Manifestantes incendeiam praça de pedágio em rodovia de SP
Um grupo de manifestantes colocou fogo em várias cabines
 de uma praça de pedágio na rodovia professor Zeferino Vaz (SP-332), em 
Cosmópolis, no interior de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. 
Segundo informações da Rota das Bandeiras, concessionária que administra
 a via, os manifestantes chegaram ao local por volta das 6h e bloquearam
 os dois sentidos da rodovia.
Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos
Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos
Após um início pacífico, a manifestação tomou outro rumo
 e vândalos invadiram a praça de pedágio que fica na altura do 
quilômetro 135 da rodovia. Cerca de oito cabines ficaram completamente 
destruídas, segundo a concessionária. O contingente da Polícia Militar 
Rodoviária que acompanhava a manifestação apenas observou o grupo. 
Quando a tropa de choque da PM foi acionada, os manifestantes já haviam 
se dispersado.
Por volta de 9h30, os manifestantes permaneciam na via, 
interditando os dois sentidos. De acordo com a administração da rodovia,
 motoristas utilizavam desvios para fugir da região do protesto. O grupo
 reclama do valor do pedágio no local, de R$ 6,20 para carros e R$ 3,10 
para motocicletas. A proposta é para que esse valor seja reajustado para
 R$ 3.
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A
 mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, 
milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para 
protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
O
 grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para
 todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que 
foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos.
 Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já 
inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa
 do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos 
em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.
 
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.
 
 
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