Em ato no centro de SP, manifestantes repudiam “Salva de Prata” à ROTA
Laryssa Praciano,
de São Paulo (SP)
Na
última quarta-feira (02), mais de 100 pessoas marcharam “Contra a
Militarização da Câmara Municipal de São Paulo”. O ato foi realizado
pelo Comitê Contra o Genocídio da Juventude Preta, Pobre e Periférica em
denúncia a aprovação, no último dia 03 de setembro, da homenagem “Salva
de Prata” às Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) pelos trabalhos
prestados. A marcha saiu da Praça Ramos e seguiu até a Câmara.
O
ato contou com a presença de diversos movimentos sociais e entidades.
Entre eles, Levante Popular da Juventude, UBES, UJS, ANEL, JPT e
Quilombo Raça e Classe. Segundo Tamires Sampaio, da juventude do PT, o
objetivo foi denunciar a homenagem que representa o apoio direto ao
genocídio da juventude negra e a legitimação as ações da polícia mais
violenta do Brasil.
Os manifestantes encenaram a
morte de um jovem e fizeram o contorno do seu corpo no chão. Ascenderam
velas, pregaram cartazes e cantaram músicas.
Os
homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos
no país e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino,
moradores de periferia e áreas metropolitanas. Dados do Ministério da
Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por
homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos
e pardos) e 91, 3% do sexo masculino.
Danilo
Cruz, do Levante Popular da Juventude, afirmou que o ato, além de ser
contra a entrega da homenagem, era para denunciar a 'Bancada da Bala' e
pedir o fim da militarização da Polícia Militar de São Paulo.
A
chamada ‘Bancada da Bala’ é formada pelo Coronel Paulo Telhada (PSDB),
pelo ex-comandante da ROTA, Capitão Conte Lopes (PTB), e pelo Coronel
Alvaro Camilo.
Laryssa Praciano
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