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domingo, 30 de junho de 2013

"Não vamos recuar", diz manifestante que pretende chegar ao Maracanã

 


                    Manifestantes preparam cartazes para serem usados em protestos no Rio, neste domingo Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
Manifestantes preparam cartazes para serem usados em protestos no Rio, neste domingo 


"Vamos até o fim e vamos chegar ao Maracanã". Era com esse discurso decidido que João Hermínio Marques, da Frente Nacional dos Torcedores, marchava ao lado de milhares manifestantes pelas ruas do Rio de Janeiro em direção ao estádio onde ocorre a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, neste domingo (30). "Não vamos recuar pois é nosso direito manifestar e poder ir e vir em qualquer rua pública. Vamos atravessar a barreira policial até o último."


Um dos organizadores do protesto marcado para o dia da decisão, seu grupo foi barrado ao lado dos outros participantes a cerca de 100 metros do estádio por um bloqueio policial. A ideia era chegar ao local antes das 13h, horário marcado para o início do bloqueio nas proximidades do Maracanã, porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30. Os manifestantes foram contidos pela Polícia Militar e soldados do Batalhão de Choque bloquearam o acesso, equipados com armas de efeito moral. Os policiais também bloqueiam outras ruas que dão acesso ao Maracanã.

"Foi um ato de 'peleguismo' o que os manifestantes da manhã fizeram. Eles não tinham que ter recuado", criticou Marques, classificando como covarde o primeiro ato do dia, que viu seus integrantes mudarem de direção ao constatar a presença da barreira policial nos entornos do estádio.

Ele também criticou alguns grupos presentes no protesto que estão distorcendo e diminuindo o sentido das reivindicações iniciais dos organizadores. "Estamos tendo uma grande oportunidade de nos manifestarmos contra os absurdos que estão acontecendo no futebol brasileiro, além dos imensos desvios de dinheiro das obras para a Copa. Esse apoiador da ditadura militar, o Marin, jamais poderia ter assumido a CBF. E queremos também uma regulamentação desportiva", bradou, exaltado.

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