Jornada Mundial da Juventude receberá 2,5 milhões de pessoas e vai movimentar R$ 1,2 bilhão
Apesar
de os jovens não serem a maioria entre os católicos, conforme pesquisa
divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Instituto Datapopular, a Jornada
Mundial da Juventude (JMJ), que acontece nesta semana no Rio de Janeiro
e conta com a presença do papa Francisco, tem um gosto especial para a
Igreja: o de renovação diante de um público cada vez mais distante.
Renovação não só no diálogo que o
pontífice vem desenvolvendo com as novas gerações, mas também na atenção
dispensada pela igreja aos temas atuais. No contexto econômico, o
evento contribuirá com a economia nacional com algo equivalente a R$ 1,2
bilhão entre serviços e comércio com um público esperado de mais de
dois milhões de pessoas.
Peregrinos de vários países vieram ao Brasil para o evento
Ronald Ázaro, secretário de Turismo do
Rio de Janeiro, espera que somente no comércio carioca os ganhos sejam
de R$ 275 milhões. “É grande a expectativa para que o evento impulsione
também o turismo religioso no Brasil." A pasta espera aproveitar o
evento para promover uma categoria de turismo que, em 2012, trouxe ao
Brasil 16,3 mil visitantes e motivou a viagem de 1,1 milhão de
brasileiros pelos destinos religiosos do País.
Grandes e pequenos
Com a comunicação a cargo da agência
Havas, a JMJ possui uma estrutura de patrocínio e licenciamentos de alto
nível. Do banco Bradesco ao McDonald's, são oito marcas oficiais.
Juntas, essas empresas são responsáveis por investir algo próximo de R$
20 milhões no evento.
Francisco recusou o uso de uma aeronave mais sofisticada
Indiretamente, marcas como Alitalia,
Mercedes-Benz, Vinícola Salton e SulAmérica também terão suas
exposições. A SulAmérica vai segurar os peregrinos oficiais com até R$
30 mil. A Alitalia é a companhia aérea oficial do papa e a Salton produz
o vinho que será consumido pelo pontífice, além dos vinhos canônicos.
Ázaro explica que, apesar do potencial de consumo dos peregrinos, é
importante observar que eles não são turistas convencionais - possuem
outro perfil e, em vez de ocupar os hotéis, a maioria ficará em casa de
famílias.
Oportunidade de marca
A presença de Francisco no Brasil é
também a grande oportunidade para microempresas que conseguiram
licenciar suas marcas e produtos para o evento - ao todo 25 estão
cadastradas. Silvia Blumberg, designer de joias e proprietária do ateliê
Arte Coletiva, espera aumentar o faturamento da empresa em 200% com a
venda de brincos, pulseiras e colares relacionados ao encontro. “O maior
benefício de estar com a marca licenciada é o ganho de confiança para
ter oportunidade em outros eventos."

Brincos produzidos pela empresa Arte Coletiva
De joias e canecas até camisetas, há
espaço para os mais variados tipos de produtos. Inclusive protetor
solar. A Arpoador Cosméticos estima crescimento de 15% nas vendas.
Leandro Araujo, sócio da empresa, conta que, além das vendas pontuais, a
empresa desenvolve uma série de ações em pontos de venda. “Para
realizar a ação de uma forma divertida, criamos um totem no formato de
oratório que será disponibilizado nas principais drogarias da cidade."
Luciana Salton, diretora-executiva da
Vinícola Salton, comemora o fato de o Vinho Talento ser escolhido como a
bebida oficial do papa no Brasil. A executiva estima que foram enviadas
ao Rio de Janeiro 970 garrafas, entre vinho fino, canônico, espumante e
proseco. A fabricante de hóstias São Francisco foi outra empresa
escolhida como fornecedora oficial e estima produzir até 1,5 milhão de
hóstias para o evento.
Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias
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