Dilma se reúne com centrais sindicais para pedir sugestões para plebiscito
A presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quarta-feira (26) com
representantes de entidades sindicais para pedir aos presentes sugestões
para o plebiscito sobre a reforma política - encampado pelo Palácio do
Planalto na última segunda-feira, segundo relato dos sindicalistas. O
encontro é uma reação às manifestações populares recentes.
Eles devem enviar sugestões de perguntas específicas para a presidente,
que, de acordo com a orientação do Planalto de ouvir organizações civis,
podem ser absorvidas na proposta de plebiscito que será encaminhada ao
Congresso.
A pauta trabalhista, embora apresentada por entidades, não foi
negociada. As centrais mantiveram a posição de realizar paralisação
conjunta, no dia 11 de julho, para, segundo eles, chamar atenção às suas
reivindicações.
O fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40
horas e o combate ao projeto de lei que permite ampliar a terceirização
- interpretado como uma forma de precarizar as relações do trabalho, são
alguns pontos que estão na pauta das centrais.
Ao final da reunião, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) afirmou que a
presidente "deu de ombros" às reivindicações das entidades. Foi
interrompido por Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), que afirmou que o objetivo da audiência não era negociar
reivindicações trabalhistas.
"As centrais vieram aqui para discutir a questão da saída da crise e
aproveitarmos esse processo de mobilização que acontece no Brasil para
colocar a pauta dos trabalhadores. Não era essa a ideia. O senhor Paulo
Pereira está distorcendo o que foi construído aqui, com a visão
eleitoreira", disse Freitas.
"Pelo que a gente tem visto da presidente, ela está jogando muito para a
plateia ou tentando dividir a culpa. Então, de ação concreta mesmo não
teve nada até agora", disse Paulinho.
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