O escritor russo Boris Pasternak, 68 anos, autor de Dr. Jivago, considerado o escritor mais original e o mais solitário da literatura russa contemporânea, segundo o Fígaro Littéraire conquistou o Prêmio Nobel de Literatura de 1958, disputado com o italiano Alberto Moravia e o norte-americano Ezra Pound.
Ao anunciar o prêmio, o Secretário-Geral da Academia, Andrea Oesterling disse que Paternak foi escolhido "por sua importante obra, tanto na poesia lírica contemporânea, como no terreno da grande tradição épica russa", comparando a grandiosidade do livro Dr. Jivago ao Guerra e Paz de Leon Tolstói.
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O romance conta a história de um médico e poeta, Yuri Jivago, dividido entre o amor de duas mulheres, tendo sob fundo a Revolução Russa de 1917. A obra evidencia a preocupação do autor com o indivíduo, em detrimento ao coletivo. Por seu teor sutilmente crítico ao Stalinismo, à truculência do Grande Expurgo e ao rígido trabalho forçado do sistema Gulag, Dr. Jivago acabou censurado em seu país.
Em 1965, Dr. Jivago chegaria às telas de cinema. Sucesso reconhecido pelo público e pela crítica, consagraria-se no ano seguinte o grande vencedor do Oscar, com cinco estatuetas: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte - A Cores, Melhor Fotografia - A Cores, Melhor Figurino - A Cores e Melhor Trilha Sonora. Recebeu ainda indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Courtenay), Melhor Edição e Melhor Som.
Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php
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