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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

The Economist

Leilão da área de Libra foi uma decepção, diz revista The Economist

Reportagem da publicação britânica critica modelo brasileiro para desenvolver as reservas do pré-sal


Leilão da área de Libra foi uma decepção, diz revista The Economist Fernando Frazão,Agência Brasil/ABR
Leilão foi realizado na segunda-feira, dia 21 Foto: Fernando Frazão,Agência Brasil / ABR
A revista britânica The Economist publica na edição que chega este fim de semana às bancas reportagem sobre o primeiro leilão para exploração do pré-sal. Com o título "Preço barato", a reportagem diz que a presença de apenas uma proposta para a área de Libra mostra "a fraqueza da abordagem liderada pelo governo para desenvolver as reservas". Para a revista, o resultado do leilão "foi uma decepção". Na reportagem, a revista diz que a "a presença da Shell e da Total no consórcio vencedor permitiu que o governo declarasse o leilão como um sucesso". Apesar disso, a publicação discorda. "Enquanto o governo esperava mais de 40 empresas interessadas, apenas 11 se registraram no leilão", lembra o texto. "E, apesar de ter esperado pelo menos a oferta de seis consórcios, só foi feita uma proposta e com o valor mínimo exigido", diz a reportagem. "A falta de competição foi uma decepção após a euforia de seis anos atrás quando o presidente da época, Luiz Inácio Lula
da Silva, descreveu o pré-sal como um 'bilhete de loteria premiado'", diz o texto. Para a revista, uma das causas dessa falta de interesse foi a demora do governo em oferecer as áreas. "Durante a longa espera, enquanto as regras do leilão foram reescritas e os governos discutiam como dividir os eventuais recursos, o xisto retirou do pré-sal o título de perspectiva energética mais emocionante do mundo. A maioria do interesse privado desapareceu", completa a reportagem, que destaca a ausência das gigantes BG, BP, Chevron e Exxon. Apesar das críticas, a reportagem reconhece que as perspectivas de extração da área nos próximos 35 anos "são tão vastas que os riscos de exploração são bem baixos".

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