Apesar da crise, PT tem aumento no número de filiados
São Paulo - Mesmo em meio à maior crise de seus 35 anos
existência, assolado por denúncias de corrupção e desvios na Petrobras
investigadas pela Operação Lava Jato, manifestações de rua e panelaços
contra o partido e rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff, o
PT registrou nos primeiros cinco meses deste ano um aumento considerável
do número de filiados.
De acordo com dados do partido, foram
16.640 filiações até sexta-feira passada. O número é 81% maior do que as
9.187 adesões contabilizadas no mesmo período do ano passado.
'Reação'
Para a direção do partido, o fenômeno pode ser visto como uma reação às
investidas de grupos e movimentos "da direita" contra o partido nas
ruas.
"Setores da base social do PT saíram em defesa do partido.
Para eles, a forma de reagir é a filiação", afirma o deputado estadual
José Américo Dias, secretário nacional do Comunicação do PT.
Só
em abril, mês em que o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto foi
preso durante mais uma etapa da Operação Lava Jato sob suspeita de
arrecadar dinheiro de propina para o partido por meio de doações de
campanha e
que 97 mil trabalhadores perderam seus empregos no Brasil, o
PT ganhou 10.882 filiados, número 2.734% maior do que as 384 filiações
registradas em abril do ano passado.
Segundo José Américo, outro
fator que pode ter provocado o "fenômeno da filiação" é uma maior
organização do partido nas redes sociais.
Preferência
O aumento do número de filiados registrado no período contrasta com a
queda brusca da preferência do eleitorado pelo PT. O partido da
presidente Dilma Rousseff continua sendo o mais querido do País, mas o
porcentual de eleitores que dizem preferir o PT às demais legendas caiu
de 22% em dezembro do ano passado para 12% em fevereiro deste ano,
segundo o instituto Datafolha.
Esse índice de 12% na preferência
é o menor nível já registrado pelo instituto. Em 2005, no auge do
escândalo do mensalão, que atingiu o governo do petista Luiz Inácio Lula
da Silva, o porcentual era de 15%.
Apesar de enfrentar crises
em vários flancos, os números do PT continuam a impressionar. O partido
conta, atualmente, com 1.740.110 filiados e está organizado em 84% dos
municípios brasileiros, com 3.206 diretórios municipais e 1.494
comissões provisórias. No ano passado, a legenda estava presente em 56%
das cidades do Brasil. O número de dirigentes municipais chegou a
51.549. Além disso, cerca de 149 mil novos filiados aguardam na fila
para fazer os cursos de formação política obrigatórios para a
formalização das adesões ao partido.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Mesmo em meio à maior crise de seus 35 anos
existência, assolado por denúncias de corrupção e desvios na Petrobras
investigadas pela Operação Lava Jato, manifestações de rua e panelaços
contra o partido e rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff, o
PT registrou nos primeiros cinco meses deste ano um aumento considerável
do número de filiados.
De acordo com dados do partido, foram
16.640 filiações até sexta-feira passada. O número é 81% maior do que as
9.187 adesões contabilizadas no mesmo período do ano passado.
'Reação'
Para a direção do partido, o fenômeno pode ser visto como uma reação às
investidas de grupos e movimentos "da direita" contra o partido nas
ruas.
"Setores da base social do PT saíram em defesa do partido.
Para eles, a forma de reagir é a filiação", afirma o deputado estadual
José Américo Dias, secretário nacional do Comunicação do PT.
Só
em abril, mês em que o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto foi
preso durante mais uma etapa da Operação Lava Jato sob suspeita de
arrecadar dinheiro de propina para o partido por meio de doações de
campanha e
que 97 mil trabalhadores perderam seus empregos no Brasil, o
PT ganhou 10.882 filiados, número 2.734% maior do que as 384 filiações
registradas em abril do ano passado.
Segundo José Américo, outro
fator que pode ter provocado o "fenômeno da filiação" é uma maior
organização do partido nas redes sociais.
Preferência
O aumento do número de filiados registrado no período contrasta com a
queda brusca da preferência do eleitorado pelo PT. O partido da
presidente Dilma Rousseff continua sendo o mais querido do País, mas o
porcentual de eleitores que dizem preferir o PT às demais legendas caiu
de 22% em dezembro do ano passado para 12% em fevereiro deste ano,
segundo o instituto Datafolha.
Esse índice de 12% na preferência
é o menor nível já registrado pelo instituto. Em 2005, no auge do
escândalo do mensalão, que atingiu o governo do petista Luiz Inácio Lula
da Silva, o porcentual era de 15%.
Apesar de enfrentar crises
em vários flancos, os números do PT continuam a impressionar. O partido
conta, atualmente, com 1.740.110 filiados e está organizado em 84% dos
municípios brasileiros, com 3.206 diretórios municipais e 1.494
comissões provisórias. No ano passado, a legenda estava presente em 56%
das cidades do Brasil. O número de dirigentes municipais chegou a
51.549. Além disso, cerca de 149 mil novos filiados aguardam na fila
para fazer os cursos de formação política obrigatórios para a
formalização das adesões ao partido.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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