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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Policial puxa pelo pescoço uma mulher com uma criança no colo durante protesto dos moradores da favela da Mangueira

Policial puxa pelo pescoço uma mulher com uma criança no colo durante protesto dos moradores da favela da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro




Três são detidos após confronto em protesto de moradores de favela do Rio

Do UOL, no Rio
  • Fábio Teixeira/Parceiro/Agência O Globo
    Policial puxa pelo pescoço uma mulher com uma criança no colo durante protesto dos moradores da favela da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro
Um protesto realizado por moradores da favela da Mangueira interditou na manhã desta terça-feira (7) a Radial Oeste e outras vias da zona norte do Rio de Janeiro. Na altura da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), no Maracanã, manifestantes atearam fogo a barricadas montadas com lixo e pedaços de madeira, segundo informações da Polícia Militar.
Em um princípio de confronto, PMs chegaram a utilizar spray de pimenta e bombas de efeito moral na tentativa de dispersar as pessoas que participavam do ato. Três foram detidas por desacato, de acordo com o 4º BPM (São Cristóvão), e conduzidas para a delegacia da região (18ª DP).



Protestos no Rio de Janeiros


7.jan.2014 - Manifestantes protestam contra a Galileo Educacional, que administra a Universidade Gama Filho, na avenida Rio Branco, centro
no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (07). Eles pedem intervenção do Ministério da Educação na instituição de ensino. Desde dezembro do ano passado, a Gama Filho e a UniverCidade, também gerida pela Galileo, estão impedidas de realizarem vestibulares e transferências para ingressos de novos estudantes Paulo Campos/Futura Press/Estadão Conteúdo
Por volta de 11h, as ruas foram liberadas pela Polícia Militar, mas um grupo de manifestantes permanecia no local. A Tropa de Choque chegou a ser acionada, mas não entrou em ação. O tráfego ficou lento na região, de acordo com o COR (Centro de Operações Rio). A PM informou que continuará no local para "garantir a desocupação" da Vila do Metrô.
O protesto teve início por volta das 9h45, quando um grupo de moradores da Mangueira avançou pela Radial Oeste em direção à rua São Francisco Xavier, sentido Méier. Os manifestantes reclamam de supostas remoções arbitrárias na comunidade.
O trabalho de demolição está sendo feito pela prefeitura para que seja construído um parque no local onde está situada uma das comunidades da Mangueira, conhecida como Vila do Metrô. Os moradores denunciam que, se saírem das casas, terão que ir para abrigos da prefeitura, e reivindicam o pagamento de aluguel social.
Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, os manifestantes não teriam direito a aluguel social ou a indenização porque supostamente invadiram casas que já haviam sido desocupadas pela prefeitura nos últimos quatro anos.
Santos afirmou que os moradores originais já teriam sido contemplados com aluguel social ou com imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

CONFIRA A LISTA DE FAMÍLIAS REMOVIDAS OU AMEAÇADAS

Local Famílias removidas Famílias ameaçadas Total Justificativa
Largo do Campinho/Campinho 65 - 65 BRT Transcarioca
Rua Domingos Lopes (Madureira) 100 - 100 BRT Transcarioca
Rua Quáxima (Madureira) 27 - 27 BRT Transcarioca
Penha Circular 40 - 40 BRT Transcarioca
Largo do Tanque 66 - 66 BRT Transcarioca
Arroio Pavuna (Jacarepaguá) 68 28 96 Acesso à condomínio; BRT Transcarioca; Preservação ambiental
Vila das Torres (Madureira) 300 - 300 Construção do Parque Madureira; Transcarioca
Restinga (Recreio) 80 Indefinido 80 BRT Transoeste
Vila Harmonia (Recreio) 120 - 120 BRT Transoeste
Vila Recreio II (Recreio) 235 - 235 BRT Transoeste
Notredame 52 Indefinido 52 BRT Transoeste
Vila da Amoedo 50 Indefinido 50 BRT Transoeste
Vila Taboinha - 400 400 Reintegração de posse
Asa Branca (Curicica) - Indefinido Indefinido BRT Transolímpica
Vila Azaleia (Curicica) - 100 100 BRT Transolímpica
Vila União (Curicica) - 3.000 3.000 BRT Transolímpica
Colônia Juliano Moreira - 400 400 BRT Transolímpica
Metrô Mangueira 566 46 612 Estacionamento no entorno do Maracanã
Vila Autódromo (Jacarepaguá) - 500 500 Parque Olímpico; BRT Transolímpica; preservação ambiental
Belém-Belém (Pilares) - 300 300 Construção de novo acesso ao Engenhão
Favela do Sambódromo 60 - 60 Alargamento do Sambódromo
Morro da Providência 140 692 832 Implantação de teleférico e plano inclinado; área de risco
Ocupação Machado de Assis 150 - 150 Projeto Porto Maravilha
Ocupação Flor do Asfalto 30 - 30 Projeto Porto Maravilha
Ocupações na Rua do Livramento - 400 400 Projeto Porto Maravilha
Ocupação Boa Vista 35 - 35 Projeto Porto Maravilha
Quilombo das Guerreiras - 50 50 Projeto Porto Maravilha
Zumbi dos Palmares 133 - 133 Projeto Porto Maravilha
Ocupação Carlos Marighela 47 - 47 Projeto Porto Maravilha
Ocupação Casarão Azul 70 - 70 Projeto Porto Maravilha
Total 2.434 5.916 8.350
Desde 2010, a Prefeitura do Rio já demoliu cerca de 400 dos 600 imóveis que existiam no local. As demolições devem ser concluídas em um mês. O local está tomado por entulhos, casas parcialmente demolidas, esgoto a céu aberto e valas. Os moradores atuais, no entanto, foram avisados somente no momento da derrubada dos imóveis de que deveriam sair.
Uma moradora, que se identificou apenas como Maria, de 58 anos, conta que se mudou há pouco tempo para uma das casas desocupadas porque o filho ficou desempregado. Eles moravam de aluguel e, sem emprego, o filho e a nora não puderam mais pagar pelo imóvel. "A gente não tem mais para onde ir agora. Ou a gente fica aqui ou vai para debaixo da ponte", diz.

REMOÇÃO E ESCOMBROS EM SP

  • Leandro Moraes/UOL Em São Paulo, 200 famílias viveram por mais de seis meses entre escombros de casas demolidas, entulho e lixo gerados pela derrubada de casas desapropriadas na zona sul capital pelo Metrô.

    As demolições foram feitas na margem da avenida Jornalista Roberto Marinho, para limpar um terreno que será ocupado pela Linha 17-Ouro do Metrô, obra que fazia parte do planejamento do governo paulista para a Copa do Mundo de 2014. Posteriormente, a intervenção foi retirada dos planos paulistas para a Copa, já que o governo não conseguirá entregar a linha a tempo do Mundial. LEIA MAIS

Ônibus incendiado

Na segunda-feira (6), parte do comércio na favela da Mangueira amanheceu fechado após moradores incendiarem um ônibus em protesto pela morte de um jovem durante uma ação da Polícia Militar, segundo informações da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Mangueira.
Por volta das 19h30 do domingo (5), nas proximidades de um acesso à comunidade, na rua Ana Néri, moradores pararam um ônibus da linha 622 (Saens Peña x Penha) e atearam fogo ao veículo. Ninguém se feriu. De acordo com a PM, antes do incêndio, os moradores ordenaram que todos os passageiros desembarcassem. As chamas destruíram totalmente o veículo, e atingiram ainda a fachada de um bar.
A morte do jovem --que motivou o ato dos moradores-- teria ocorrido na noite anterior. A mãe da vítima, que tem mais dois filhos e não quis revelar seu nome, disse que o rapaz não era criminoso e que trabalhava como camelô. "Ele era quieto, calado, não fazia mal a ninguém. Eu vi o meu filho ser atingido e levado pelos policiais para o hospital. O sentimento agora é de muita tristeza."
Moradores afirmam que os policiais agem com violência durante as operações na favela. "Eles entram aqui com a maior truculência e humilham os moradores. Estamos cansados de ser tratados assim", disse uma moradora que não quis se identificar.

DEU NO NEW YORK TIMES

  • Fernando Maia/UOL Logo após o encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, um dos principais jornais dos Estados Unidos, o New York Times, criticou a cidade do Rio de Janeiro pelo planejamento mostrado para a Olimpíada de 2016.

    A publicação disparou duras críticas ao projeto de desapropriação de alguns bairros da cidade em nome da construção de uma infraestrutura para a recepção da competição olímpica. LEIA MAIS
Outro morador que não quis se identificar disse que o rapaz que foi morto não era criminoso. "Ele era trabalhador, nós o conhecíamos. Em vez de chegarem aqui e matarem pessoas trabalhadoras, eles deveriam cuidar da luz, do esgoto e da água, que já estão em falta faz alguns dias", disse.
Horas antes, durante a tarde de domingo, moradores já haviam incendiado montes de lixo, que foram espalhados por ruas da comunidade. Na última sexta-feira (3), a rua Visconde de Niterói foi interditada por moradores --na ocasião, eles protestavam contra a falta de luz na favela. (Com Agência Brasil)
Tradutor: Protesto contra remoções tem confronto entre PMs e moradores de favela do Rio

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

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