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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Brics, Rússia e China manifestam preocupação com espionagem

Em nota dos Brics, Rússia e China manifestam preocupação com espionagem

Chanceleres declaram como fundamental práticas universais para garantir a segurança no uso da internet

Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) manifestaram nesta quinta-feira (26) sua preocupação com as denúncias de espionagem relacionadas aos EUA e declararam ser importante “contribuir e participar em um espaço cibernético pacífico, seguro e aberto”, segundo nota divulgada após encontro dos chanceleres às margens da 68ª Assembleia Geral da ONU . No comunicado, os ministros também afirmaram que “a segurança no uso da tecnologia de informação e comunicação por meio de normas, padrões e práticas universalmente aceitos é de importância fundamental”.
De acordo com o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, o grupo chegou à conclusão de que a espionagem é um tema que afeta a todos e é necessário pensar um marco no âmbito da ONU para a internet.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov faz pronunciamento em Moscou (foto de arquivo)



Ao abrir o debate na Assembleia na terça-feira (24), a presidente Dilma Rousseff denunciou a espionagem americana em todo o mundo como uma atividade que fere a lei internacional , uma “grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis” e uma “afronta aos princípios que devem guiar as relações entre os países. Em seu pronunciamento, Dilma também anunciou que o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet para assegurar a efetiva proteção dos dados que navegam pela web.
Na quarta, Índia e África do Sul já haviam manifestado em nota do Ibas (grupo que também reúne o Brasil) apoio à posição brasileira. “Houve um entendimento do Ibas de que coordenaremos esforços para que os três países possam levar à frente um marco civil global de governança da internet”, disse Figueiredo Machado nesta quinta-feira.
O discurso de Dilma foi feito uma semana depois de ela ter cancelado uma visita de Estado programada para outubro.
O governo brasileiro justificou a medida afirmando que a administração de Barack Obama não forneceu ao Brasil explicações suficientes sobre a denúncia de que milhões de comunicações por email e telefones de brasileiros, incluindo as da própria presidente , de seus assessores e da multinacional Petrobras , foram monitorados pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês).

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br

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