Marina Silva, seja programática!
Se a eleição presidencial fosse hoje, Dilma teria cerca de 33% dos votos e Marina Silva uns 20%, diz pesquisa
 do Instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional dos 
Transportes. A chance de a representante da Rede Sustentabilidade ir ao 
segundo turno em 2014 não é desprezível. Marina acha que “PT e PSDB são 
reféns do fisiologismo” e que a governabilidade é “baseada em programa, com propostas, projetos”.
Ela tem, portanto, uma chance única para mudar o debate político no país. Basta fazer o seguinte:
1) Divulgar uma lista com dezenas de propostas concretas que sua candidatura presidencial defende;
2) Identificar, no orçamento de 2014, quais programas orçamentários 
poderiam dar conta dessas propostas, e quais precisariam ser criados;
3) Simular, a partir do orçamento de 2014, os custos de suas propostas prioritárias;
Como bônus, poderia ainda:
4) Coordenar alianças eleitorais e alianças para sua coalizão, se 
eleita, com base na adesão clara, comunicada, de outros partidos às suas
 propostas.
Impossível? Pois os partidos políticos holandeses já fazem algo bem 
parecido. Há oito eleições, os principais partidos políticos holandeses 
submetem, em um prazo razoável, propostas orçamentárias fictícias para a
 análise do Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis,
 instituição que não é ligada ao governo, e dos eleitores. A proposta é 
simples: se você ganhar as eleições, quais serão as prioridades de fato?
 Você vai cortar dinheiro de qual ministério? Vai aumentar o orçamento 
de qual política pública? Vai tributar mais qual classe econômica e 
social?
Se Marina Silva fizer isso, será sua maior contribuição à política brasileira.
 
 
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