Impostometro

sexta-feira, 19 de julho de 2013

RJ - Cabral acusa grupos internacionais de estimular vandalismo em protestos

Cabral acusa grupos internacionais de estimular vandalismo em protestos

DESTAQUES EM BRASIL

RIO - O governador Sérgio Cabral disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, grupos internacionais estão incentivando a violência durante manifestações como a que deixou um rastro de destruição no Leblon, Zona Sul do Rio, na última quarta-feira. Segundo ele, organizações de outros países estimulam a violência e o quebra-quebra.
- Nestes atos, sabemos que há presença de organizações internacionais, que estimulam o vandalismo e o quebra-quebra. Pelas redes sociais, é mais fácil hoje haver essa participação - afirmou o governador.
A entrevista coletiva, realizada no Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, foi marcada para anunciar a criação de uma comissão para investigar a ação de vândalos durante as manifestações. Ao lado do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, Cabral disse que a comissão é uma resposta para a sociedade. Ele disse que a equipe vai unificar os esforços para dar eficiência ao trabalho de investigação.
- Vamos dar eficiência às elucidações para aplicação da lei. Tenho certeza que a comissão dará maior efetividade às investigações, que é o que a sociedade deseja, diante da indignação diante de atos que acontecerem não só no rio, mas em vários estados do Brasil. Nós temos o dever de dar essa resposta - disse o governador.
O anúncio da criação da comissão foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, nesta quinta-feira, um dia depois de atos de vandalismo terem deixado um rastro de destruição no Leblon e Ipanema, na Zona Sul da cidade.
Ele explicou que o grupo seria formado por representantes do Ministério Público e das polícias Civil e Militar, ligados diretamente ao gabinete do governador Sérgio Cabral. O foco é identificar os suspeitos de incitar depredações e estabelecer a relação entre os grupos responsáveis pelo vandalismo. Eles serão indiciados por formação de quadrilha, crime mais grave e inafiançável, evitando o atual "prende e solta".
Nesta quinta, a Polícia Civil informou que, desde o dia 10 junho, foram presas 62 pessoas em flagrante por crimes como furto qualificado, formação de quadrilha e porte de explosivos, mas 37 acabaram liberadas após pagar fiança. Vinte e cinco menores também foram detidos.
Entre os grupos que serão investigados estão os Black Blocs, que afirmam ter inspiração num movimento anarquista da Europa. No entanto, segundo especialistas, bandos com vínculos com facções criminosas, como traficantes, milicianos e bandidos comuns, estão infiltrados entre os manifestantes.
Moradores acusam a polícia de não evitar vandalismo
O campo de guerra em que se transformaram as ruas do Leblon e de Ipanema, após uma manifestação contra o governador Sérgio Cabral, expôs uma mudança extrema no comportamento da PM, muito criticada em protestos anteriores por uso excessivo da força e abusos no emprego de armas não letais.
Dessa vez, os PMs não agiram para impedir as depredações, provocando revolta entre moradores e suscitando uma discussão entre especialistas sobre a necessidade de se buscar um ponto de equilíbrio entre a truculência e a omissão.
Na manhã desta quinta-feira, após uma reunião de emergência convocada por Cabral com a cúpula da segurança, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu que a PM está tendo que ser cautelosa.
De acordo com a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, a polícia não pode manter os vândalos presos porque a lei não permite. Já a presidente do Tribunal de Justiça, Leila Mariano, frisou que, embora os detidos em atos de vandalismo tenham tido a prisão relaxada, uma grande quantidade de ações penais está em andamento.
Para o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, o pacto entre a polícia e entidades de direitos humanos e a OAB, para a redução do uso de armas não letais, como gás lacrimogêneo, não funcionou.
O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, discorda do comandante da PM. Para ele, a polícia ou foi incompetente para lidar com a situação ou agiu de forma política, para jogar a opinião pública contra os manifestantes.

Fonte:

Nenhum comentário:

Postar um comentário