No governo Lula, Jucá foi afastado de ministério por suspeita de corrupção
Do UOL, em São Paulo
- Alan Marques/Folhapress
Jucá foi ministro da Previdência do governo Lula entre março e julho de 2005
Exonerado do Ministério do Planejamento após 12 dias de governo interino de Michel Temer,
o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve uma "passagem relâmpago"
quando foi ministro pela primeira vez. De 22 de março a 21 de julho de
2005, durante o primeiro mandado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele
comandou a pasta da Previdência Social e deixou o cargo desgastado por
denúncias de corrupção.
Naquele ano, Jucá foi acusado de
praticar fraudes relacionadas ao estatal Basa (Banco da Amazônia). Um
inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal), após o jornal
"Folha de S. Paulo ter revelado que o senador e um sócio ofereceram sete
fazendas fantasmas como garantia para que obtivessem um empréstimo do
banco para construir um abatedouro de aves em Roraima: a empresa
Frangonorte. A empresa pertenceu a Jucá entre 1994 e 1997.
O Basa também cobrava do ministro e de seu parceiro uma dívida de
R$ 25
milhões do FNO (Fundo Constitucional do Norte). O dinheiro provinha de
recursos públicos.
"Acho que o Supremo é o local adequado para
fazer a apuração dos fatos. A ninguém mais do que eu interessa apurar os
fatos. Eu estou com a consciência tranquila. Não cometi nenhum tipo de
irregularidade nessa questão", disse o ministro, à época.
Em
novembro de 2008, o ministro do STF) Cezar Peluso declarou a extinção
da punibilidade, por prescrição da pena, do então líder do governo Lula
no Senado e arquivou o processo, com a concordância do Ministério
Público Federal. O pedido de arquivamento foi feito pelo
advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que ainda defende
Jucá, alvo de inquérito na Operação Lava Jato.
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