Impostometro

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mino Carta

Política

Editorial

A vitória de Severina e Maria das Dores

Aqui está uma das razões da reeleição de Dilma contra a reação golpista. Por Mino Carta
por Mino Carta 
Poupa na corda
                                                   Poupa na corda, de Heitor dos Prazeres
Conto uma história singela. Minha doméstica se chama Severina da Silva e está comigo desde 1981. É da minha família. Casada, 61 anos, casa própria, dois filhos formados engenheiros pela USP e muito bem empregados. Nasceu no Recife, onde vivem a mãe, lúcida aos 97, e a irmã Maria das Dores. E esta liga na segunda-feira 20, e informa: “Votei na Dilma e domingo volto a votar”.
Todos os nossos Silva estão com Dilma, no Recife e em São Paulo. “Deus me livre do Aécio ganhar – diz Maria das Dores –, quero realizar o sonho de visitar vocês de avião.” Severina já foi ao Recife três vezes, logo mais virá a irmã. Ambas de avião.
Enredo rigorosamente verdadeiro e altamente simbólico, chave do mais claro entendimento da vitória que Dilma Rousseff colhe ao se reeleger para a Presidência da República. Neste mesmo espaço na edição de 24 de setembro passado eu me atirava “a um vaticínio que muitos reputarão prematuro”. Ou seja, previa que a nação saberia “evitar o risco” de eleger quem representa o regresso.
Aí está o sentido do apoio de CartaCapital à permanência da presidenta Dilma. Sua vitória é a garantia da continuidade da política social e da política exterior independente executadas nos últimos 12 anos. Ganhamos agora a certeza de que o neoliberalismo não vingará, que o salário mínimo não será cortado, que a Petrobras não será privatizada, que o pré-sal não será loteado.
CartaCapital nunca deixou de manifestar a

PF suspeita de armação em depoimento de Youssef, diz "O Globo"

PF suspeita de armação em depoimento de Youssef, diz "O Globo"


Para a Polícia Federal, a acusação do doleiro contra Lula e Dilma pode ter sido estimulada pela defesa de Youssef, com intenção eleitoral, um dia antes da publicação de "Veja"
Lula e Dilma - Veja
O jornal O Globo traz em sua edição desta quarta-feira 29 uma informação que pode ajudar a elucidar a história por trás da “bala de prata” da oposição contra Dilma Rousseff (PT), a indicação, feita pelo doleiro Alberto Youssef, de que a presidente reeleita e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o jornal, os investigadores suspeitam que a declaração do doleiro pode ter sido forçada pela defesa para influenciar o resultado do segundo turno das eleições.
A Polícia Federal investiga como o depoimento de Youssef vazou e, segundo a reportagem do Globo indica, suspeita da ação da defesa do doleiro. De acordo com o jornal, Youssef prestou depoimento na terça-feira 21, como vinha fazendo normalmente, e não citou Lula ou Dilma. Na quarta-feira 22, diz o jornal, um dos advogados de Youssef pediu para “fazer uma retificação no depoimento anterior”. No interrogatório, afirma o Globo, o advogado “perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo doleiro, sabia da fraude na Petrobras”. Youssef disse, prossegue o jornal, “acreditar que, pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem”. A retificação acabou exatamente neste trecho.
No dia seguinte, a quinta-feira 23, antecipando sua circulação semanal em um dia, Veja publicou as declarações de Youssef a respeito de Lula e Dilma. Segundo a reportagem da revista, o doleiro não apresentou provas e elas não foram solicitadas.
A suspeita da PF levanta uma questão temporal curiosa. Enquanto a retificação do depoimento de Youssef teria ocorrido na quarta-feira, segundo O GloboVeja afirmou em nota que sua apuração "começou na própria terça-feira, mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária para publicação na tarde de quinta-feira".
Edição do Globo
A reportagem sobre a suspeita da PF, publicada nesta quarta-feira 29 pelo Globo, no pé da página 6

A defesa de Youssef é coordenada pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Por um ano, Basto teve um cargo de conselheiro do Conselho de Administração da Sanepar, a Companhia de Saneamento do Paraná. Como consta no site da empresa, ele assumiu o cargo em 17 de janeiro de 2011, 16 dias após a posse de Beto Richa (PSDB) como governador do Paraná. Em 25 de abril de 2012, a carta de renúncia de Basto foi lida em assembleia geral da Sanepar, como consta em ata também publicada no site da companhia. No último 23 de outubro, no mesmo dia da publicação de Veja, Basto disse ao mesmo jornal O Globo que

A culpa é dos nordestinos?

A culpa é dos nordestinos?

Publicado por Raphael Miziara
De início já respondo: óbvio que não.
Não ia me pronunciar sobre o resultado das eleições, respeito a vontade da maioria. No entanto, não posso me conter diante de alguns comentários preconceituosos que vi nas redes sociais, com seguinte teor: "parabéns aos eleitores do nordeste que votam no PT e depois vão para SP governado pelo PSDB atrás de uma vida melhor".
Sou Mineiro e há dois anos moro no nordeste (Teresina/PI), terra que adoto como minha, de povo receptivo e caloroso. Mas o

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uruguai rejeita redução de maioridade penal

Uruguai rejeita redução de maioridade penal e terá segundo turno entre Vázquez e Lacalle Pou

Facebook/Frente Amplio
Segundo turno para Presidência uruguaia ocorrerá no dia 30 de novembro; terceiro colocado já anunciou apoio a opositor contra governista
Os dados iniciais da apuração oficial das eleições deste domingo (26/10) no Uruguai confirmam que os candidatos Tabaré Vázquez e Luis Alberto Lacalle Pou definirão a Presidência do país em segundo turno, marcado para o dia 30 de novembro. Em plebiscito que também foi realizado ontem, 53% dos uruguaios rejeitaram a redução da maioridade penal. 

Até o momento, com 82,1% das urnas apuradas pela Corte Eleitoral, Vázquez, ex-presidente e líder do partido governista, Frente Ampla, tem 45,8% dos votos, enquanto o opositor Lacalle Pou conquistou 31,5%. Na terceira colocação está o candidato do Partido Colorado, Pedro Bordaberry, com 13,3% das preferências.

"Amanhã começa uma nova etapa, os uruguaios falaram e o povo uruguaio sabe se expressar com clareza. É nosso papel interpretar o que o povo diz. Teremos que ir para um novo embate. Encararemos a nova etapa na busca da Presidência no diálogo, no respeito a outras forças. E além das maiorias, o caminho será buscar o diálogo e respeito, e conhecer as opiniões de outras forças e

O ódio à democracia

Política

Crônica / Matheus Pichonelli

O ódio à democracia

O antidemocratismo manifestado em ano eleitoral não é resultado de um sistema ainda imaturo, mas de um processo que se consolida e começa a incomodar
Ódio à democracia
O antidemocratismo manifestado em ano eleitoral não é resultado de um sistema ainda imaturo, mas de um processo que se consolida e começa a incomodar
"Nordestino não sabe votar". "Pobres merecem o que têm". "Abaixo o Bolsa Esmola". "Vão pra Cuba". "Muda para Miami". "Os empregados deveriam ser proibidos de participar". "Paulista é uma raça egoísta". "Deveríamos nos separar do resto do país". Não, não é por acaso que as manifestações de ojeriza à política, ao contraditório e ao voto das populações mais pobres tenham se intensificado ao longo desta eleição, a sétima desde a reabertura democrática. A democracia brasileira é jovem, mas não é uma criança. Parte do ódio que ela provoca é antes o resultado de sua maturidade do que de seu ineditismo: quem vocifera não são os que desconhecem seu funcionamento, mas os que o conhecem muito bem – a ponto de, em pleno 2014, falarem em golpeimpeachment oucegueira coletiva para deslegitimar um resultado adverso.
A polarização, cada vez mais acentuada entre os dois principais partidos do País, levou candidatos, eleitores-internautas, internautas-eleitores e parte da mídia a se comportar como torcedores de arquibancada nas últimas semanas, em especial no último domingo, 26 de outubro, quando a presidenta Dilma Rousseff foi reeleita. A tônica variava, mas tinha uma mesma base: não bastava expressar o voto, era preciso eliminar o concorrente e quem vota no concorrente – principalmente se ele não tem o mesmo repertório, a mesma escolaridade, a mesma (e suposta) independência material. Daí as agressividades identificadas tanto no

Vem aí um outro PT?

Vem aí um outro PT?

Com a reeleição da presidenta, o partido pretende curar as feridas internas, quer se aproximar de antigos aliados, como o PSB, e defende a ampliação do diálogo com a base governista e a sociedade

Alan Rodrigues (alan@istoe.com.br)
Passada a guerra eleitoral, a mais dura e surpreendente batalha enfrentada pelo PT desde as eleições de 1989, o partido começa a contabilizar baixas, resgatar feridos e curar as cicatrizes deixadas durante o embate político. A agremiação de Lula e Dilma emite sinais para que seus comandados superem as desavenças internas, resgatem o diálogo com a base governista e busquem com urgência um acordo de paz com antigos aliados, com foco no PSB. Já de olho em 2018, a ordem no PT é estancar sangrias, afinal, após a violenta luta eleitoral, o Brasil que sai das urnas é um país dividido ao meio. “O desafio é não deixar criar um clima de terceiro turno”, avalia o deputado federal paulista Paulo Teixeira, vice-líder da bancada da Câmara. “O novo cenário vai requerer mais diálogo ainda.”
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TRÊS MOSQUETEIROS
Estes são os homens que darão o tom político do PT em Brasília:
Mercadante, que deve assumir o Ministério do Planejamento, Rossetto,
a Secretaria-Geral da Presidência, e Wagner, cotado para a Casa Civil
Como esse nunca foi o ponto forte de Dilma, o PT precisará contar com bons quadros, hábeis politicamente para trafegar em um Parlamento pulverizado em 28 partidos e onde enfrentará a oposição mais forte em 12 anos de poder – com o agravante de as bancadas petistas terem sido reduzidas de 88 para 70 deputados e de 15 para 12 senadores. “A tarefa mais difícil e mais importante neste momento será recompor a base no Congresso”, avalia o deputado federal paulista Carlos Zaratini. O PMDB, por exemplo, que tem a Vice-Presidência e é o

sábado, 25 de outubro de 2014

Veja

Eleições 2014

Justiça concede direito de resposta ao PT contra revista Veja

Publicação da editora Abril distribuiu edição em que afirma que Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras 
Militante do PSDB distribui cópias da capa da "Veja" em frente ao metrô em São Paulo
Militante do PSDB distribui cópias da capa da "Veja" em frente ao metrô em São Paulo

O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu na noite deste sábado 25 direito de resposta ao PT, em caráter liminar, contra a revista ‘Veja’. O periódico distribuiu nesta semana uma edição em que afirma que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam do esquema de corrupção da Petrobras. O magistrado considerou que a publicação não teve "qualquer cautela” e transmitiu a acusação de “forma ofensiva” e em “tom de certeza”.
“Fácil perceber que a revista Veja desbordou do seu direito de bem informar para, de forma ofensiva e sem qualquer cautela, transmitir ao seu grande público, em tom de certeza, acusação de que Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de fato criminoso sobre um dos badalados temas desta campanha presidencial”, afirmou na liminar.
Por conta disso, a revista Veja fica obrigada a veicular, de forma imediata, o direito de resposta do PT no site da publicação “no mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado". A Procuradoria Geral da República já havia havia emitido

As mentiras que Aécio conta

As mentiras que Aécio conta


Reprodução
Candidato do PSDB faz discurso promissor, mas esconde propostas antipopulares para economia, saúde, educação e direitos trabalhistas

Pedro Rafael Vilela
Brasília (DF)


Para quem acabou de chegar de Marte e está acompanhando os discursos e as promessas de Aécio Neves (PSDB) para o país, pode até se entusiasmar com o que vê num primeiro momento.Como ninguém administra um país sozinho, por trás de cada candidatura existe um projeto de governo bem definido. O cientista político Francisco Fonseca, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, explica que, no caso do tucano Aécio Neves, o projeto tem um claro viés neoliberal para a economia, com redução do papel do Estado e forte controle dos gastos públicos. Esse modelo, adverte o professor, tende a contingenciar os investimentos em área social, como saúde, educação, moradia, etc.
“É o mesmo modelo aplicado durante o período FHC, de liberalização da economia para o capital internacional e redução de direitos sociais, como as garantias trabalhistas”, aponta.
O Brasil de Fato investigou a consistência das promessas do tucano e descobriu oito temas em que Aécio Neves fala uma coisa, mas planeja outra bem diferente, caso seja eleito. Confira:
 - Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES
Armínio Fraga, indicado por Aécio Neves para ser seu ministro da Fazenda, já afirmou que é preciso uma “correção de rumo” no atual modelo de bancos públicos e que, “no final da linha”, não sabe muito “o que vai sobrar”. Na prática, seria o fim de programas como o Minha Casa, Minha Vida, o financiamento de grandes obras pelo BNDES e a oferta de créditos subsidiados para diversos setores da economia.
- Privatização do pré-sal 
As grandes petroleiras internacionais até hoje não se conformam com a Lei do Pré-Sal, aprovada pelo governo Lula, que ampliou o poder da Petrobrás e garantiu maior arrecadação financeira com a exploração das reservas. Elas querem a volta modelo anterior, que permite a entrega de 90% das reservas diretamente às empresas. Representantes de gigantes do petróleo como a Chevron chegaram a receber garantias do PSDB, partido do Aécio, de que a lei seria revista num eventual governo tucano. 
- Direitos trabalhistas 
Aécio se diz defensor dos trabalhadores, mas votou contra direitos trabalhistas fundamentais. Em 2001, quando era presidente da Câmara dos Deputados, foi favorável ao PL 5.483, que previa flexibilização da CLT, atingindo garantias como férias e 13º salário. 
- Salário mínimo 
Em 2011, Aécio votou contra o projeto de lei do aumento real do salário mínimo, justamente uma das medidas mais importantes dos governos Lula e Dilma, que permitiu crescimento de 72% em 10 anos. Armínio Fraga, indicado por Aécio para ser ministro da Fazenda, já afirmou que o salário mínimo no Brasil está muito alto. 
- Geração de empregos e inflação 
Em oito anos de governo (1995-2002), o PSDB gerou cerca de 5 milhões de empregos. Somando o período Lula/Dilma, o número de empregos gerados no país passa dos 20 milhões. Já a inflação, que está na faixa do 6,5% ao ano, tem sido alvo de duras críticas do tucano Aécio Neves, que fala em reduzir esse índice para 3%. O que o tucano esconde é que para chegar nessa marca, teria que desacelerar a economia, aumentando a taxa de juros e diminuindo a oferta de crédito, gerando desemprego. 
- Mais Médicos 
Aécio Neves fala em manter o programa Mais Médicos, uma das vitrines do governo Dilma que está levando atendimento médico para 50 milhões de pessoas nas regiões mais remotas do país. O candidato, no entanto, fala em rever o contrato dos médicos que cubanos. Essa medida vai inviabilizar, na prática, a continuidade do

As universidades federais nos oito anos de governo do PSDB

As universidades federais nos oito anos de governo do PSDB


Reprodução/Brasil 247
Em artigo, o professor da UFSC, Lauro Mattei, enumera 13 pontos que causaram um “esfacelamento geral” nas instituições federais; o docente relata que durante o governo de FHC nenhuma universidade federal foi criada


As universidades federais nos oito anos de governo do PSDB, sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foram sucateadas, de acordo com o professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lauro Mattei. Em seu artigo, Mattei enumera 13 pontos que, segundo ele, causaram um “esfacelamento geral” nas instituições de ensino superior.
Entre os pontos citados, o professor destaca que durante o governo tucano não foi criada nenhuma universidade federal. Mattei ainda ressalta que por mais de cinco anos os salários dos docentes das instituições ficaram congelados, levando a perdas significativas para o conjunto da categoria.
“Ao longo dos oito anos do governo FHC não houve nenhuma expansão de vagas nas universidades públicas federais, fazendo com que a escala social de acesso ao ensino público e gratuito se verticalizasse cada vez mais”, denuncia.
Leia abaixo os 13 indicadores apontados por Lauro Mattei
Durante os governos FHC (1995-2002) as universidades federais brasileiras foram sucateadas e sofreram um esfacelamento geral. Vejamos alguns indicadores:
1)Contratação de novos professores: Durante 5 anos (1997-2001) foram proibidas quaisquer contratações de professores, ao mesmo tempo que mudanças nas leis sobre as IFES levaram a uma enorme quantidade de pedidos de aposentadorias precoces;
2)Vagas: ao longo dos 8 anos do governo FHC não houve nenhuma expansão de vagas nas universidades públicas federais, fazendo com que

Eleições 2014

Eleições 2014

Dilma lidera no Ibope, no Datafolha e no Vox Populi

O Datafolha, contudo, mostra a presidenta em situação de empate técnico (52% x 48%); No Ibope a vantagem é de 6 pontos e, no Vox Populi, a dianteira é de 8 pontos 
 
Dilma e Aécio
Dilma e Aécio disputam o segundo turno das eleições neste domingo 26
 
 
As últimas pesquisas de intenção de voto feitas antes do segundo turno, e divulgadas pelas TVs Globo e Record neste sábado 25, mostram que a presidenta e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, tem vantagem numérica sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves, tanto no Ibope como no Datafolha e no Vox Populi. No Ibope Dilma tem 6 pontos percentuais de vantagem. No Vox Popili a margem é ainda maior, 8 pontos. No Datafolha Dilma está 4 pontos à frente, mas, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais, haveria um empate técnico entre os presidenciáveis.
Segundo o Ibope, Dilma tem 49% das intenções de voto, mesmo número da pesquisa anterior, contra 43% do adversário, que subiu dois pontos percentuais em relação ao último levantamento. Se considerados apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, a presidenta está com 53% contra 47% do ex-governador de Minas Gerais, portanto, seis pontos à frente do tucano. Na última consulta, a diferença em votos válidos era de oito pontos: ela tinha 54% e ele alcançava 46%.
De acordo com o Vox Populi, a

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dilma fala sobre o terrorismo eleitoral da Revista Veja

Na reta final, apoio das classes C, D e E torna Dilma favorita

Na reta final, apoio das classes C, D e E torna Dilma favorita

As últimas pesquisas mostraram vantagem da presidente Dilma Rousseff sobre o senador Aécio Neves fora da margem de erro. A petista teria 8 pontos percentuais a mais do que o tucano, segundo o Ibope. No Datafolha, seriam 6 pontos a favor da presidente.
A maioria das classes C, D e E, neste momento, está apontado para uma vitória de Dilma. Uma análise dos dados do Datafolha mostra que ela subiu em vários segmentos sociais. Subiu mais entre os mais pobres e menos escolarizados, mas também aumentou seus votos entre os mais ricos e mais escolarizados. Cresceu entre as mulheres e nas cidades médias e grandes. Há uma tendência em curso, de subida de Dilma e de queda de Aécio.
Não parece ser uma onda avassaladora como aquela que beneficiou Marina no primeiro turno e que depois se desmanchou. É uma onda menor, mas consistente. E que acontece no melhor momento para a presidente, a dois dias da eleição.
É muito difícil que Aécio consiga reverter esse movimento. Apesar das críticas de que as pesquisas não captaram um movimento a seu favor no primeiro turno, o fato é que os institutos mostraram, sim, na reta final da primeira etapa, crescimento do tucano e queda de Marina. Eles acertaram ao mostrar a tendência.
Agora, os institutos também apontam uma tendência, que é resultado do sucesso da campanha da presidente Dilma no rádio e na TV. É uma campanha que melhorou a avaliação do governo. Isso repercutiu positivamente na intenção de voto de Dilma. É uma campanha que aumentou a rejeição de Aécio, porque funcionou, mais uma vez, a comparação entre o governo de Fernando Henrique Cardoso e os governos Lula e Dilma.
Não é possível dizer que uma eleição tão cheia de reviravoltas e de surpresas esteja decidida. Mas dá para dizer que a presidente Dilma Rousseff voltou a ser favorita e que está perto de ser reeleita.
*
A reportagem da revista “Veja” que

Sabesp

Escândalo na Sabesp: vaza áudio em que diretores admitem estelionato eleitoral

Por Renato Rovaioutubro 24, 2014 09:16
O blogue teve acesso a um áudio vazado de uma reunião da diretoria da Sabesp em que  a presidenta da empresa, Dilma Pena, admite que a população deveria ter sido comunicada da crise hídrica, para que economizasse água. Porém, segundo ela, seus “superiores”  não permitiram. Em outras palavras, o governador Geraldo Alckmin não foi honesto com a população para não prejudicar sua candidatura à reeleição.
“A gente tem que seguir orientação…A orientação não tem sido essa, mas é um erro. Tenho consciência absoluta e falo para pessoas com quem converso sobre esse tema, mesmo meus superiores, acho um erro essa administração da comunicação dos funcionários da Sabesp, que são responsáveis por manter o abastecimento, com os clientes”, afirmou Dilma Pena.
A presidenta da Sabesp, durante todo o áudio, faz questão de demonstrar que estaria em desacordo com o que os “superiores” estão fazendo. “A Sabesp tem estado muito pouco na mídia, acho que é um erro. Nós tínhamos que estar na mídia, com os superintendes locais, nas rádios comunitárias, Paulo [Massato] falando, eu falando, o Marcel falando, todos falando, com um tema repetido, um monopólio: ‘Cidadão, economize água’.”
Também participou da reunião o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, que causou polêmica quando disse, no último dia 25 de maio, na Câmara Municipal de São Paulo, que ia “distribuir água de canequinha em São Paulo.
Massato é mais alarmista e prevê o pior, caso não chova. “Essa é uma agonia, uma preocupação. Alguém brincou aqui, mas é uma brincadeira séria. Vamos dar férias [inaudível]. Saiam de São Paulo, porque aqui não tem água, não vai ter água pra banho, pra limpeza da casa, quem puder compra garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá, aqui não vai ter.”
Com as declarações de Dilma Pena, cai por terra todo o discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que sempre afirmou não haver racionamento e nem motivo para tanto. Fica absolutamente claro que o tucano não foi honesto com a população para não se prejudicar nas urnas, alienando os paulistas que lhe confiaram o voto da tragédia que provavelmente vão  viver.
Segue o áudio com a fala de Dilma Pena:
Áudio de Paulo Massato:

Fonte:http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/10/24/por-ter-que-seguir-orientacao-sabesp-nao-revelou-crise-da-agua-antes-da-eleicao/

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O voto nulo

O voto nulo: protesto ou irresponsabilidade?

Aline Rebelo
“O que está em jogo é muito grande. Voto em Aécio é crime político contra os pobres e voto em branco ou nulo é omissão imperdoável neste momento da história”, diz Frei Sergio, do MPA

Por Bruno Pavan,

No primeiro turno, mais de 11 milhões de pessoas foram até as urnas, mas não escolheram nenhum candidato a presi­dente. A soma de brancos e nulos no úl­timo dia 6 alertou muitos para o desin­teresse da população pelo pleito.
A opção de alguns movimentos é o vo­to nulo como modo de protesto contra o atual sistema político. Argumentam que nenhum dos candidatos possa fa­zer a reforma no capitalismo, já que am­bos recebem financiamento das mes­mas empresas e mantêm acordos polí­ticos parecidos.
O professor da Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado, argumenta que entende esse posicionamento da es­querda, mas que devido ao cenário que está sendo posto nessa eleição “não pa­rece responsável votar nulo”.
Já Thiago Pará, do Levante da Juven­tude, tem críticas fortes às organizações que pregam o voto nulo. Para ele, o dis­curso de “é tudo igual e tanto faz quem ganhar” é inconseqüente e o mo­mento é de se tomar uma posição.
“O voto nulo, ineficaz como voto de protesto, é essencialmente um voto ir­responsável. As organizações que hoje convocam voto nulo, ou mesmo deixam margem para esta opção, nada mais fa­zem que se abster de influenciar os ru­mos do país”.
Frei Sergio, do Movimento dos Pe­quenos Agricultores, também declara que não é hora de vacilações. “O que es­tá em jogo é muito grande. Voto em Aé­cio é crime político contra os pobres e voto em branco ou nulo é omissão im­perdoável neste momento da história”.
Douglas Belchior, da Uneafro, que confirmou voto em Dilma, argumenta que respeita o voto nulo, mas não con­corda com ele na conjuntura do segun­do turno.
“Mesmo que o número de votos nulos, somados aos brancos e às abstenções alcançassem índices ainda mais expressi­vos que os

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dilma

Dilma diz que São Paulo não se preparou para enfrentar seca

Em Pernambuco, a presidente disse que "mulher aqui não carrega mais lata d'água na cabeça"


Jornal do Brasil
Candidata à reeleição pelo PT fez campanha em Petrolina (PE)
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (21), em Petrolina (PE), que o estado de São Paulo não se preparou para enfrentar a seca. Sem citar o seu adversário neste segundo turno, Aécio Neves, que criticou a falta de parcerias entre o governo federal e o governo paulista para resolver o problema de abastecimento, Dilma afirmou que o Nordeste se preparou para seca e não precisa "ficar catando pingo de água por aí". 
"Mulher aqui não carrega mais lata d’água na cabeça, porque aqui tem cisterna, tem casa para morar e tem a garantia do Bolsa Família, da Bolsa Estiagem e da Bolsa Seguro Safra”, afirmou. “O estado mais rico do Brasil, São Paulo, não se preparou para a seca. Vocês do Nordeste, se prepararam e hoje, diante da maior seca do país, têm condições de viver aqui e não ficar catando água por aí. Foram 1 milhão de cisternas contra a seca que vocês construíram conosco”, continuou a presidente.
A presidente exaltou as mudanças conquistados pelo Semiárido nos últimos 12 anos. “Essa é uma das regiões mais importantes deste país, apesar do que acham os tucanos, que falaram que os votos que eu recebi no

New York Times

Epidemia

New York Times elogia visão global da medicina cubana contra o ebola

Em editorial, jornal americano critica embargo dos EUA à ilha caribenha e afirma que cisma entre Washington e Havana tem consequências de vida ou morte
editorial ebola nyt
Editorial do jornal americano desta segunda-feira 20
De Nova York
Corajosos. Competentes. Resolutos. Com uma visão global da medicina extremamente necessária em momentos como o da atual epidemia do ebola. Em editorial publicado nesta segunda-feira 20 e intitulado “O Comovente Papel de Cuba em relação ao Ebola”, o The New York Times tece loas à medicina cubana e diz ser uma vergonha, em momento crucial para se evitar a disseminação do vírus, que os EUA mantenham o embargo econômico à ilha caribenha. “É uma pena que Washington, o principal financiador econômico do combate ao Ebola na África, não mantenha relações diplomáticas com Havana, cuja ação no combate ao vírus é a mais valente”, diz o editorial, ilustrado no site do jornal com imagens de médicos cubanos chegando a aeroporto em Serra Leoa.
Em extensa reportagem, o Washington Post já havia, no início do mês, tratado da importância do que considerou a “ação crucial” de Cuba na tentativa de

Thomas Piketty

Economia

Entrevista

"Democracia precisa de classe média forte", afirma Thomas Piketty

As controversas teses em "O capital no século 21", do economista francês, provocaram críticas, mas também elogios entusiásticos

Thomas Piketty
O economista francês Thomas Piketty
"Os ricos ficarão sempre cada vez mais rapidamente mais ricos, pois dispõem de um estoque de rendimentos de capital que traz significativamente mais rendimentos do que o trabalho." "Para a maioria da população, em contrapartida, os rendimentos dos salários não são mais suficientes para que criem reservas."
Com tais teses, o francês Thomas Piketty vem gerando furor internacional. Ele é professor de economia da Paris School of Economics e da École des Hautes Études en Science Sociales (EHESS), e vive na capital francesa, com a esposa e três filhas. Tendo lecionado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), entre outros, há 20 anos ele se ocupa dos temas renda, capital e justiça social.
Seu best-seller Le capital au 21e siècle(O capital no século 21), publicado em 2013, está sendo lançado este mês na Alemanha.
DWSeu livro é um sucesso de público. Quantas cópias foram vendidas, até agora?
Thomas PikettyEm inglês e francês, juntos, 800 mil. Em inglês, foram 600 mil.
DW: O senhor acredita que vai conseguir influenciar algo com seu livro?
TP: Minha intenção era convencer o leitor de que os temas renda e prosperidade são importantes demais para serem simplesmente relegados aos estatísticos e economistas. Meu objetivo foi fornecer fundamentos históricos aos leitores, para que possam fazer seus próprios julgamentos. Porém se trata de ciências sociais, no sentido mais amplo, que não são uma ciência exata. Por isso, também não

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A BBC foi ao Piauí investigar por que Dilma foi tão votada lá

A BBC foi ao Piauí investigar por que Dilma foi tão votada lá

Antes das cisternas, mulheres saiam de madrugada para buscar água com cabaças

A BBC foi ao Piau investigar por que Dilma foi to votada l
“Esses aí tinham vida dura”, diz o agricultor Francisco dos Santos Nascimento ao apontar para quatro jumentos que repousam na sombra de um cumaru, uma das raras árvores frondosas do Semiárido.
Ali, no povoado Contente, sertão do Piauí, o equídeo costumava passar os dias com cangalhas no lombo carregadas de água ou lenha.
Então a luz elétrica chegou às 47 famílias do povoado. Depois, as cisternas, as motos e os ônibus escolares. A vida em Contente mudou, e os jumentos perderam funções. “Hoje, até eles estão mais gordos”.
Não por acaso, foi no Piauí que Dilma Rousseff obteve seu melhor resultado proporcional no primeiro turno: 70,6% dos votos, ante 14% de Marina Silva e 13,8% de Aécio Neves.
No Semiárido, que se estende por nove Estados e onde cerca de 40% da população ainda vive no campo, sua vantagem foi ainda mais folgada. No município de Paulistana, que abriga o povoado Contente, Dilma foi escolhida por 80% dos 11,5 mil eleitores, seguida por Marina, com 13%, e Aécio, com 5%.
“Se falar mal de Dilma aqui, periga apanhar”, brinca a

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PRECONCEITO CONTRA NORDESTINO

PRECONCEITO CONTRA NORDESTINO

Cantor Luciano detona Tiririca e filho defende o pai

Após Luciano Camargo criticar reeleição do humorista e deputado federal em rede social, Tirullipa rebate atitude preconceituosa. Sertanejo pede desculpas

Na terça-feira, o cantor Luciano Camargo criticou a reeleição do humorista e deputado federal Tiririca, que foi o segundo mais votado em São Paulo. Em seu perfil do Instagram, publicou uma imagem em que o cearense aparece com a frase "1.351.592 votos. Agora temos o número exato de retardados em São Paulo".  Vale destacar que, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral, Tiririca teve 1.016.796 votos.
Em seguida, Tirullipa, filho do político, republicou a imagem em seu perfil na rede social e criticou a atitude do sertanejo. Na legenda, escreveu: "Vocês viram o que o cantor Luciano da dupla zézé de Camargo e Luciano escreveu sobre o meu pai? O que vocês acharam disso? É ou não é uma declaração preconceituosa? Isso é democracia gente e todos nós temos direito de se candidatarmos e de sermos eleitos sim, independente da profissão e do grau de escolaridade, será que meu pai e o povo que votaram nele não tem esse direito? Me desculpe@camargoluciano mais você foi muito infeliz na sua postagem chamando o povo e o meu pai de "Retardado" não respeitando nem as pessoas que sofrem de distúrbios mentais! Eu só peço a Deus que você repense e nunca mais faça isso com ninguém, pois somos seres humanos e merecemos respeito!".

Tirullipa
O irmão de Zezé di Camargo logo se arrependeu: "Queridos @tiririca2222, @tirullipa e todos q se sentiram ofendidos com o meu post. Realmente, fui infeliz por não entender um político que faz palhaçada em sua campanha, tirando sarro do que já está crítico e vergonhoso. Porém, não justifica a minha atitude e falta de respeito, ao

Erundina diz que apoio do PSB a Aécio é "incoerente" e "vexatório"

Eleições 2014

Erundina diz que apoio do PSB a Aécio é "incoerente" e "vexatório"

Partido que lançou Marina Silva decidiu, por maioria de votos, ficar ao lado do tucano no segundo turno
Reeleita pelo estado de São Paulo com 177,2 mil votos, a deputada federal Luiza Erundina defendia a liberação dos votos dos militantes e eleitores do PSB no segundo turno das eleições. Mas, nesta quarta-feira 8, a Executiva Nacional da legenda decidiu, por maioria de votos, apoiar o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves. Em entrevista a CartaCapital, a parlamentar avalia que a decisão dificulta a situação dos governadores Camilo Capiberibe e Ricardo Coutinho, que disputam o segundo turno das eleições estaduais no Amapá e na Paraíba, respectivamente, com o apoio do PT. Além disso, ela considera a posição do PSB "vexatória" e “incoerente” com o que a legenda pregou ao longo da campanha.
“Desde o início do processo eleitoral, tanto Eduardo Campos quanto Marina Silva defenderam ser preciso superar a velha polarização entre PT e PSDB. É incoerente, depois de tudo que se passou, reforçar um desses polos agora”, diz Erundina. “É ainda mais vexatório declarar voto para uma candidatura notadamente conservadora, que defende posições tão contrárias ao que defendemos, como a redução da maioridade penal.”
Após a decisão pelo apoio ao candidato tucano, por parte de 22 membros da sigla, Erundina e o deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro, decidiram se retirar da reunião. “Saímos no momento em que eles começaram a redigir a carta de apoio a Aécio. Respeitamos a decisão da maioria, mas não queríamos referendar