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quinta-feira, 11 de julho de 2013

CE - lojistas fecharem comércio e causa prejuízos ao setor durante protesto

Medo de violência faz lojistas fecharem comércio e causa prejuízos ao setor durante protesto

Temendo que a manifestação dos trabalhadores ligados a 7 centrais sindicais que ocuparam a Praça do Ferreira, no Centro, por aproximadamente 4 horas, fosse violenta e cedesse espaço para oportunistas praticarem saques em estabelecimentos, alguns lojistas e funcionários do comércio optaram por fechar as portas durante a manhã desta quinta-feira (11).

Alguns lojistas fecharam o comércio após o número de manifestantes aumentarem no Centro
O presidente do Sindicato dos Lojistas de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, afirmou que a maioria dos estabelecimentos fechou, causando prejuízos ao comércio.
"Não houve atos de vandalismo, mas a maioria dos lojistas fechou o comércio com receio. As lojas que optaram por ficarem abertas também acabaram sofrendo prejuízos com a divulgação de que havia lugares fechados", salientou o presidente.
O gerente de uma loja de eletro-eletrônicos, Élvis Almeida, foi um dos prejudicados pela manifestação. Após ouvir um boato de arrastão, ele preferiu fechar quase todos os portões do estabelecimento, deixando apenas um pequeno espaço para a entrada dos clientes.
"Houve prejuízos. Não há como evitar isso. Essa manifestação e essas portas fechadas inibem os clientes", explicou. O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, Coronel Souto, no entanto, negou que houve assaltos a alguma loja do Centro.
Já o gerente de uma loja de roupas, Francisco Medeiros, lamentou a realização do protesto no Centro ao alegar que teve que fechar parcialmente a loja após ser pressionado por alguns manifestantes.
Com medo de que a manifestação pacífica se transformasse em um ato violento, muitas lojas preferiram evitar o funcionamento normal durante a manhã. Apesar da tensão, o protesto pacífico não prejudicou a movimentação em alguns estabelecimentos.
O gerente de vendas de um loja de calçados, Rogério Rodrigues, afirmou que a movimentação dos clientes aconteceu normalmente. Ele esclareceu que a orientação da diretoria foi abrir a loja, mas ressaltou que precauções foram tomadas para evitar problemas.
"Enquanto o protesto acontecer de forma pacífica, nós continuaremos abertos. Mas claro que estamos tomando alguns cuidados. Todas as barras que sustentam os portões de ferro estão prontas para caso haja a necessidade de fechar a loja imediatamente", revelou o gerente.
Turistas não se inibem com protesto
Os gritos de protesto na Praça do Ferreira não assustaram os turistas de Portugal que foram ao Centro fazer compras. A cearense Liliane Torres mora há 6 anos em Lisboa. Ela levou até a Praça do Ferreira integrantes da família, que são portugueses, sem temer problemas na manifestação.
"Soubemos pelo noticiário que haveria uma manifestação na Praça do Ferreira, mas viemos sem medo. Em Portugal, vimos muitas reportagens tratando sobre a violência dos protestos recentes no Brasil, mas pensamos que seria tranquilo mesmo assim", destacou Liliane.
Mesmo com o protesto, a estudante Raquel Santos levou até o filho ao Centro, apesar do medo de que acontecesse algum problema. "Fiquei um pouco receosa, mas tinha que vir", justificou.

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