Para Economist, mau desempenho da oposição dá favoritismo a Dilma em 2014
Prováveis adversários da presidente vêm crescendo pouco nas pesquisas de intenção de voto
Uma reportagem desta semana da edição impressa da revista britânica The Economist diz
que o mau desempenho da oposição nas últimas pesquisas de intenção de
voto confirma o favoritismo da presidente Dilma Rousseff em sua
tentativa de se reeleger em 2014.
A publicação lembra que Dilma sofreu uma forte
queda em sua popularidade devido à onda de protestos que varreu o
Brasil. Ainda assim, a presidente, afirma a revista, segue como favorita
na disputa presidencial do ano que vem, em grande parte devido à falta
de um oponente à altura.
A Economist cita de
imediato o caso do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, provável
candidato à presidência pelo PSDB. A revista diz que Neves teve "pouco
impacto" no cenário nacional desde que se tornou senador, em 2011, e que
registrou apenas uma ligeira alta nas últimas pesquisas de intenção de
voto.
A publicação acrescenta que o ex-governador de Minas Gerais vem demonstrando preocupação sobre disputas internas. A Economist
destaca que Neves enfrenta oposição de José Serra, ex-candidato à
presidência por duas vezes e ex-governador de São Paulo, que pretende,
aos 71 anos, se lançar novamente à corrida presidencial, ameaçando
trocar de partido caso uma primária não seja convocada para definir o
candidato do PSDB.
A revista também destaca como uma "ameaça
potencial" aos planos do partido à sucessão de Dilma as denúncias sobre
uma suposta formação de cartel por empresas que constroem e operam as
linhas do metrô e do trem de São Paulo, que "teria custado milhões de
reais ao Estado", governado pelo PSDB desde 1995.
Sobre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, outro provável adversário da presidente nas eleições do que vem, a Economist diz que o PT vem trabalhando para impedir sua candidatura pelo PSB, uma vez que o partido faz parte da base governista.
A única beneficiária dos protestos, ressalva a
revista britânica, foi Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente
durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. A publicação cita uma
pesquisa do instituto Ibope em que Dilma venceria Marina por uma margem
apertada de votos em um eventual segundo turno.
Por outro lado, segundo a publicação, um dos
maiores obstáculos da ex-ministra durante a corrida presidencial seria o
tempo que seu novo partido, a Rede Sustentabilidade (REDE), teria
disponível nas TVs e no rádio.
A Economist conclui a reportagem
afirmando que a maior ameaça à Dilma, além de uma "economia estagnada", é
uma eventual deserção de aliados de sua coalizão de governo, que reúne
hoje 17 partidos.
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