Impostometro

sábado, 22 de junho de 2013

Dois homens caem de viaduto em confronto com a polícia e situação sai do controle na Pampulha



Policiais em helicópteros joga bombas de gás para tentar dispersar a multidão perto do campus da UFMG.



Uma nova onda de protestos chegou ao Mineirão neste sábado à tarde com a presença de mais de 125 mil pessoas, segundo dados não-oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais. A passeata caminhava em clima de paz até os arredores do estádio, quando entrou em conflito com a Força Nacional de Segurança e a PM, que seguraram o grupo com bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha e spray de pimenta.
O clima de guerra tomou conta de boa parte da avenida Antônio Carlos, onde membros da cavalaria também distribuíram espadadas, além das bombas, para segurar parte dos manifestantes. Algumas pessoas chegaram a furar o primeiro de três bloqueios de isolamento da polícia, onde a confusão continuou.
O número total de pessoas rumo ao palco da partida entre México e Japão, pela Copa das Confederações, não foi confirmado de maneira oficial, pois estava crescendo no decorrer do trajeto.
A marcha deixou a Praça Sete, no centro de BH, por volta das 13h30 e seguiu cerca de 15 quilômetros em direção ao Mineirão. Ela continuou na avenida Antônio Carlos, passando pelo viaduto José Alencar, até chegar ao cordão de isolamento, localizado a dois quilômetros do estádio.
Os manifestantes se concentraram em grande número na frente do bloqueio da Força Nacional, quando o conflito começou. A situação ficou ainda pior quando parte do público presente no protesto se dirigiu para a avenida Abrahao Caram, e a Força Nacional disparou mais de 20 bombas para segurar o público presente na passeata.
Indignadas com o conflito, algumas pessoas começaram a jogar pedras em vidraças e casas por onde passavam, mas foram contidos por outros manifestantes. Além disso, uma concessionária da Hyundiai foi totalmente depredada no meio da confusão.  
O clima era mais de festa do que de protesto antes do confronto. Apesar dos cartazes com criticas à corrupção e à Copa, os manifestantes caminhavam como se fosse dia de jogo do Brasil. Muitos carregaram a bandeira do país em mastros ou enrolada em corpo, colorindo de amarelo toda a extensão da massa por BH.
"O clima de alegria e amor pelo Brasil não significa que não estamos insatisfeitos e protestando. Não vamos deixar a corrupção deixar a nossa alegria que é natural do nosso povo", chegou a afirmar Marina Fausto, de 21 anos, estudante do terceiro ano de arquitetura.
Além das bandeiras do Brasil, a marcha contou com bandeiras de arco-íris, símbolo no movimento GLBT. Não havia símbolos partidários no decorrer do trajeto. Algumas pessoas chegaram a levantar bandeiras da CUT (Central Única dos Trabalhadores) timidamente, mas foram obrigados a baixá-las a todo momento a pedidos dos manifestantes.
Quando a primeira parte da passeata estava na avenida Antônio Carlos, o Terceiro Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar ainda abriu uma mangueira de água para oferecer aos manifestantes.
Ao todo, mais de 40 mil ingressos foram vendidos para a partida. México e Japão já estão eliminados do torneio e disputam apenas a terceira colocação do Grupo A depois de ambas terem sido derrotadas por Brasil e Itália nas duas rodadas inicias da Copa das Confederações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário