O Financial Times deu destaque em sua edição à crise criada no
governo de Michel Temer (PMDB) pela divulgação do áudio em que um dos
principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff, Romero Jucá
(PMDB), defende a necessidade
de afastar a mandatária para "romper a sangria" da Lava Jato. O jornal
cita trechos da conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio
Machado, e aponta que tal crise ameaçou desestabilizar a gestão Temer,
justamente no momento em que o peemedebista pretende lançar um programa
econômico "ambicioso". Mas a decisão de Jucá de deixar o cargo
"rapidamente", ponderou o periódico, pode ajudar a limitar o dano
político.
A menção ao senador Aécio Neves (PSDB) na conversa entre Jucá e Machado também ganhou espaço.
"A dupla discutiu como Aécio Neves, o líder do principal partido de
oposição, o PSDB, também poderia ser consumido pelas investigações de
corrupção se o impeachment não se concretizasse", diz o FT, indicando os trechos em que Machado diz que estariam todos na bandeja para ser comidos, e Jucá afirma que o tucano seria o primeiro.
FT destaca trecho da escuta em que Jucá diz: "Nós temos que mudar este governo para romper sangria"
Não
ficou fora da visão do jornal britânico ainda o fato de Jucá ter
mencionado que estava em conversa com militares, que teriam garantido
manter a calma durante a crise política, e com alguns ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), que teriam indicado que as investigações
da Lava Jato continuariam enquanto Dilma Rousseff permanecesse no poder, devido a sua impopularidade com a mídia.
O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta terça-feira (24) matéria
sobre o atual escândalo da política brasileira, envolvendo a
transcrição da conversa gravada entre o ministro do Planejamento, Romero
Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado.
Segundo a
reportagem, este fato significa um grande revés para o início de
campanha do presidente interino Michel Temer, porque o relatório de
gravações sugerem que um de seus ministros conspirou para interferir na
investigação do caso de corrupção da Petrobras, e impulsionar o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
O
principal jornal dos EUA conta que Michel Temer assumiu temporariamente
a presidência no dia 12 de maio, após a aprovação da suspensão de Dilma
por até 180 dias, sendo iniciado o processo de impeachment contra a
presidente.
Foi
Jucá que comandou o movimento decisivo para a movimentação da
engrenagem que permitiu a votação na Câmara, o desembarque do PMDB
O
texto do NYT argumenta que as transcrições demonstram as verdadeiras
motivações para o processo de impeachment, nas confissões de um de seus
mais importantes articuladores.O jornal interpreta que nestas
transcrições fica muito claro que Dilma tinha que ser afastada para
possibilitar uma negociação
que interrompesse a investigação da Lava Jato. Foi Jucá que comandou o
movimento decisivo para a movimentação da engrenagem que permitiu a
votação na Câmara, o desembarque do PMDB. Foi ele, como
"Quem não conhece o esquema do Aécio?", pergunta Sergio Machado
Diálogo entre ex-presidente da Transpetro e ministro do Planejamento, Romero Jucá, atinge o senador tucano
Roque de Sá / Agência Senado
Aécio Neves, presidente do PSDB, aparece algumas vezes nas gravações de Jucá
Citado cinco vezes por delatores da Operação Lava Jato,
o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), aparece com
destaque nas conversas entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá
(PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.
Aécio é citado duas vezes nos trechos do diálogo selecionados pela Folha. No
primeiro, Machado demonstra preocupação a Jucá a respeito das
investigações, que iriam atrás de "todos os políticos", e questiona se
"a ficha" do PSDB já teria caído.
MACHADO - A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado...
JUCÁ - Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma
'O primeiro a ser comido vai ser o Aécio', mostra gravação de ministro sobre a Lava Jato
do BOL, em São Paulo
Ueslei Marcelino/Reuters
12.mai.2016
- O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece sorridente ao lado do
presidente interino Michel Temer (PMDB) durante cerimônia de posse de
ministros. Segundo gravações envolvendo o ministro do Planejamento
Romero Jucá, Aécio seria um dos primeiros prejudicados do PSDB pela
Operação Lava Jato e seria preciso deter as investigações
Divulgadas pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (23), conversas gravadas em março
do senador Romero Jucá (PMDB-RR), atual ministro do Planejamento do
governo Temer, revelam o temor pela Operação Lava Jato por conta de
"potenciais danos" que as investigações poderiam ocasionar a vários
partidos e personalidades do cenário político. Aécio Neves, que foi
candidato à Presidência, aparece como um dos principais nomes que seriam
prejudicados.
Num diálogo de Jucá com o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado, o ministro comenta que "todo mundo está na
bandeja para ser comido". Machado, então, afirma que "o primeiro a ser
comido vai ser o Aécio [Neves (PSDB-MG)" e acrescenta: "O Aécio não tem
condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece
o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...".
"É, a gente viveu tudo", completa Jucá, sem avançar nos detalhes.
Machado tenta refrescar a memória de Jucá: "O que que a
No governo Lula, Jucá foi afastado de ministério por suspeita de corrupção
Do UOL, em São Paulo
Alan Marques/Folhapress
Jucá foi ministro da Previdência do governo Lula entre março e julho de 2005
Exonerado do Ministério do Planejamento após 12 dias de governo interino de Michel Temer,
o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve uma "passagem relâmpago"
quando foi ministro pela primeira vez. De 22 de março a 21 de julho de
2005, durante o primeiro mandado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele
comandou a pasta da Previdência Social e deixou o cargo desgastado por
denúncias de corrupção.
Naquele ano, Jucá foi acusado de
praticar fraudes relacionadas ao estatal Basa (Banco da Amazônia). Um
inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal), após o jornal
"Folha de S. Paulo ter revelado que o senador e um sócio ofereceram sete
fazendas fantasmas como garantia para que obtivessem um empréstimo do
banco para construir um abatedouro de aves em Roraima: a empresa
Frangonorte. A empresa pertenceu a Jucá entre 1994 e 1997.
O Basa também cobrava do ministro e de seu parceiro uma dívida de
MP-SP apura pagamento de indenizações a integrantes do PCC em obra do Rodoanel
Em São Paulo
Rivaldo Gomes
O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a denúncia de que a
empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), do governo paulista,
pagou indenizações a criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital
(PCC) no programa de reassentamento das obras do trecho sul do Rodoanel e
do prolongamento da avenida Jacu-Pêssego, na Grande São Paulo. Ambas foram entregues em 2010, nos governos José Serra e Alberto Goldman (PSDB), ao custo de R$ 7 bilhões.
Os promotores já identificaram pelo menos dez pessoas indenizadas pela
Dersa na cidade de Mauá e na zona leste de São Paulo que têm passagens
pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas. A investigação teve
origem nos depoimentos de uma ex-funcionária da Dersa chamada Mércia
Ferreira Gomes, que trabalhava à época em um consórcio contratado para
executar o programa de reassentamento e fechou acordo de delação
premiada com o MPE. As indenizações custaram mais de R$ 100 milhões e
beneficiaram cerca de 40 mil pessoas.
Segundo Mércia, no
processo do Rodoanel, "a bandidagem que domina a área começou a fazer
ameaças e, para possibilitar que o pessoal da empresa contratada pela
Dersa fizesse seus trabalhos, se deveria pagar algum valor para a
criminalidade". Ainda de acordo ela, se o valor não fosse pago,
funcionários sofreriam "represálias", como ficar trancados na sala do
plantão social. "Diante de tanta solicitação nesse sentido, o dinheiro
acabou", disse.
A ex-funcionária relatou que os pagamentos eram
feitos em dinheiro e
'Guardian': Revelação de 'plano maquiavélico' para impeachment abala credibilidade do governo
Reprodução
O jornal britânico "The Guardian" afirmou que a queda do ministro
Romero Jucá e a revelação de uma "trama maquiavélica" para derrubar o
governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de Michel
Temer (PMDB).
"A credibilidade do governo interino foi abalada
na segunda-feira (23) quando um ministro foi forçado a se afastar em
meio a revelações sobre a trama maquiavélica para levar ao impeachment
da presidente Dilma Rousseff."
O ministro do Planejamento,
Romero Jucá (PMDB-RR), se afastou na segunda-feira após a "Folha de
S.Paulo" divulgar áudios em que ele diz que a mudança de governo poderia
"estancar a sangria" da Lava Jato. O "Guardian" diz que "as
motivações dúbias e natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma
Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa".
Afirma ainda que este não deve ser o "último golpe" contra Michel Temer,
já que seu gabinete inclui "sete ministros implicados na Lava Jato".
A publicação afirma ainda que o governo interino, até o momento,
mostrou "poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade"
no país.
Ministro da Fazenda defende aumento de idade mínima para aposentadoria
Por
Brasil Econômico
Meirelles admite que rombo nas contas públicas em 2016 será maior que o de R$ 96 bilhões previsto pelo governo de Dilma
Roosewelt Pinheiro/ABr - 12.05.16
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em audiência no Senado Federal, na quinta-feira
Agora com a atribuição de administrar também a Previdência
Social, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu, nesta
sexta-feira (13), o aumento da idade mínima para a aposentadoria. A
declaração foi feita em entrevista ao jornal "Bom Dia Brasil", da TV
Globo, um dia depois de o economista assumir o cargo mais
importante para o sucesso do governo de Michel Temer.
"Não prometemos valores que não podem ser cumpridos.
Despesas públicas são sempre pagas pela população, e a Previdência
também", afirmou, avaliando que a reforma do sistema previdenciário é
fundamental para assegurar as aposentadorias no futuro.
"O
caminho está claro: idade mínima com regra de transição. E essa
transição não pode ser nem muito longa e nem muito curta. Quem está
contribuindo no futuro vai receber aposentaria como deveria. Com o
crescimento da população e da idade média dos brasileiros, o crescimento
da Previdência é insustentável no longo prazo, precisamos controlar
isso."
O ministro lembrou que já há uma discussão
extensa sobre o assunto, sem citar, no entanto, o Fórum da Previdência,
criado no ano passado pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff,
mas enfatizou que é preciso uma determinação do governo para isso.
Rombo maior Na
entrevista, Meirelles admitiu que o rombo nas contas públicas em 2016
deve ser ainda maior do que o previsto pela equipe de Dilma, de R$ 96,6
bilhões, e prometeu que vai tomar medidas duras, porém necessárias, para
reverter a trajetória de alta da divida pública.
"É
importante que se estabeleça uma meta que seja realista, cumprida e que
depois sirva de base para a melhora das contas públicas [...] Para que,
a partir daí, a trajetória da dívida pública comece a ter um outro nível
de direção", explicou.
Meirelles não especificou como vai enfrentar o aumento do
déficit que será provocado pela negociação da divida dos Estados com a
União e o reajustes já contratados dos servidores públicos, que o
ministro do Planejamento, Romero Jucá, informou que vai manter.
"Vamos
partir de uma base real. Infelizmente não se pode mudar o passado. O
que feito e que não pode ser mudado está ai", avaliou, ressaltando que, a
partir desse quadro, o governo tomará as medidas necessárias para que o
projeto faça efeito. "Para que todos confiem que o Estado brasileiro
será solvente e que aumente a confiança, o emprego e o bem estar."
Primeira medidaPara
iniciar as mudanças, Meirelles explicou que a primeira medida econômica
de sua gestão será implementar um sistema de controle dos gastos que
impeça o crescimento real (acima da inflação) das despesas públicas,
defendendo cortes e o fim dos privilégios com recursos públicos.
"Vamos
estabelecer o nominalismo. As despesas terão de ser mantidas em termos
nominais", disse. "O mais importante para o Brasil é de comecemos a
dizer a verdade e a sermos claros. Temos de mostrar o que está
acontecendo", ressaltou Meirelles. Procurando passar confiança em seu
projeto, ele informou que sua equipe já começou um levantamento dos
dados do governo para tomar as medidas com segurança e clareza.
Desonerações e subsídiosO
ministro da Fazenda ainda criticou o tamanho das contas de desonerações
e subsídios dados pelo governo, que classificou como
"bolsa-empresário". E, apesar da conta referente a programas sociais ser
menor, sinalizou que haverá mudanças também nessas despesas, mantendo a
assistência apenas para a população que de fato necessite.
Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 12.5.16
Michel Temer é cercado de aliados em seu primeiro discurso na Presidência, na quinta-feira
"As contas de desonerações e subsídios hoje são
enormes. A conta de salários do governo também é enorme. Podemos e
vamos, sim, cortar despesas e privilégios daqueles que não precisam",
afirmou. "Os programas sociais para aqueles que precisam serão
mantidos."
Meirelles fez um diagnóstico da atual
situação da economia brasileira e argumentou que o desemprego crescente é
consequência da recessão pela qual o País passa desde o ano passado.
"Temos de fazer com que a economia volte a crescer para criar empregos. É
necessário, em primeiro lugar, o retorno da confiança. É preciso ter
confiabilidade nas contas públicas para o retorno do investimento",
avaliou.
Ex-presidente do Banco Central no governo Lula,
Meirelles reconheceu que houve "melhorias grandes" na gestão do
petista, mas ressaltou que nos últimos anos – referindo-se ao governo da
presidente afastada Dilma Rousseff – o desemprego aumentou e a situação
se tornou crítica. "Outro problema é crescimento da dívida pública. A
situação é grave e difícil, mas todos os brasileiros estamos preparados
para trabalhar muito", resumiu.
Kim Kataguiri afirmou que movimento lançará candidatos nas eleições municipais e se envolverá em discussões mais locais
BBC Brasil
Segundo Kim Kataguiri, a intenção do MBL é mostrar que "nosso modelo de Estado funciona"
À frente das maiores manifestações pelo
impeachment de Dilma Rousseff, os grupos MBL (Movimento Brasil Livre) e
Vem Pra Rua iniciam agora um período de transição e mudança de foco.
Em
entrevista à BBC Brasil, o líder do MBL, Kim Kataguiri, afirma que o
movimento lançará candidatos nas eleições municipais deste ano e se
envolverá mais em temas locais, como a máfia da merenda, que investiga
fraudes nas compras de refeições distribuídas em escolas públicas do
Estado de São Paulo. Membros do movimento concorrerão a prefeituras de
diversas cidades do país, como Vinhedo e Louveira, no interior paulista,
e até capitais, como Curitiba, no Paraná.
Na capital
paulista, o membro do MBL Fernando Holliday, que defendeu a
regulamentação do aplicativo Uber em uma acirrada discussão com o
O senador criticou a política econômica atual e Marina disse em rede social: “O pior Dia do Trabalhador deste século!”
Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Senador Aécio Neves criticou a política econômica do governo Dilma
Os dois principais concorrentes da presidenta
Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais de 2014,
Marina Silva e Aécio Neves usaram as redes sociais neste domingo (1°),
quando é celebrado o Dia do Trabalho, para criticar o aumento do
desemprego no país.
Aécio, senador e presidente nacional do PSDB,
disse se solidarizar com os brasileiros desempregados. “Minha homenagem
aos trabalhadores brasileiros. Lembrando que mais de 10 milhões perderam
seus empregos em razão de
Antes de votação de impeachment, Palácio do Planalto tem ares de fim de festa
Por
Estadão Conteúdo
Medo de desemprego assombra a sede do governo. Situação também é de incerteza na Esplanada dos Ministérios
Wikipedia
Palácio do Planalto
A dez dias da votação do impeachment da presidente
Dilma Rousseff pelo Senado, a rotina no Palácio do Planalto em nada se
assemelha à resistência anunciada por movimentos sociais, sob gritos de
"Não vai ter golpe!". Em gabinetes da sede do governo, funcionários já
encaixotam suas coisas e alguns tentam retornar para a repartição
pública de onde foram transferidos, os chamados "órgãos de origem".
O
medo do desemprego agora ronda o Planalto, onde servidores já falam
abertamente sobre a troca de comando e a passagem de bastão para o
vice-presidente Michel Temer. A cena se repete na Esplanada.
Dos atuais 30 ministérios, 11 são controlados pelo PT.
Atualmente, há em todo o governo cerca de 20 mil cargos em comissão,
batizados de DAS (Direção e Assessoramento Superior). No fim do primeiro
mandato de Dilma, somente a Presidência da República abrigava 3.279
servidores, incluindo os que trabalhavam em pastas como Casa Civil e
Secretaria de Comunicação Social. Deste total, havia 1.020 DAS.
Os
DAS representam o contingente mais suscetível a corte, pois são cargos
de livre provimento. Na outra ponta, no comando dos ministérios, o entra
e sai dos últimos dias reflete o abandono de Dilma por antigos aliados,
que deixaram o governo atraídos pela expectativa de poder do PMDB.
Diante
da certeza de que será afastada por até 180 dias, a presidente já
combinou com a equipe a demissão coletiva. A ideia de Dilma é
Projetos já alinhados com um eventual governo de Michel Temer devem ser votados a partir da próxima semana
Ueslei Marcelino/Reuters - 22.04.16
Vice-presidente Michel Temer conta com apoio no Congresso
Mesmo sem o Senado ter votado o afastamento da
presidente Dilma Rousseff, o Congresso começa a votar na próxima semana
uma pauta de projetos alinhados a um eventual governo Michel Temer. Os
senadores vão apreciar uma proposta para dar maior flexibilidade ao
Executivo para movimentar o orçamento e a Câmara já decidiu filtrar
medidas provisórias de Dilma e até a reavaliar acordos firmados pela
petista que implicam impacto financeiro para os cofres públicos.
Após
acerto do vice com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), na
quarta-feira, os senadores deverão votar na terça-feira uma proposta que
amplia a DRU, que prevê a desvinculação das receitas da União, Estados e
municípios. O texto é relatado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), que
deverá assumir o Ministério do Planejamento de Temer e faz parte das
articulações do grupo do
'O que se sabe do Eduardo Cunha é fichinha', dispara Garotinho
'Não podemos ter um parlamento comandado por um ladrão', disse o ex-governador
O Dia
Rio
- O ex-governador Anthony Garotinho, um dos principais inimigos do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esteve em Brasília
conversando com a presidente Dilma com o vice, Michel Temer, com quem
tem boas relações. Em entrevista ao programa Jogo do Poder, da CNT, que contou com a participação do jornalista Caio Barbosa, do DIA,
ele revela ter sugerido aos dois um ‘ato de grandeza’, que seria uma
renúncia coletiva para tirar o país da crise e livrá-lo das mãos de
Eduardo Cunha. “Não podemos ter um parlamento comandado por um ladrão”,
disse o ex-governador. A entrevista vai ao ar neste domingo, às 23h15.
'O que se sabe do Cunha é fichinha', diz Garotinho
Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
O DIA: Que avaliação o senhor faz do cenário político brasileiro?
Garotinho
:Estamos num caminho perigoso. O melhor seria a presidente e o Michel
Temer terem a humildade de dizer que não há governabilidade e
convocassem eleições para que o povo pudesse votar. Ela se queixa de
mandar as coisas para a Câmara e o Eduardo Cunha só votar as
pautas-bomba. Ela tentou e não conseguiu. Ao contrario do que as pessoas
pensam, a Dilma não está sendo julgada por corrupção. Mas por pedalada
fiscal.
Um termo inventado por jornalistas, que não tinham como tipificar o que foi feito?
São dois pontos: ela tinha convênio com o Banco
do Brasil e