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domingo, 21 de junho de 2015

União Europeia iniciará plano militar contra imigração no Mediterrâneo

União Europeia iniciará plano militar contra imigração no Mediterrâneo

Documentos revelados pelo Wikileaks apontam que operação naval buscará impedir embarcações de alcançar o território europeu

Os 28 ministros de Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE) irão lançar, a partir da próxima segunda-feira (22), uma operação naval destinada a combater “o tráfico de seres humanos” através do Mar Mediterrâneo, especialmente as travessias que partem da Líbia. A reunião dos ministros para o lançamento oficial ocorrerá em Luxemburgo.

 
Crédito: Marinha da Itália 
A missão foi batizada “EU Navfor Med” e iniciará a primeira de três fases previstas no plano de ação conjunta dos países europeus. As etapas posteriores ainda terão de ser aprovadas.
Em um primeiro momento, segundo as autoridades europeias, o plano consistirá em reforçar a partilha de informação. A segunda e terceira fases da operação envolvem a interceptação e a destruição de embarcações em águas líbias.
Documentos vazados
O Wikileaks antecipou a missão, revelando, no final de maio, dois documentos confidenciais que delineiam a operação naval planejada pela UE. As diretrizes do plano foram elaboradas pelos chefes militares dos países membros da comunidade europeia.
Os documentos revelam que o alvo das operações serão as redes e a infraestrutura de transportes de refugiados. Os detalhes apontam para a intenção de destruir as embarcações utilizadas para tal fim no território líbio, impedindo que alcancem a costa europeia. O governo Líbio já se
manifestou contra a possibilidade de incursões militares dentro de suas fronteiras.
A descrição das atividades inclui também a recomendação de que se elabore uma “estratégia de comunicação desde o início” para evitar que a operação tenha publicidade negativa e tenha repercussão política contrária. Organizações de direitos humanos alertaram para o risco de se colocar vidas inocentes sob perigo.
Cerca de mil imigrantes entraram na Europa em 2015. Aproximadamente 2 mil morreram tentando realizar a travessia. A maioria dos barcos parte do norte da África tendo a Itália e a Grécia como principais destinos.

Leia os documentos na íntegra (em inglês): https://wikileaks.org/eu-military-refugees/press.html

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