fonte Nova, na Bahia, antes do duelo entre Itália e Uruguai
Manifestante em frente à Fonte Nova, na Bahia, antes do duelo entre Uruguai e Itália
O metrô de Salvador já está em obras há 13 anos e havia sido prometido como um dos legados da Copa. Uma das estações passaria em frente ao estádio.
Um novo protesto do braço local do MPL (Movimento Passe Livre) estava previsto para as 10h, também no centro de Salvador. Porém, marcado de última hora, no sábado, o ato ainda reúne poucas pessoas na praça do Campo Grande.
A ideia é se aproximar do perímetro da Fonte Nova, que já está com policiamento reforçado, para chamar a atenção da imprensa internacional. Nos outros dois jogos do torneio na Bahia, houve confrontos com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha por causa da situação.
Nas redondezas da arena, contudo, o clima é de total tranquilidade. E, para preocupação dos jogadores, o sol apareceu na capital. A partida acontece às 13h.

Protesto de torcedores no Rio invade prédio da CBF e pede saída de Marin

Manifestantes pularam tapumes que cercam edifício que será nova sede da entidade



Manifestantes querem a saída de Marin da entidadePaulo Alvadia / Agência O Dia
Um grupo de cerca de 40 torcedores protestou na manhã deste domingo (30) na porta da recém construída sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Torcedores chegaram a pular os tapumes que cercam o prédio, mas não invadiram o edifício. O grupo voltou para a calçada após a chegada de policiais militares.

A manifestação pacífica pediu a saída do atual presidente da CBF, José Maria Marin, do cargo. Com cartazes, fogos e sinalizadores, os manifestantes ainda acusaram a CBF de superfaturar a compra da nova sede da entidade.
O protesto acontece horas antes da final da Copa das Confederações no Maracanã.

Manifestantes caminham até o Maracanã e pedem a não privatização do estádio

Com medo de depredações, comerciantes do bairro fecharam seus estabelecimentos

Centenas de manifestantes protestam neste domingo (30) na Tijuca, na zona norte do Rio, bairro que fica ao lado do estádio do Maracanã. O grupo, que parte da praça Saens Peña, pretende caminhar até a porta do estádio. A passeata começou por volta das 12h.

O grupo pede a não privatização do Maracanã, além de defender mais investimentos nas áreas de saúde e educação. Eles também exigem que manifestantes detidos durante protestos nas semanas passadas sejam soltos.

Com medo de depredações, comerciantes do bairro colocaram tapumes e fecharam seus estabelecimentos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Protesto Passe Livre Brasil: Veja o que você não verá na televisão!


FORTALEZA - Cenas de guerra na Avenida Dedé Brasil




Ao menos 21 cidades têm protestos marcados para esta sexta-feira

 

Diversas cidades do país devem voltar a ter protestos nesta sexta-feira (28). Há, ao menos, 21 atos marcados, sendo em seis capitais e outras 15 cidades no interior de Piauí, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso e Minas.
Na quarta-feira, já tinham sido registrados ao menos nove manifestações, sendo que três deles terminaram em confronto. Os atos que tiveram confusão ocorreram em Fortaleza, Porto Alegre e Salvador, onde os protestos reuniram 12 mil pessoas. Apenas na capital cearense, 92 pessoas foram detidas.
Entre as manifestação programadas para sexta-feira, estão as capitais São Paulo, Goiânia, Natal, Vitória, Brasília, Rio de Janeiro. O ato programado para a capital paulista deve começar às 17h, no Masp, na avenida Paulista, defendendo o impeachment do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Os demais protestos ocorrerão em Batalha (PI), Limoeiro (PE), Guarulhos (SP), Osasco (SP), São Gonçalo do Amarante (CE), São José do Herval (RS), Jorge Teixeira (RO), Bezerros (PE), Várzea Grande (MT), Vilhena (RO), Cotia (SP), Ouricuri (PE), Bragança Paulista (SP), Caxias do Sul (RS) e Uberaba (MG).

 

Policiais Federais fazem manifestação no centro do Rio

Ato pediu fim da corrupção e reestruturação de carreira
              
         Agentes da Polícia Federal (PF) fizeram na manhã desta sexta-feira (28) uma manifestação contra a corrupção e em defesa da reestruturação de carreira de nível superior, escrivães, papiloscopistas e agentes. O protesto ocorreu em frente ao prédio da PF, na Praça Mauá, zona portuária do Rio.

A presidenta do SSDPF-RJ (Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro), Valéria Manhães, informou que a reivindicação pelo enquadramento salarial com a reestruturação de carreira para ensino superior já existe há seis anos.
— Os agentes, escrivães e papiloscopistas sempre se preocuparam em oferecer o melhor trabalho para o Brasil. E isso sempre englobou o problema da corrupção no país. Para você entrar na Polícia Federal você precisa de nível superior. Entretanto, até agora, as nossas atribuições estão em uma portaria de 1989 que não contempla o nível superior.

Ainda segundo Valéria Manhães, há uma exigência também por reajuste salarial.

— Desde 2009 que os agentes, escrivães e papiloscopistas não tem nenhum tipo de reajuste salarial, enquanto delegados e peritos receberam. A gente ainda não está falando em greve. Possivelmente teremos paralisações pontuais no decorrer do mês de julho.

A ação faz parte do calendário de mobilização nacional, definido pela Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais). Agentes, escrivães e papiloscopistas entraram em greve em agosto do ano passado. Em setembro, policiais federais realizaram um ato nacional pedindo a reestruturação da carreira de nível superior.

Em outubro, após 70 dias de greve, os policiais, mesmo sem acordo com o Ministério da Justiça, suspenderam a greve. O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou sobre as manifestações da Polícia Federal e suas reivindicações.