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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cuba: uma jogada magistral de Obama

Internacional

Estados Unidos

Cuba: uma jogada magistral de Obama

Ao mudar o relacionamento com a ilha, o presidente dos EUA reforça seu legado e amplia as chances do candidato democrata em 2016
Barack Obama
Ao anunciar o restabelecimento de contatos diplomáticos com Cuba na quarta-feira 17, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou uma jogada de mestre. Cuidadosamente preparada por 18 meses de negociações secretas, a guinada histórica da Casa Branca, que tem como objetivo o fim do embargo imposto à ilha em 1963, melhora a percepção externa dos EUA na América Latina, coloca no legado de Obama mais um fato positivo e pavimenta o caminho para o candidato democrata em 2016 obter vantagem significativa no cada vez mais importante eleitorado hispânico nos EUA.
No discurso em que justificou a mudança de paradigma no relacionamento com Cuba, Obama expressou argumentos usados há pelo menos duas décadas e meia pela esquerda democrática latino-americana e por pessoas de bom senso em geral. Obama classificou o embargo como parte de uma “abordagem antiquada”, que “falhou”, e lembrou as relações de Washington com a China, governada há décadas por um Partido Comunista, como Cuba. “Esses 50 anos mostraram que o

A planilha de Youssef

Política

Operação Lava Jato

A planilha de Youssef

Os 750 projetos Brasil afora sob a influência do doleiro preso na operação Lava Jato
por Fabio Serapião, com José Antonio Lima e Renan Truffi
Arte: CartaCapital
Youssef
Obras presentes na lista de Yousseff
Reportagem de capa da edição 828 de CartaCapital
Na busca e apreensão realizada na casa de Alberto Youssef durante a primeira fase da Operação Lava Jato, em 17 de março, a Polícia Federal encontrou um documento cujo conteúdo demonstra que a atuação do doleiro extrapola os limites da Petrobras e estende seus tentáculos sobre outras estatais federais, órgãos públicos estaduais, prefeituras e empresas privadas. Apreendida em meio a relógios e canetas importados, a planilha de 34 páginas, à qual CartaCapital teve acesso, traz um relatório de 747 projetos vinculados a clientes diretos, no caso as construtoras, e relacionados a um cliente final, na maioria empresas públicas e algumas privadas.
“Assim, é claro o envolvimento de Youssef e seu grupo com grandes empreiteiras, e, através da planilha apreendida, pode-se deduzir que o doleiro tinha interesse especial nos contratos dessas empresas, onde de alguma forma atuava na intermediação”, observam os policiais federais. Somadas, as obras datadas do período entre 2008 e 2012, alcançam a cifra de 11,5 bilhões de reais e sugerem uma explicação para o fato de a força-tarefa envolvida nas investigações afirmar que a organização criminosa “abrange uma estrutura criminosa que assola o País de Norte a Sul”. Chama atenção a disciplina e organização do doleiro ao produzir o relatório. Nele, cada obra é seguida do telefone fixo e celular do contato na empresa, informações detalhadas sobre o projeto, como espessura e tipo de materiais a serem utilizados, data e valor.
No caso dos projetos listados na planilha, segundo a PF, o doleiro utilizava a empresa Sanko-Sider para fechar contratos com

Relator aceita mudar conceito de trabalho escravo a pedido de ruralistas

Relator aceita mudar conceito de trabalho escravo a pedido de ruralistas

Daniel Santini
Se não forem comprovados o trabalho forçado e a servidão por dívida, os outros elementos que hoje, também caracterizam trabalho escravo, o empregador não será responsabilizado pelo crime
De Leonardo Sakamoto em seu blog
O relator da reforma do Código Penal na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, Vital do Rêgo (PMDB-PB), acatou as emendas que mudam o conceito de trabalho escravo, diminuindo a possibilidade de punição a quem se utiliza dessa forma de exploração de mão de obra e reduzindo direitos dos trabalhadores.
A proposta, que altera o conteúdo do artigo 149, que trata desse crime, está programada para ir à votação nesta quarta (17), na CCJ, com o restante do novo Código Penal. Depois, ela precisará ainda ser aprovada no plenário.
Contemplando as sugestões dos senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), o novo texto exclui as condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais ou que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador) e a jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo e sistemático que acarreta danos à sua saúde ou risco de morte) como elementos definidores de trabalho análogo ao de escravo.
Ou seja, se não forem comprovados o trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e a servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente uma dívida e por ela fica preso), os outros elementos que hoje, também caracterizam trabalho escravo, o empregador não será responsabilizado pelo crime.
Na prática, isso dificulta o resgate de imigrantes estrangeiros em oficinas de costura, como bolivianos e paraguaios, ou de

Projeto de lei que tramita no Senado garante direitos para amante

Projeto de lei que tramita no Senado garante direitos para amante

Estatuto busca assegurar que a amante e a família mantida paralelamente tenham os mesmos direitos da oficial.

Publicado por Clarissa Pacheco
Projeto de lei que tramita no Senado garante direitos para amante
Pedro* sempre foi atrapalhado com mulheres. Viveu com Julia* e Ana* ao mesmo tempo por nove anos, sem que nenhuma das duas soubesse. Com Julia, com quem era casado, passou 22 anos, mas confessa: gostava mesmo era de Ana. Quando Julia descobriu a traição, Pedro saiu de casa, pagou as contas e foi viver com a amante. Mais tarde, ela também descobriu o jogo duplo. Ela manteve o relacionamento, mas se tivesse decidido largar Pedro, ela poderia ir à Justiça e, quem sabe, teria acesso aos direitos assegurados à ex-mulher de Pedro: pensão alimentícia e até reparação por danos morais.
Passaram-se seis anos. Hoje, Pedro acha que foi covarde com as duas. Mais: acha que ambas as famílias devem ter os mesmos direitos perante a Justiça. Se o Projeto de Lei nº 470/2013, da senadora baiana Lídice da Mata (PSB), passar no Senado, a opinião de Pedro pode virar regra. “Se é justo dar os direitos para as duas famílias? Eu acho. Foi por isso que eu me separei. Eu fui covarde ficando com as duas”, conta Pedro, um comerciante de 49 anos.
Parece mesmo ficção, mas o triângulo amoroso de Pedro é mais comum do que se imagina. Talvez por isso haja tanta polêmica em torno da proposta de Lídice da Mata, o chamado Estatuto das Famílias – assim mesmo, no plural, referência às atuais formações familiares. Entre outros direitos para todos os tipos de formações familiares brasileiras, o estatuto busca assegurar que a amante e a família mantida paralelamente tenham os mesmos direitos da oficial.
O artigo 14 diz que “as pessoas integrantes da entidade familiar têm o dever recíproco de assistência, amparo material e moral, sendo obrigadas a concorrer, na proporção de suas condições financeiras e econômicas, para a manutenção da família”. Essa responsabilidade - e a de danos morais e materiais - se estende a quem é casado ou vive em união estável, mas tem um relacionamento paralelo.
A senadora escapa à polêmica. “Nossa proposta visa, principalmente, reunir num só instrumento legal toda a legislação e jurisprudência atualizada referente à área do Direito de Família”, diz. Não é a primeira vez que tentam elaborar um estatuto do tipo. Projeto semelhante do deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) parou de

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Política

Política

Reforma ministerial

Com “linhagem de patrão”, Armando Monteiro preocupa sindicalistas

Ex-presidente da CNI, senador petebista tem irmão envolvido com trabalho escravo e atuou contra direitos trabalhistas no Congresso
Armando Monteiro
Não é só o fato de ter sido presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) por duas vezes que deixa sindicalistas e trabalhadores incomodados com a nomeação do senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O que gera repercussão negativa entre as centrais sindicais é a “linhagem de patrão” do novo integrante do governo Dilma Rousseff. Filho de político, empresário ligado ao setor usineiro e ex-banqueiro, Monteiro tem um histórico de defesa dos interesses do empresariado às custas das pautas dos trabalhadores.
Enquanto segmentos progressistas discutem a provável indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura e salientam a diferença entre as pautas defendidas por ela e bandeiras histórica do PT, o partido de Dilma, Monteiro tem passado incólume às críticas. Ainda assim, os representantes dos

Depoimento de Lula à CNV - São Paulo - 8/12/2014


Isso que Aconteceu no Japão está Chocando o Mundo Inteiro


Protestos nos EUA

Protestos nos EUA: povo se revolta, quer ser ouvido e quer mudanças

8 dezembro, 2014 - 15:41 — Simone


Reprodução
De costa a costa, comunidades se revoltam contra abuso policial e se unificam em torno das questões raciais que precisam entrar em debate

Por Jon Queally
Common Dreams
Em cidades e comunidade ao redor dos Estados Unidos, na noite de quinta-feira, pessoas saíram às ruas em protestos solidários por causa de uma decisão do tribunal de não indiciar os policiais envolvidos na morte por enforcamento de Eric Garner na cidade de Nova Iorque, e pela questão da discriminação racial e brutalidade policial que vieram à tona nos últimos meses.

Seguindo a noite anterior de protestos espontâneos em algumas cidades, um grande número de protestos organizados e

5 juízes brasileiros que deram ordens de prisão polêmicas

5 juízes brasileiros que deram ordens de prisão polêmicas

5 juzes brasileiros que deram ordens de priso polmicas


São Paulo - O caso do juiz que mandou prender funcionários de uma companhia aérea após perder um voo é mais um episódio polêmico envolvendo magistrados. O magistrado não conseguiu embarcar no último sábado, num voo que ia de Imperatriz (MA) com destino a Ribeirão Preto (SP).
Recentemente, o juiz João Carlos de Souza Corrêa levantou o debate sobre o abuso de poder praticado por juízes.
Corrêa foi pego numa blitz da Lei Seca e ganhou