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Divulgação
PM invade ato em apoio ao ex-presidente Lula, acusam movimentos
Neves comparou o episódio à ditadura militar (1964-1985) e disse que
vai cobrar explicações da Secretaria de Segurança Pública. "É algo
inédito e precisamos saber de quem partiu a ordem. Isso é um risco à
democracia. Em 1964 começou assim", disse o ouvidor.
Segundo o
deputado estadual Luiz Turco (PT-SP), um grupo de pessoas estava reunido
na subsede do sindicato sexta-feira à noite para uma homenagem a Lula,
que foi alvo de um pedido de prisão do Ministério Público de São Paulo
na quinta-feira, e do ex-prefeito de Diadema e ex-secretário municipal
de Saúde de São Paulo José de Filippi Junior, quando dois policiais
militares armados com metralhadoras entraram no local sem mandado
judicial dizendo que foram chamados para averiguar uma "denúncia" de
reunião em favor do petista.
"Quando cheguei os policiais
estavam em uma sala da
diretoria e o nosso pessoal todo do lado de fora.
Tentamos negociar a saída deles, mas eles já haviam chamado reforços",
disse o deputado.
Imagens publicadas em redes sociais mostram
quatro carros da PM com sirenes acesas na frente da subsede do
sindicato. Segundo Turco, os policiais pediram documentos dos
participantes da reunião, inclusive parlamentares. Além dele, estavam no
local o deputado federal Vicentinho e o estadual Barba, ambos do PT.
"Vamos tomar todas as providências cabíveis. Já preparamos uma
representação à Secretaria de Segurança. Isso é um absurdo. Não estamos
em 1964", disse o deputado.
O ouvidor da PM também vai acionar a
Secretaria. "Vamos tomar providências não apenas no âmbito da ouvidoria
e da corregedoria. Vamos pedir uma explicação para a Secretaria", disse
ele.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC divulgou uma nota na
qual "insta o Poder Executivo Estadual a manter as suas forças policiais
nos estritos limites da legalidade, contendo e corrigindo os abusos
ocorridos". A PM e a SSP foram procuradas, mas até agora não se
manifestaram sobre o assunto.
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