Média salarial no CE de R$ 1,36 mil é a pior do País
Conforme o IBGE, em 2012, o salário médio mensal no País foi de 3,1 salários mínimos (R$ 1.928)
Já os piores salários médios pagos em 2012, conforme dados da
Cempre, foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura
FOTO: TUNO VIEIRA
A cada 100 contratados em 2012, 44 possuíam nível superior. Dois
anos antes, a cada 100 admissões, apenas 18 tinham nível superior
FOTO: FRANCISCO VIANA
Fortaleza/Rio. A média salarial mensal das pessoas
empregadas no Ceará em 2012 foi uma das piores do Brasil, segundo
atestou ontem as estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre),
elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em destaque no relatório com o menor salário médio, o estudo informou
que o Estado fechou aquele ano em 2,2 salários mínimos mensais de média -
cerca de R$ 1.368,4, pois o valor do mínimo na época era de R$ 622.
Em um ano onde o salário médio mensal no País foi de 3,1 salários
mínimos (R$ 1.928), o pagamento no Ceará (e em Alagoas e Paraíba) foi o
pior da lista feita na investigação. "As Unidades da Federação com os maiores salários médios foram: Distrito Federal (5,8 salários mínimos), Rio de Janeiro (3,7 salários mínimos), São Paulo (3,6 salários mínimos) e Amapá (3,4 salários mínimos), todos valores iguais ou acima da média nacional", destacou o relatório que acompanha o estudo.
pior da lista feita na investigação. "As Unidades da Federação com os maiores salários médios foram: Distrito Federal (5,8 salários mínimos), Rio de Janeiro (3,7 salários mínimos), São Paulo (3,6 salários mínimos) e Amapá (3,4 salários mínimos), todos valores iguais ou acima da média nacional", destacou o relatório que acompanha o estudo.
As informações sobre os salários em todas as grandes regiões
brasileiras, no entanto, vieram de dados repassados por cerca de 156.616
empresas que estavam em funcionamento no Estado, de acordo com a
pesquisa feita pelo IBGE. Todas elas foram listadas em 20 segmentos do
setor produtivo local.
O mesmo Cempre de 2012 ainda apontou a existência de um pessoal ocupado
- ou seja, que trabalha - de 1,5 milhão de pessoas naquele ano, das
quais 1,3 milhão é assalariado.
Melhores e piores
Já entre as empresas investigadas dentro do Ceará, as que trabalham com
eletricidade são as que melhor remuneram os funcionários. Em 2012, ano
da pesquisa, a média foi de 8,8 salários mínimos (R$ 5.473,6). O top
três de melhores salários foi completado pelo segmento de atividades
financeiras, de seguros e serviços complementares, que teve média mensal
de 7,5 salários mínimos (R$ 4.665); e também pelas indústrias
extrativas, cuja média foi de 3,4 salários mínimos (R$ 2.224,8).
Já os piores salários médios pagos em 2012, conforme dados da Cempre,
foram agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
atividades administrativas e serviços complementares e também as
empresas ligadas a artes, cultura, esporte e recreação. Todas tiveram
média mensal de 1,4 salário mínimo (R$ 870,8).
5,2 mi de empresas em 2012
O (Cempre) contava, em 2012, com um total de 5,2 milhões de empresas e
outras organizações formais ativas. O número de pessoas ocupadas chegou a
46,2 milhões (o equivalente a 86,6%) e o de sócios ou proprietários, a
7,1 milhões (13,4%).
O salário médio mensal pago chegou a R$ 1.943,16, o equivalente a 3,1
salários mínimos. Os dados indicam que, em relação a 2011, houve
crescimento de 1,3% no número total de empresas e de 2,3% no percentual
de empregados. O levantamento reúne informações cadastrais e econômicas
de empresas e organizações diversas (administração pública, entidades
sem fins lucrativo, pessoas físicas e instituições extraterritoriais)
formalmente constituídas. Na mesma base de comparação, o número de
sócios cresceu, em um ano, 2,2% (152,5 mil). De um ano para outro, o
total de salários e outras remunerações aumentou 7,1% e o salário médio
mensal expandiu 2,1% em termos reais.
A pesquisa constatou também que, de 2011 para 2012, a participação de
órgãos da administração pública apresentou redução passando de 18,1%
para 17,2% o número de pessoal ocupado total.
Segmentos
O estudo do IBGE mostrou que, em 2012, as entidades empresariais
representavam 89,9% das organizações cadastradas, respondendo por 76,3%
do pessoal ocupado total. A seção comércio, reparação de veículos
automotores e motocicletas atingiu maior participação em três das quatro
variáveis analisadas: número de empresas e outras organizações (41,8%
do total), de pessoal ocupado total (22,2%) e de pessoal ocupado
assalariado (19,1%). De acordo com o IBGE, essa seção aparece pelo
terceiro ano consecutivo como a principal atividade absorvedora de
pessoal ocupado assalariado, com 8,9 milhões de pessoas.
Diferença
Na avaliação dos técnicos do IBGE, em 2012, a diferença de pessoal
ocupado assalariado foi ampliada a favor da seção comércio, reparação de
veículos automotores e motocicletas, que se consolidou na primeira
colocação, com 573,2 mil pessoas assalariadas a mais (8,8 milhões de
pessoas), em relação às indústrias de transformação, com 8,3 milhões de
pessoas. O IBGE ressaltou ainda a participação da seção indústrias de
transformação, que aparece na segunda colocação nas quatro variáveis
analisadas, assim como nos dois anos anteriores: número de empresas e
outras organizações (8,4%), pessoal ocupado total (16,7%), pessoal
ocupado assalariado (17,9%) e salários e outras remunerações (19,1%).
Administração pública
A administração pública, defesa e seguridade social destacou-se com a
maior participação em salários e outras remunerações (23,7%), contudo,
assim como em 2011, manteve-se na terceira colocação em pessoal ocupado
total (13,8%) e em pessoal ocupado assalariado (16,0%), "apesar de ter
somente 0,3% das empresas e outras organizações ativas", aponta o
estudo.
Governo paga 30% das remunerações
Rio. O governo é responsável por pagar quase 30% dos
salários do País, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre)
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora represente apenas 0,4% das organizações do cadastro, a
administração pública absorveu 19,9% do pessoal ocupado assalariado e
pagou 29,8% dos salários e outras remunerações em 2012.
Os dados mostram que o governo - federal, estadual e municipal - pagou
os salários médios mensais mais elevados, R$ 2.723,29, contra uma média
de R$ 1.842,09 das entidades sem fins lucrativos e R$ 1.722,71 das
empresas. "A administração pública tem salários mais elevados porque os
funcionários têm qualificação maior. E, embora as entidades sejam poucas
no total do cadastro, elas são grandes", justificou Bruno Rbisti,
gerente do Cempre no IBGE.
O País ganhou empresas, empresários e funcionários na passagem de 2011
para 2012. No entanto, o salário médio mensal do trabalhador teve um
ganho real de apenas 2,1%, caindo de 3,3 salários mínimos em 2011 (R$
1.903,76) para 3,1 salários mínimos em 2012 (R$ 1.943,16). "O salário
médio teve ganho real, mas não acompanhou o aumento do salário mínimo",
confirmou Rbisti.
Folha de pagamento
Já a folha de pagamento de todos os ocupados subiu 7,1% em um ano,
tanto pelo crescimento das remunerações como pela maior quantidade de
trabalhadores. Em 2012, o Brasil tinha 5,2 milhões de empresas e outras
organizações formais ativas, que ocuparam 53,4 milhões de pessoas: 46,2
milhões de funcionários e 7,1 milhões de sócios ou proprietários. Em
relação a 2011, houve abertura de 66 mil novas companhias e mais 1,2
milhão de pessoas ocupadas.
O comércio manteve a liderança pelo terceiro ano seguido na absorção de
pessoal ocupado assalariado, com 8,9 milhões de pessoas em 2012, 19,1%
dos empregados do País. O setor deteve ainda o maior número de empresas
(41,8%), mas apenas 12,1% da folha de pagamento e o terceiro pior
salário médio (R$ 1.258,96). A atividade ficou atrás apenas de
Alojamento e alimentação (R$ 947,87) e Atividades administrativas e
serviços complementares (R$ 1.170,11). Os maiores salários foram pagos
por Eletricidade e gás (R$ 5.968,28), Atividades financeiras (R$
4.587,73) e Indústrias extrativas (R$ 3.899,12).
As organizações formais criaram 7,8 milhões de vagas assalariadas entre
2008 e 2012. O número de empregados saltou de 38,4 milhões para 46,2
milhões no período. Quase metade das novas vagas foi gerada em apenas
três atividades: comércio, construção e atividades administrativas e
serviços complementares. De todas as contratações feitas em 2012, pela
primeira vez foram admitidas mais mulheres que homens. Também houve uma
mudança significativa em relação à qualificação de mão de obra. A cada
100 contratados em 2012, 44 possuíam nível superior. Dois anos antes, a
cada 100 admissões, apenas 18 tinham nível superior.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/media-salarial-no-ce-de-r-1-36-mil-e-a-pior-do-pais-1.1025121
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/media-salarial-no-ce-de-r-1-36-mil-e-a-pior-do-pais-1.1025121
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