Dilma diz que é preciso traduzir as vozes das ruas em ações de governo
A
presidente Dilma Rousseff reforçou nesta quarta-feira (17), durante
encontro que marcou os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social (CDES), no Palácio Itamaraty, que é preciso traduzir as
demandas que a população levou às ruas em ações práticas de governo.
Segundo Dilma, a “voz das ruas” tem um norte claro no Brasil, que é a
questão de mais direitos sociais, mais valores públicos e éticos e mais representatividade.
“É
meu dever, como governante desse país, que tem o mérito de ser um
grande país democrático, traduzir essas demandas e a energia dos
manifestantes em ações práticas de governo. Isso significa que não
podemos nem devemos ficar indiferentes. Temos que ter a humildade de
reconhecer que lutar por mais direitos é algo que só honra o nosso
país”, disse a presidente a uma plateia de ministros, empresários e
representantes da sociedade civil.
Dilma lembrou que viu o que era cobrado nas ruas, explicitado em cartazes, como mais ética,
mais democracia e, principalmente, mais oportunidade de ser ouvido, e
ressaltou que tudo isso depende de uma reforma política. “Melhorar a
representatividade política, democratizar a atividade política, tornar a
política mais transparente são, talvez, as respostas mais evidentes que
nós podemos dar a esse momento por que passa o país”.
Durante seu discurso, Dilma descreveu ainda os cinco pactos nacionais,
nas áreas de saúde, mobilidade urbana, educação, responsabilidade
fiscal e controle da inflação, que propôs a chefes dos executivos
estaduais e municipais no último mês para dar mais transparência ao
sistema político e melhorar os serviços públicos. Ela destacou, mais uma
vez, a destinação dos royalties do petróleo para educação como uma das
principais decisões nessa linha.
“Essa proposta [de
destinação dos royalties do petróleo para a educação] surge muito forte
nesse novo momento político, porque esse novo momento político pode
tornar realidade seguramente um dos maiores legados que o meu governo
pode dar às futuras gerações”, ressaltou a presidenta, acrescentando que
“a educação de qualidade, que abrange creches, alfabetização na idade
certa, escolas em tempo integral e formação de cientistas, tecnólogos e
inovação, com professores bem remunerados e estrutura, é fundamental
para o desenvolvimento sustentável do país, com redução de custos e
aumento da competitividade”.
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