Depois de criminalização, Uganda publica lista com os “200 principais homossexuais”
Ativistas LGBT temem por um aumento da violência e uma "caça às bruxas" no país
Publicado originalmente por Revista Fórum
Um
dia depois de o governo de Uganda ter sancionado a lei que penaliza a
prática homossexual com prisão perpétua, a imprensa local divulgou uma
lista com os "200 principais homossexuais". Sob a chamada "Expostos", o
jornal Red Pepper listou ativistas LGBT, e até mesmo um padre figura
entre os supostos homossexuais ugandenses.
De acordo com o
ativista gay Pepe Julian Onziema, que também está na lista, a
promulgação da lei e a publicação da lista vai "promover uma violência
contra homossexuais na Uganda".
Fato semelhante já havia ocorrido
em 2011, quando um jornal, que não existe mais, fez um rol similar com
personagens gays da Uganda, pedindo suas mortes. À época o ativista
David Kato foi assassinado e sua morte foi relacionada à divulgação de
tal lista. Jacqueline Kasha, ativista lésbica, declarou que a
"caça às
bruxas está de volta".
Os ativistas LGBT da Uganda disseram que
dezenas de homossexuais já deixaram o país (a lei é debatida desde
dezembro) e que outras dezenas planejam fazê-lo. Navi Pillay, alta
comissária da ONU para os Direitos Humanos, declarou que a lei ugandense
"institucionaliza a homofobia e incita a violência". O governo Barack
Obama já declarou que pretende cortar a ajuda financeira ao país e o
Itamaraty declarou que "não se pronuncia sobre questões internas" de
outros países.
Fonte: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/265-generos-em-noticias/23530-depois-d...
Nenhum comentário:
Postar um comentário