Professores mantêm greve, convocam novo ato e declaram apoio aos Black Blocs
- Estados do Brasil:
No Rio, educadores afirmaram que violência
durante protesto foi cometida pela polícia; na próxima terça-feira, Dia
dos Professores, novo ato pela Educação promete reunir 1 milhão
O
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de
Janeiro (Sepe/RJ) declarou apoio incondicional aos Black Blocs em
relação aos confrontos com a polícia ocorridos na manifestação de
segunda-feira (7).
Em assembleia, os
professores também decidiram dar continuidade na greve, que já dura dois
meses. O encontro aconteceu nesta última quarta-feira (9) no Clube
Municipal, na Tijuca, zona norte do Rio.
O
coordenador geral do Sepe, Alex Trentino, disse ainda que os Black Blocs
não foram os
causadores dos conflitos, mas sim a polícia.
Segundo
ele, muitos dos professores afirmaram terem sido protegidos pelos
‘jovens de preto’ dos excessos cometidos pelos policiais. Ainda
relataram que os jovens fizeram os primeiros socorros de pessoas feridas
durante as confusões.
Esse apoio aos
ativistas por parte dos professores já tinha ficado evidente desde a
semana passada, quando o protesto da categoria foi reprimido com extrema
violência policial.
“Faço aqui meu sincero
agradecimento ao Black Bloc que se juntou aos profissionais de Educação
nas manifestações [...] muito obrigado Black Bloc. Estive junto de
muitos de vocês nesta terça-feira e me senti amparado em muitos momentos
em que o gás lacrimogênio ardia em meu rosto e olhos”, diz um, dos
muitos depoimentos deixados pelos professores na página do Facebook do
Black Bloc do Rio de Janeiro.
Na próxima
terça-feira (15), Dia do Professor, um novo ato está marcado e promete
ser maior do que o da última segunda-feira (7). A concentração será às
17h em frente à Candelária. Mais de 12 mil pessoas já confirmaram
presença pelo evento criado no Facebook.
Os
professores, que estão em greve desde o dia 8 de agosto, reivindicam,
entre outras coisas, melhores estruturas no plano de carreira e
condições de trabalho. A pauta passa também pelo fim da lógica do
professor polivalente e da meritocracia, o que estimula a aprovação
automática.
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