11 de outubro de 1996: O pra sempre, sempre acaba... Morre Renato Russo
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, Sem saber
Que o pra sempre, sempre acaba!"
Renato Russo
Seis anos após descobrir-se portador do vírus da Aids, o cantor Renato Russo, 36 anos, líder do grupo Legião Urbana
morreu no início da madrugada, em seu apartamento na Zona Sul do Rio de
Janeiro, vítima de infecção generalizada: septicemia, broncopneumonia e
infecção urinária. A morte do músico, talvez o mais admirado de sua
geração, provocou uma romaria de fãs e amigos ao prédio em que morava.
Muitos fizeram vigília, cantando em coro suas canções, até que os
familiares se
decidissem sobre o velório. As 16h, o corpo foi levado para um cemitério, onde foi cremado no dia seguinte.
"Sid Vicious, Cazuza, Ian Curtis, Renato Russo. Será que alguém ainda duvida do lema no future da geração punk?" Tárik de Souza
O carioca Renato Manfredini Jr foi a voz guia do Legião Urbana e do que ele próprio denominou Geração Coca-Cola. Nascido no dia 27 de março de 1960, viveu parte da infância na Iha do Governador até que a transferência do seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fez com que se mudasse com a família para uma temporada no bairro novaiorquino do Queens. Uma grande experiência para praticar o idioma e a cultura norte-americana. De volta ao Brasil poucos anos mais tarde, foi viver na promissora Brasília. Os primeiros anos de adolescência na capital planejada foram delicados: descoberto portador de uma doença óssea, ficou imobilizados meses e meses, durante os quais dedicaria-se incansavelmente a ouvir música. A compensação viria mais tarde. Eclético, afirmou por diversas vezes ter sido esta passagem determinante na sua formação musical.
O primeiro projeto foi o Aborto Elétrico, banda formada em Brasília em conjunto com dois irmãos e um sul africano, em que Renato fazia vocal e tocava baixo. Durou quatro anos, até se desfazer por constantes desentendimentos entre seus integrantes.
Com a separação, Renato intensificou sua produção de composições e chegou a se apresentar sozinho em algumas ocasiões. Mas logo esbarraria em Marcelo Bonfá (baterista), Eduardo Paraná (guitarrista) e Paulo Guimarães (tecladista), formando a Legião Urbana, de fortes influências pós-punk. Artista vai, artista vem, a banda sofreria bastante mudanças na sua estrutura original, até a entrada de Dado Villa-Lobos (baterista) em 1983 que consagraria a formação clássica da banda, com Renato e Bonfá - a partir de 1984, a Legião teria um quarto integrante, o baixista Renato Rocha (que deixaria o grupo em 1989).
decidissem sobre o velório. As 16h, o corpo foi levado para um cemitério, onde foi cremado no dia seguinte.
"Sid Vicious, Cazuza, Ian Curtis, Renato Russo. Será que alguém ainda duvida do lema no future da geração punk?" Tárik de Souza
O carioca Renato Manfredini Jr foi a voz guia do Legião Urbana e do que ele próprio denominou Geração Coca-Cola. Nascido no dia 27 de março de 1960, viveu parte da infância na Iha do Governador até que a transferência do seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fez com que se mudasse com a família para uma temporada no bairro novaiorquino do Queens. Uma grande experiência para praticar o idioma e a cultura norte-americana. De volta ao Brasil poucos anos mais tarde, foi viver na promissora Brasília. Os primeiros anos de adolescência na capital planejada foram delicados: descoberto portador de uma doença óssea, ficou imobilizados meses e meses, durante os quais dedicaria-se incansavelmente a ouvir música. A compensação viria mais tarde. Eclético, afirmou por diversas vezes ter sido esta passagem determinante na sua formação musical.
O primeiro projeto foi o Aborto Elétrico, banda formada em Brasília em conjunto com dois irmãos e um sul africano, em que Renato fazia vocal e tocava baixo. Durou quatro anos, até se desfazer por constantes desentendimentos entre seus integrantes.
Com a separação, Renato intensificou sua produção de composições e chegou a se apresentar sozinho em algumas ocasiões. Mas logo esbarraria em Marcelo Bonfá (baterista), Eduardo Paraná (guitarrista) e Paulo Guimarães (tecladista), formando a Legião Urbana, de fortes influências pós-punk. Artista vai, artista vem, a banda sofreria bastante mudanças na sua estrutura original, até a entrada de Dado Villa-Lobos (baterista) em 1983 que consagraria a formação clássica da banda, com Renato e Bonfá - a partir de 1984, a Legião teria um quarto integrante, o baixista Renato Rocha (que deixaria o grupo em 1989).
A banda colecionou inúmeros sucessos consagrando-se um dos mais
importantes da história do BRock dos anos 80. Sob a liderança de Renato
Russo, a Legião criou uma relação extrema o público, tornando-se uma
espécie de, como faziam os fãs em trocadilho: Religião Urbana.
Polêmico, politizado e autêntico, Renato abordou os mais diversos temas sociais de forma singular e direta, em letras de protesto e reivindicação, embaladas por seu balé convulsivo. Também foi romântico, passional e pacífico. Cada vez mais atual do que nunca. É só assistir e conferir:
Polêmico, politizado e autêntico, Renato abordou os mais diversos temas sociais de forma singular e direta, em letras de protesto e reivindicação, embaladas por seu balé convulsivo. Também foi romântico, passional e pacífico. Cada vez mais atual do que nunca. É só assistir e conferir:
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