“Há um movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais contra a Petrobras”
Em entrevista, João Antonio de Moraes, diretor da FUP,
fala sobre a mobilização para desmoralizar a empresa nacional e
entregá-la para petroleiras estrangeiras
Por Conceição Lemes,
Do Viomundo
Do Viomundo
A
Federação Única dos Petroleiros (FUP), três centrais sindicais (CUT,
CTB e UGT) e cerca de vinte movimentos sociais (MST, UNE, UNE, UBES,
UEE, FETEERJ, UEE, MAB, CNM, FAMERJ, FAFERJ, entre outros) realizaram
nesta segunda-feira (15), no Rio de Janeiro, um ato em defesa do pré-sal
e da Petrobras.
“O massacre que a Petrobras vem sofrendo nos
últimos tempos não tem o objetivo de corrigir coisas possam estar
erradas”, denuncia João Antonio de Moraes, diretor da FUP. “Os
propósitos são outros. A disputa político-eleitoral e, principalmente, o
gigantesco interesse econômico em torno do pré-sal”.
“Há um
movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais
contra a Petrobras”, diz Moraes. “O raciocínio deles: desmoraliza-se a
empresa, para aí dizer que ela não pode explorar o pré-sal e tem de se
chamar Shell, Esso, Texaco… Isto é, entregar para petroleiras
estrangeiras o nosso passaporte para o futuro.”
Dos 2 milhões de
barris de petróleo que o
Brasil consome por dia e a Petrobras produz,
500 mil barris provêm do pré-sal. Ou seja, o petróleo do pré-sal já
corresponde a 25 % do que é produzido e consumido no País.
Curiosamente,
Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, dedica uma
única linha (está abaixo) ao pré-sal nas 240 páginas do seu programa de
governo.
“Se não se priorizar o pré-sal, vamos importar petróleo e pode faltar energia”, adverte Moraes.
“Por
isso, é insanidade ou má fé Marina dizer que não vai priorizar o
pré-sal. As duas coisas são inadmissíveis para quem quer ser presidente
da República”, considera Moraes.
“Ao sinalizar que não vai
priorizar o pré-sal, Marina quer dizer que vai entregar a sua exploração
a petroleiras estrangeiras — Shell, Essso, Texaco… — e voltar ao modelo
anterior de concessão, como os tucanos já se comprometeram”, avisa o
diretor da Fup.“Se nós tivéssemos uma imprensa transparente, isso já
teria sido desmontado, mostrando o quanto o projeto dela na área de
energia é uma aventura.”
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo – O que acha de Marina Silva dedicar apenas uma linha do seu programa de governo ao pré-sal?
João Antonio de Moraes –
Marina, além de sinalizar que não pretende priorizar o pré-sal, indica
intensa participação do capital privado no setor com menor participação
do Estado. E, tradicionalmente, o capital privado tem dificuldade de
planejamento nessa área.
O melhor exemplo disso é o apagão
elétrico de 2001, cuja origem foi a retirada da participação do Estado
no setor. Começou no período Collor, acentuou-se no governo Fernando
Henrique Cardoso (PSDB). Eles tiraram o Estado do planejamento do setor
energético, confiando que o privado investiria. O setor privado não
investiu e muito menos planejou. Resultado: o apagão de 2001, com FHC.
Infelizmente,
ainda não se pode abrir mão do petróleo nos dias de hoje. Eu até
brincava com os companheiros num seminário sobre energia que aconteceu
em Pernambuco na semana passada: Marina vai fazer a campanha de jegue ou de bicicleta?
Viomundo – E se não se priorizar o pré-sal?
João Antonio de Moraes – Vamos importar petróleo e pode faltar energia.
Viomundo – Faltar energia?!
João Antonio de Moraes –
Sim. Hoje, as termoelétricas respondem por 11% a 13% do nosso consumo
de eletricidade. Nós vamos parar de usar a energia das termoelétricas ou
importaremos petróleo e gás para movimentá-las?
Muita gente não sabe, mas nós já estamos usando pré-sal!
Dos
2 milhões de barris de petróleo que o Brasil consome por dia e a
Petrobras produz, 500 mil barris provêm do pré-sal. Ou seja, o petróleo
do pré-sal já corresponde a 25 % do que é produzido e consumido no
Brasil.
A cada ano, se não houver novas reservas agregadas, o país
perde 10% da sua capacidade produtiva. Logo, se não tivéssemos
descoberto o pré-sal poderia estar faltando combustível hoje no Brasil.
Por isso, considero insanidade ou má fé a Marina dizer que não vai
priorizá-lo. As duas coisas são inadmissíveis pra quem quer ser
presidente da república.
Viomundo – Mas, depois das
críticas, Marina disse não procedia a ideia de que o pré-sal não seria
prioridade num eventual governo seu.
João Antonio de Moraes —
Não foi o único recuo dela, desde que lançou o programa de governo.
Seus vaivéns quase diários demonstram que ela não tem um programa de
governo bem estruturado e vai ceder a toda pressão dada a sua
fragilidade política.
Sem nenhum risco de errar, podemos afirmar: é
uma insanidade a posição de Marina em relação ao pré-sal. Se tivéssemos
uma imprensa transparente, isso já teria sido desmontado, mostrando o
quanto é uma aventura o projeto dela na área de energia.
Viomundo – Aventura?!
João Antonio de Moraes –
Não há menor dúvida.A cada quatro poços de petróleo que furamos,
encontramos petróleo em um. Índice médio de acerto de 25%, podendo
chegar a 50%. No pré-sal, o índice de acerto está sendo superior a 90%!
Você acha que as pressões mundiais permitirão que o pré-sal brasileiro deixe de ser explorado?
De
jeito nenhum. Logo, ou nós o exploramos para o bem do povo brasileiro –
tanto do ponto de vista da soberania energética quanto do retorno
econômico. Ou vamos permitir a sua exploração por empresas estrangeiras
voltadas para interesses externos.
Quando Marina diz que não vai
priorizar o pré-sal, ela quer dizer que vai entregar a exploração do
pré-sal a petroleiras estrangeiras –Shell, Esso, Texaco… — e voltar ao
modelo anterior de concessão, como os tucanos já se comprometeram.
Viomundo – Em que o senhor se baseia para dizer isso? Ela disse isso?
João Antonio de Moraes — No mundo moderno, não existe esta “de eu tenho petróleo descoberto e vou deixar debaixo da terra”.
E como o pré-sal brasileiro é petróleo descoberto e Marina diz que não
vai priorizá-lo, ela vai entregá-lo para interesses externos.
Enquanto
os tucanos, inclusive o Aécio, dizem escancaradamente que querem voltar
ao modelo de concessão, Marina dá a entender nas entrelinhas que vai
fazer a mesma coisa.
Atualmente, nas áreas não licitadas do
pré-sal e no campo de Libra, está em vigor o modelo de partilha. Já nas
áreas leiloadas, o modelo de concessão. Foi o presidente Lula quem
propôs a mudança do modelo de concessão para o de partilha.
Viomundo – Quais são os modelos de exploração?
João Antonio de Moraes — Basicamente
três. O do monopólio, que considero o mais avançado e defendo. É o que
nós tínhamos antes do governo FHC. O de concessão, defendido pelos
tucanos. E o de partilha, que está em vigor e começou a ser adotado no
segundo governo Lula. É o meio termo.
A concessão é o pior. Faz-se
o leilão da área em disputa. Ganha a empresa que oferecer maior parcela
de dinheiro para o Estado. Nesse modelo, 100% do petróleo produzido
após a licitação passa a pertencer à empresa vencedora. Ela só tem de
pagar os tributos.
No modelo de partilha, ganha a empresa que
oferecer mais petróleo ao Estado. Foi o que aconteceu no leilão do
campo de Libra. Ganhou a empresa que ofereceu 41% do petróleo ao
Estado. De cada barril de petróleo ali produzido, 41% ficam para o povo
brasileiro. Mais os tributos sobre todo o volume explorado.
Viomundo – Que outras diferenças existem?
João Antonio de Moraes – O
controle da produção. Isso é chave na exploração do petróleo. Diria que
até mais importante do que o quanto o país vai receber.
No modelo
de concessão, o controle fica na mão das empresas, o que favorece a
exploração predatória. Foi o que aconteceu na Argentina com a Repsol.
A
Argentina tinha reservas importantes que lhe garantiriam o futuro.
Porém, graças às privatizações e ao modelo de concessão lá vigente, a
Argentina exportou petróleo a 5 dólares o barril. Agora, está tendo de
importar a 100 dólares o mesmo barril.
Mas o exemplo mais gritante
é o da Indonésia, que também tinha reservas muito importantes. Em
função do modelo de concessão, teve exploração predatória. Ela exportava
o barril de petróleo a 1 dólar. Hoje precisa comprá-lo a 100 dólares.
No
modelo de partilha, a única operadora da área é a Petrobras. O que
permite ao povo brasileiro, através do Estado, controlar a produção.
Viomundo – Traduzindo para o “leiguês”.
João Antonio de Moraes –
Na partilha, as outras empresas entram como sócias investidoras. Mas
quem vai trabalhar o campo, contratar os equipamentos, navios e,
principalmente, controlar a produção é a Petrobras. Isso é o mais
importante.
Suponhamos que eu tenha um campo de petróleo. Eu posso
produzir, por exemplo, 100 mil barris por dia e exauri-lo rápido, tendo
fechá-lo daqui a pouco porque o óleo acabou.
É o que acontece no
modelo de concessão. Há tanto o risco de se esgotar logo a reserva
quanto o risco ambiental. Foi o que aconteceu num poço da empresa
americana Chevron em Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ), em
novembro de 2011.
É um caso simbólico. A Chevron quis produzir
mais rápido e não respeitar normas de segurança. Deu no que deu. Um
grande vazamento de petróleo no mar.
O modelo de partilha atenua muito esse risco.
Eu
posso acompanhar o que o poço está produzindo e calibrar a produção de
acordo com a minha capacidade de gerar tecnologia para desenvolver a
cadeia produtiva do petróleo.
Ou seja, eu posso utilizar o retorno
econômico do campo para fazer pesquisas e não para botar mais dinheiro
no bolso. Aí, também um dos motivos dos ataques à Petrobras.
Para
que isso? Para que a gente não seja um mero produtor de petróleo cru. E
que se façam investimentos tanto na cadeia anterior – produção de
navios, plataformas, gerando emprego e renda aqui nos estaleiros —
quanto na outra ponta, que seria a refinaria, petroquímica e a indústria
de transformação de plásticos.
Viomundo – Não dá mesmo para controlar a exploração no modelo de concessão?
João Antonio de Moraes – Na
concessão, o mecanismo que o Estado tem para controlar é muito pequeno.
O máximo que pode se fazer é multar. Foi o que aconteceu com Frade. O
Estado brasileiro foi lá, multou e a Chevron voltou a produzir.
Viomundo – Quantos trabalhadores o setor emprega?
João Antonio de Moraes –
Entre 450 mil e 500 mil. O setor petróleo exige trabalhadores altamente
especializados mas em número pequeno. O maior número de empregos está
nas pontas da cadeia produtiva. No ABC paulista, o setor petróleo
emprega 1.500 trabalhadores. Já nos ramos petroquímico e de
transformados plásticos são 20 mil.
Ao se permitir a produção a
qualquer preço, há a possibilidade de não se gerar esses outros postos
de trabalho na cadeia produtiva como um todo. Esse é o risco que se
corre com as propostas defendidas por Aécio e sinalizadas por Marina.
Viomundo
– Neoliberais em geral, entre os quais os tucanos, dizem que foi o
modelo de concessão que permitiu a descoberta do pré-sal.
João Antonio de Moraes – Mentira!
Eles poderiam dizer isso se uma empresa privada tivesse descoberto o
pré-sal. Mas não é o que aconteceu. Foi a Petrobras que o descobriu.
Isso só possível graças ao planejamento do Estado e ao investimento da
empresa.
O modelo de concessão começou a vigorar em 1997, no
governo Fernando Henrique. Antes era só a Petrobras que explorava o
petróleo aqui. A confirmação do pré-sal aconteceu em 2006, final do
primeiro mandato de Lula. Como estava em vigor o modelo de concessão,
eles criam essa nuvem de fumaça.
Os neoliberais dizem que o modelo
de concessão atrai maior volume de investimentos e que o Estado
brasileiro não tem condições de aportar tais recursos. Se esse argumento
procedesse, quem teria feito o poço que descobriu o pré-sal – ele
custou US$ 200 milhões à Petrobras! –, teria sido uma empresa
estrangeira a partir da concessão.
O que acontece? Nós fazemos
pesquisas para desenvolver tecnologia. Mas a certeza mesmo a gente só
tem quando fura a área. E esse furo que levou à descoberta do primeiro
poço de pré-sal custou US$ 200 milhões. O Brasil não precisa da
concessão para explorar petróleo. Somos referência mundial nessa área.
Viomundo — A exploração do pré-sal polui mais o mar?
João Antonio de Moraes —
Não. Alguns até alegam que a exploração em águas mais profundas poderia
aumentar o risco de vazamento. Mas até hoje isso não se comprovou.
Nunca se explorou petróleo a tamanha profundidade, a 7 mil
metros. É uma tecnologia desenvolvida pelos trabalhadores da Petrobras.
Viomundo — A presidenta Dilma diz que o pré-sal é o nosso passaporte para o futuro. O que acha?
João Antonio de Moraes —
É um bilhete premiado. A partir do pré-sal se criou o Fundo Social
Soberano, que nada mais do que uma poupança desse dinheiro que passa a
ser investido em áreas sociais do país, como saúde e educação. O Fundo
Social Soberano já tem mais de R$ 1 bilhão, proveniente do pré-sal.
Agora,
isso só vai ser possível se o Estado mantiver o controle do pré-sal.
Leia-se manutenção do modelo de partilha, tendo a Petrobras como única
exploradora do petróleo.
Viomundo – E sem o modelo de partilha?
João Antonio de Moraes –
A tendência é acontecer com o petróleo o mesmo que ocorreu com o ouro
no Brasil colônia. Num só ano o Brasil produziu em Minas Gerais três
vezes todo o ouro produzido no planeta. Só que foi tudo para a
Inglaterra e Portugal.
Viomundo — É como se o Brasil perdesse o seu bilhete premiado?
João Antonio de Moraes —
Exatamente. Hoje isso já acontece no Brasil com o ferro, cuja produção é
predatória. A gente produz o ferro e importa o aço. O ideal seria
calibrarmos a nossa produção de ferro de acordo com a capacidade da
siderúrgica nacional. E exportar a matéria acabada. Exportar in natura, como faz a Vale, é condenar o país ao subdesenvolvimento. Isso já aconteceu com café, o açúcar…
Portanto,
se o país seguir o que diz o Aécio e sinaliza Marina corremos o risco
de repetir grave erro do passado. Insisto: a Marina, ao não priorizar o
pré-sal, está escamoteando o debate. Na verdade, o que ela está propondo
a privatização do pré-sal.
Viomundo – No último final de semana, Veja publicou
matéria sobre a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da
Petrobras. A revista divulgou uma suposta lista de parlamentares que
teriam recebido favorecimentos da empresa. Antes disso, a Petrobras já
estava sob ataques. O que acha disso?
João Antonio de Moraes — Eu
sou um trabalhador, não tenho procuração para defender os negócios da
Petrobras. Eu defendo sempre que tudo seja apurado. Para isso, existem a
Polícia Federal, o Ministério Público… Quem apura são esses órgãos e
não a CPI, que é um palco político.
Agora, não podemos ser
ingênuos. O massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos tempos não
tem o objetivo de corrigir as coisas que possam estar erradas. Os
verdadeiros propósitos são outros: o gigantesco interesse econômico em
torno do pré-sal e a disputa politico-eleitoral partidária.
Há um
movimento orquestrado por interesses privados nacionais e internacionais
contra a Petrobras. O raciocínio deles: desmoraliza-se a Petrobras,
para aí dizer que ela não pode explorar o pré-sal e tem de se chamar
Shell, Esso, Texaco… Isto é, entregar para petroleiras estrangeiras o
nosso passaporte para o futuro.
Viomundo – Não houve problemas na Petrobras?
João Antonio de Moraes — Eu não estou dizendo que eventualmente não tenha havido em algum setor. Pode ter havido, mas que se corrija.
Veja
o caso da refinaria de Pasadena, que é uma das bolas da vez. Foi até
criada uma CPI para apurar a sua compra. Foi dito que foi uma má
aquisição. Só que hoje Pasadena é refinaria mais lucrativa da Petrobras.
Será que ela merece todo o achincalhamento a que foi submetida?
Viomundo – E as denúncias envolvendo a refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco?
João Antonio de Moraes – Desde
1997 não se construía uma refinaria no Brasil. A Abreu de Lima foi
construída e no Nordeste. Defendemos que as denúncias sejam apuradas e,
se comprovadas, os responsáveis punidos. O que não se pode é destruir a
Petrobras por causa de malfeitos que alguns possam ter praticado.
Puni-la é punir o Brasil. Perde a Petrobras.Perde o Brasil.
Viomundo — Dia 15 haverá o ato de defesa da Petrobras e do pré-sal. As denúncias tirar a força do ato?
João Antonio de Moraes –
Pelo contrário. As pessoas que irão sabem o que está por trás do
massacre à Petrobras. Mais um motivo, portanto, para comparecerem.
Viomundo – Finalmente, o que é preciso para o Brasil usar bem o bilhete premiado do pré-sal?
João Antonio de Moraes – Primeiro,
não voltar ao regime de concessão. Nele, insisto, Estado pega o
dinheiro e entrega o petróleo. No modelo de partilha, o Estado fica com
parte do petróleo e controla a produção.
Segundo, que o dinheiro
do pré-sal seja para a saúde e educação, que são graves problemas
brasileiros. Petróleo não tem segunda safra. Produziu, acabou. Se não se
estruturar o país, o petróleo zera.
Terceiro, é importante que o
petróleo seja tratado como algo intergeracional. Um recurso que entra
agora e tem de ser usado para garantir as futuras gerações. Nada melhor
para garantir isso do que a estruturação de um bom sistema de ensino
para o País.
Um exemplo interessante é a Noruega. Até descobrir o
petróleo era um dos países mais pobres da Europa. Hoje, é o país com
melhor IDH [Indice de Desenvolvimento Humano] do mundo. Tudo isso foi
feito com o dinheiro do petróleo. Portanto, quem se arriscar a propostas
temerárias na área energética vai conduzir o Brasil a uma aventura.
Comprometerá não só o presente, mas também o futuro.
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