Paraná
Cinegrafista da Band é ferido por pitbull da PM-PR
Luiz Carlos de Jesus está entre os quatro jornalistas feridos durante a repressão policial
Reprodução
Luiz Carlos de Jesus, cinegrafista da TV Band, foi ferido por um
cachorro pitbull da Polícia Militar do Paraná nesta quarta-feira 29,
durante a repressão aos protestos dos servidores estaduais
contra um projeto do governo Beto Richa (PSDB) que altera o custeio da
ParanaPrevidência, responsável pelos pagamentos de aposentados e
pensionistas paranaenses.
Em vídeo que foi ao ar nesta tarde, feito pelo próprio
cinegrafista, é possível ver que o animal parte para cima do jornalista
em
meio a uma confusão envolvendo a tropa de choque da PM e deputados. O
animal morde a perna esquerda do cinegrafista, que perde sangue e é
levado do local para receber assistência.
De acordo com Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos
(Abraji), Jesus foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia.
Confira abaixo o vídeo do ataque e, na sequência, a nota da Abraji:
Confira a íntegra da nota da Abraji:
Quatro jornalistas do Paraná foram feridos pela Polícia Militar
na tarde desta quarta-feira (29.abr.2015) no centro de Curitiba. Os
profissionais cobriam manifestação de professores em greve nos arredores
da Assembleia Legislativa do Estado. Os repórteres estão entre as mais
de 100 pessoas feridas na ação.
O cinegrafista Luiz Carlos de Jesus, da Band, foi atacado por um
cão da PM da raça pitbull. Por causa dos ferimentos em uma das pernas,
ele foi levado ao hospital e submetido a uma cirurgia. O colega de
profissão Rafael Passos, da Catve, foi atingido por balas de borracha,
Os fotógrafos Henry Milleo, da Gazeta do Povo e André Rodrigues,
freelancer também acabaram feridos. Milleo foi atingido num dos braços e
no abdome por estilhaços de uma bomba de efeito moral lançada pela PM
contra os professores. Rodrigues foi atingido por balas de borracha,
segundo o Sindicato dos Jornalistas do PR.
A Polícia do Paraná protagonizou outros episódios de violência
contra jornalistas recentemente. Em janeiro, prendeu um repórter de
televisão durante uma transmissão ao vivo. Desde 2013, tanto a PM quanto
a Polícia Civil vêm constrangendo profissionais a identificarem suas
fontes em reportagens sobre as corporações. Dois repórteres do Estado já
receberam ameaças de morte feitas em nome de policiais.
A Abraji mais uma vez protesta contra o emprego de violência
desmedida pela Polícia do Paraná e cobra ação dos governantes do Estado
para que esse quadro não se perpetue.
Diretoria da Abraji, 29 de abril de 2015.
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