Cabral arrasta Dilma para baixo nas pesquisas
O Rio de Janeiro hoje é o terceiro maior colégio eleitoral
do Brasil dentre os 27 estados da federação. Diante desse fato, a queda da
popularidade do governador Sérgio Cabral, apontada pela pesquisa encomendada
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, que deverá ser
divulgada esta semana, é a razão fundamental e única para que se possa
justificar a queda tão acentuada da presidente Dilma Rousseff nas últimas
pesquisas.
Agora, mais do que nunca, fica esclarecida a queda de Dilma.
A pesquisa da CNI, em que Cabral aparece com apenas 12% de aprovação da
população do estado, que consideram seu governo bom e ótimo, justifica o
desmonte da popularidade da presidente por estar vinculada ao governo do Rio.
Os analistas andavam intrigados com declínio tão acentuado que a presidente
sofreu nos últimos meses e hoje tudo se esclarece.
Os assessores políticos do PT estão preocupados e temem o que
poderá acontecer durante a Copa de 2014, em função das manifestações que deverão
continuar ocorrendo, onde o Maracanã é a base fundamental da campanha, como
suposto símbolo da corrupção, cujo orçamento inicial, que era de R$ 300 milhões,
chegou ao final da reforma a mais de R$ 1,2 bilhão. Os preços exorbitantes dos ingressos,
que os pobres não poderão comprar – acabaram com a Geral – poderão colaborar
com estragos ainda maiores à candidatura de Dilma.
Essas manifestações que
continuarão abordando denúncias de corrupção, de concorrências fraudulentas, de
uso indevido de helicópteros, das facilidades às empreiteiras amigas, entre
outros escândalos, e principalmente a reforma do próprio estádio, podem
refletir na campanha da presidente. O Maracanã, que foi a única diversão por
mais de 60 anos das classes C e D, que mesmo sofridas, tinham seus fins de semana
alegrados com os jogos, poderá vir a se tornar um símbolo do mau uso do
dinheiro público.
As Copas do Mundo, que sempre enfeitaram todo o
país, com bandeiras, fogos e ruas decoradas, terão que se repetir, mas como
única alternativa aos torcedores, pois no Maracanã o povo não terá como pagar e
ainda ficará isolado, com olhar lúgubre, em razão da segurança pública, como
aconteceu na Copa das Confederações . Mesa farta de festa de patrão que
empregado não entra. Dilma e os políticos tem uma opção triste: se o Brasil for
campeão, o que permitirá mais de quatro jogos da seleção, em que o povo estará
distante das partidas, a raiva certamente vai aumentar. Se o Brasil não for
campeão, o dano poderá ser menor, jogaremos menos e não chegaremos ao Maracanã,
mas o povo continuará com raiva dos gastos sem resultado. Pobre torcedor
brasileiro.
Fonte: http://www.jb.com.br
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