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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Estamos reféns dos grandes bancos

"Estamos reféns dos grandes bancos", diz artigo do The New York Times Jornal do Brasil Publicidade O Americano The New York Times publica nesta terça-feira (27/08)
  um artigo da especialista em economia pela Stanford University, Anat R. Admati, avaliando a crise provocada pelo sistema bancário a partir de um contexto global. A economista afirma que há quase cinco anos, após a falência do Lehman Brothers, que desencadeou uma crise financeira global, nenhum país ainda está seguro, porque “bancos grandes, complexos e opacos continuam a assumir enormes riscos que ameaçam a economia”. Anat conta que nos Estados Unidos, lobistas bancários bloquearam reformas essenciais e seus esforços nada transparentes, influenciam o mercado, como já era esperado para o momento. A economista ressalta que recentemente uma comissão de reguladores bancários globais com sede na Suíça fez uma proposta de alteração à forma como os bancos calculam o dinheiro emprestado e como eles conduzem os seus negócios. Ela informa que em Londres, o mesmo manifesto tem repercussão, considerando a hipótese de que se os bancos trabalharem com menos empréstimos, isso pode prejudicar as atividades das principais empresas. “Estes banqueiros falsamente relacionam que o capital (dinheiro não tomado por empréstimo) é um dinheiro ocioso, em um cofre. Na verdade, eles querem manter colocando novas apostas na mesa e, ao mesmo tempo, colocando os contribuintes em risco”, explica a autora do artigo. Segundo o artigo, o estado da reforma financeira é desagradável na maioria das nações. Anat cita que na Europa a situação é terrível. Muitos de seus bancos não se recuperaram da crise. Já em outros países, a autora ressalta a tendência dos seus governos permitirem que o sistema bancário possa seguir operando por um modelo de funcionamento “opaco”, que não deve servir como exemplo para os Estados Unidos. As falhas do passado devem ser corrigidas prestando atenção para se certificar de que os bancos não vão mais esconder os riscos, utilizando vários truques em mercados não transparentes, que dificilmente é motivo para desistir de novas regulações essenciais. “Temos de enfrentar o desafio de elaborar regras adequadas e aplicá-las, ou pagar caro por não fazê-lo. A primeira regra é fazer com que os bancos contam muito mais sobre o capital próprio, e muito menos em empréstimos”, esclarece a economista.

 Fonte: The New York Times

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