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sábado, 28 de setembro de 2013

Greve Bancários


Bancários decidem ampliar greve; mais de 10 mil agências fecharam em 8 dias

Segundo a Contraf-CUT, esta já é a maior paralisação dos últimos anos e deve continuar crescendo em todo o país, devido à intransigência dos bancos

Em oito dias de greve, completados nessa quinta-feira (26), os bancários paralisaram as atividades em mais de 10 mil agências e centros administrativos de todo o país. Em reunião de balanço, o Comando Nacional dos Bancários decidiu ampliar a greve para forçar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), esta já é a maior paralisação dos últimos anos e deve continuar crescendo em todo o país, porque a categoria está indignada com a postura intransigente dos bancos.

Os bancários também aprovaram uma nota oficial reafirmando a decisão de intensificar a greve, manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e dos seis maiores bancos pelo fechamento do diálogo com os trabalhadores. Confira a seguir a nota na íntegra:



Nota do Comando Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, reunido nesta quinta-feira 26 de setembro em São Paulo na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), após avaliação da primeira semana da greve da categoria, decidiu:

1. Ampliar e fortalecer a greve nacional dos bancários, que nesta quinta-feira completou oito dias e fechou 10.586 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal.

2. Reafirmar a disposição de negociação dos representantes dos bancários, fechada pelos bancos no dia 5 de setembro, quando apresentaram apenas a reposição da inflação e ignoraram todas as outras reivindicações econômicas e sociais.

3. Afirmar que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

4. Ressaltar que os bancos que operam no Brasil têm totais condições de atender às demandas dos bancários, conforme demonstra relatório do Banco Central divulgado nesta quinta-feira 26, segundo o qual o lucro do sistema financeiro nacional é "robusto" e atingiu R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho.

5. Denunciar a irresponsabilidade social dos bancos, especialmente os privados, que, na contramão da economia brasileira, geradora de 1,07 milhão de novos empregos de janeiro a agosto deste ano, cortaram 6.987 postos de trabalho no mesmo período, precarizando o atendimento à população, aumentando as filas e a sobrecarga de trabalho dos bancários.

6. E denunciar que, em busca de "melhor eficiência", os bancos vêm obrigando os bancários a cumprirem metas abusivas e a venderem produtos financeiros desnecessários à população, o que tem aumentado a incidência de adoecimentos.



Carlos Cordeiro,

Presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários


Foto: Tânia Rêgo/ABr
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/26085

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