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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Insatisfação é com classe política


01/07/2013 

Insatisfação é com classe política, diz Alckmin após queda em aprovação

Datafolha mostra queda de 14 pontos na aprovação do governador.
Para Alckmin, é preciso compreender manifestações e agir.


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), relacionou a queda em seu índice de aprovação, apontada em pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (1º), à insatisfação da população com a classe política brasileira. Segundo o instituto, a aprovação de Alckmin (ótimo ou bom) caiu de 52% no dia 7 de junho para 38% no último levantamento, feito nos dias 27 e 28, após as manifestações.
“Eu acho que a leitura é uma insatisfação com a representação política. Cabe a todos nós ter a humildade de ouvir, de compreender essa manifestação e agir. Não é fazer discurso, é trabalhar, é governar, cortar gastos, aumentar investimentos, é melhorar a eficiência do gasto público”, disse o governador.
Quando questionado anteriormente se o resultado da pesquisa reflete descontentamento da população com a sua administração, ele respondeu que o importante é ouvir os manifestantes e compreendê-los além de agir. “Eu acho que é importante é ouvir a população, ouvir as manifestações, compreendê-las e agir. São Paulo está agindo”, disse.
O governador também afirmou que todo o esforço do governo está voltado para a mobilidade urbana e alertou para o risco da diminuição dos investimentos. "Eu chamei atenção para o risco de populismo fiscal, vai cortando tarifa, se você não cortar gasto corrente vai reduzir investimento. O Brasil precisa disso aqui, de investimento para gerar emprego, gerar desenvolvimento, crescer a economia e melhorar a renda da população. E há um risco de você perder bilhões de reais de investimentos virando custeio no Brasil inteiro", ressaltou.
Segundo o Datafolha, o número de entrevistados que consideram o governador ruim ou péssimo subiu de 15% para 20%. Os que consideram Alckmin regular passou de 31% para 40%. O Datafolha entrevistou 1.723 pessoas em 44 cidades do estado. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Os paulistas também deram uma nota ao governador Geraldo Alckmin. Em março, a média foi de 6,4; no começo de junho ficou 6,3; e na última pesquisa recuou para 5,7.

Ao longo do mês passado, vários protestos foram feitos na capital paulista e em outros municípios do estado pedindo a redução das tarifas do transporte público. O governo estadual é quem determina o valor das tarifas do Metrô e da CPTM. Após as manifestações, Alckmin recuou no reajuste de R$ 0,20, mantendo a tarifa em R$ 3,00.
Na semana passada, o governo estadual suspendeu o reajuste do valor dos pedágios cobrados nas rodovias privatizadas de todo o estado. Pelos contratos firmados entre o governo e as concessionárias, o reajuste deveria ser aplicado a partir desta segunda-feira. O reajuste do valor da travessia de lanchas e da balsa do trecho Santos-Guarujá, na Baixada Santista, também foi suspenso.
O Datafolha também divulgou a avaliação crítica dos paulistas sobre o desempenho do governador diante dos protestos dos últimos dias. No dia 18 de junho, 51% avaliavam o desempenho de Alckmin diante das manifestações como ruim ou péssimo; no dia 21 de junho, o indicador ficou em 39%; e no dia 28 de junho, 33%.
Haddad
A avaliação do prefeito São Paulo, Fernando Haddad (PT), também caiu, segundo o Datafolha. Em 7 de junho, 34% dos entrevistados fizeram uma avaliação positiva do petista (ótimo ou bom). Agora, na pesquisa realizada nos dias 27 e 28 de junho, esse indicador está em 18%.
Já o número de entrevistados que consideram o prefeito ruim ou péssimo subiu de 21% para 40%. Os que consideram Haddad regular passou de 37% para 35%. O Datafolha entrevistou 1.106 pessoas em São Paulo. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

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