Espaço sindical
Greve dos bancários fecha mais de 6 mil agências em todo o país
20/09/2013
Stênio Ribeiro,
No
primeiro dia da greve dos bancários, 6.145 agências e centros
administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados nos 26
estados e no Distrito Federal, segundo balanço divulgado pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Os
trabalhadores paralisaram as atividades nessa quinta-feira (19) por
tempo indeterminado. De acordo com a Contraf, são 1.013 unidades a mais
que no primeiro dia da greve no ano passado (5.132), um crescimento de
19,73%.
Os bancários reivindicam 11,93% de
reajuste, equivalente à inflação dos últimos 12 meses mais 5% de ganho
real, além de valorização do piso salarial, maior participação no lucro
dos bancos e mais empregos. Querem também o fim da rotatividade e das
terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança
nas agências e igualdade de oportunidades. Os bancos ofereceram reajuste
de 6,1%.
“A forte paralisação mostra a
indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender nossas
reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos
executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano", disse, em nota, o
presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários,
Carlos Cordeiro
Segundo ele, os bancos têm ampla
condição financeira para atender as reivindicações dos bancários. “Não
aceitamos a postura dos bancos de negar aumento real para reduzir
custos”, acrescentou.
Cordeiro disse que, apesar
dos lucros, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as
condições trabalhistas, com aumento das metas abusivas e do assédio
moral. O presidente da Contraf também destacou que, por falta de
investimento em segurança, tem crescido o número de assaltos, sequestros
e mortes.
A Federação Nacional de Bancos
(Fenaban) lamentou, por meio de nota, a posição dos sindicatos em
paralisar o serviço. “A Fenaban lamenta essa posição dos sindicatos, que
causa transtorno à população, e reitera que a maioria das agências e
todos os canais alternativos, físicos [autoatendimento, correspondentes]
e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente. Os bancos
respeitam o direito à greve, entretanto, farão tudo que for necessário e
legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários
aos estabelecimentos bancários.”
Segundo a
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), algumas operações bancárias,
como o pagamento de contas, poderão ser feitas pelos clientes por meio
de opções como os caixas eletrônicos, a internet banking, o aplicativo
do banco no celular, as operações bancárias por telefone e também pelos
correspondentes bancários, que são casas lotéricas, agências dos
Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais
credenciados.
Foto: Marcelo Camargo/ABr
Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/25997
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