Rendimento real do trabalhador cresce 5,8% em 2012, segundo a Pnad
Rio de
Janeiro – O rendimento médio mensal do trabalhador brasileiro chegou a
R$ 1.507 em 2012, um ganho real de 5,8% em relação aos R$ 1.425 de 2011
reajustados pela inflação. Os números constam da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (27).
Entre
as regiões brasileiras, o Centro-Oeste apresentou aumento de 4,8% em
relação a 2011 e registrou a maior média de rendimentos de trabalho
(R$ 1.803). O Nordeste manteve-se com os piores rendimentos (R$ 1.044),
apesar de ter sido a região com maior aumento no período (8,1%).
A Região Norte teve o menor aumento (2,1%) e anotou média de rendimentos de R$ 1.192. O Sul registrou a mesma taxa de crescimento nacional (5,8%) e o rendimento médio chegou a R$ 1.639, enquanto os rendimentos do Sudeste subiram 6% e alcançaram R$ 1.707.
O
Índice de Gini do rendimento, que mede a disparidade entre os
diferentes estratos de rendimentos de trabalho, apresentou uma redução
de 0,003 ponto, ao passar de 0,501 para 0,498. Isso mostra que as
pessoas com rendimento mais baixo tiveram ganhos relativamente
superiores aos de renda mais alta.
“Diferentemente do que
aconteceu em anos anteriores (2006 a 2011), em que o Gini caía porque
aumentava muito o rendimento nas classes de rendimento mais baixo, dessa
vez a gente registrou aumento também no topo, das pessoas que têm
rendimento mais alto. O [aumento no] rendimento superior fez com que o
Gini não variasse tanto”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia
Vieira.
Entre as categorias de emprego, importantes ganhos foram
observados no trabalho doméstico com carteira assinada (10,8%) e sem
carteira (8,4%). Apesar disso, ambos continuam recebendo os piores
rendimentos: R$ 811 (para os com carteira) e R$ 491 (para os sem
carteira). Os militares e estatutários tiveram os menores ganhos (0,9%),
mas continuam recebendo os maiores rendimentos médios (R$ 2.439).
Fonte: http://www.jb.com.br
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